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Titular no Gre-Nal, Brenno festeja fase no Grêmio: "Passa um filme"

Goleiro de 22 anos fez seu primeiro jogo como profissional em vitória gremista em clássico de 2019 e será titular outra vez, neste sábado, na Arena


Fonte: Globoesporte.com

Titular no Gre-Nal, Brenno festeja fase no Grêmio: Passa um filme
Há exatos 748 dias ocorria o Gre-Nal 418, vencido pelo Grêmio por 1 a 0. Lá, dentro da Arena, estava Brenno, com 19 anos, quase por acidente. O goleiro fez sua primeira partida profissional naquele dia. De lá para cá, o paulista de Sorocaba vê um filme passar por sua cabeça, até hoje: titular do Tricolor justamente com outro clássico pela frente.



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Em uma entrevista exclusiva para o ge, Brenno relembrou aquele 17 de março, em que só atuou porque Paulo Victor e Julio Cesar não se sentiram bem. O goleiro disse que trabalhou do mesmo jeito daquele dia, em preparação ao Gre-Nal deste sábado, na Arena, às 22h15, pelo Gauchão.

"Passa um filme. Não tem como não marcar, foi o primeiro jogo da minha vida como profissional, um Gre-Nal e agora vai ser outro no sábado", diz Brenno.

Brenno também contou que tem gostado do "abraço" da torcida pelas redes sociais e admitiu que gostou do apelido "Brennuer". Ele não tem Twitter, mas vê todos os memes e repercussões de suas defesas nesse início de temporada através da esposa Victoria.

Ao final do papo, Brenno ainda ganhou uma música escrita e cantada pelo artista gaúcho Vitor Kley. De forma bem humorada, o goleiro optou por deixar a cantoria com o compositor e torcedor gremista.

Confira a entrevista:

Falando do Gre-Nal deste sábado. Como você vê, especificamente, esse clássico?


Gre-Nal é sempre um jogo à parte, jogo difícil, pegado. Mas a gente está preparado. Chegar pronto para fazer um grande jogo e ir em busca da vitória.

Como foi estrear pelo Grêmio num Gre-Nal, lá em março de 2019?

Foi muito doido. Porque nem concentrar eu ia. O Inter por protesto ia botar o time alternativo e o Renato levou todo mundo para concentração. O Paulo Victor e o Julio passaram mal e eu acabei jogando. Foi muito incrível. Nunca vou esquecer desse dia. Estrear num Gre-Nal e com vitória, foi bom demais.

Em que momento você soube que iria para a Arena?

A gente acordou, fui para o almoço. Lá o Paulo Victor falou: “Passei a noite inteira mal, vomitando, com febre”. E eu disse: “Caramba, ‘mano’!”. Depois de cinco minutos chegou o Julio Cesar falando a mesma coisa. Eu pensei: “Caramba, acho que vai sobrar para mim” (risos). Aí fui me preparando para jogar. Chegamos na preleção, foi eu e o Julio no aquecimento. Se o Julio continuasse mal eu iria jogar. Ele continuou mal e eu joguei.

Passa um filme na sua cabeça desde aquele Gre-Nal na estreia até esse que provavelmente você vá jogar?

Passa um filme. Não tem como não marcar, foi o primeiro jogo da minha vida como profissional, um Gre-Nal e agora vai ser outro no sábado. Mas é o que eu falei, tem que continuar treinando do mesmo jeito, não fazer nada de diferente, me preparar ao máximo para quando chegar lá estar pronto.

De lá para cá, você ficou mais de um ano sem atuar pelo Grêmio, até o início dessa temporada. Como foi esse tempo?

Difícil, porque todos querem jogar. Mas eu sempre coloquei na cabeça que é um momento importante, de se preparar, tanto fisicamente, mas a cabeça também. De ouvir os mais experientes, tentar extrair o que eles tem de melhor. É difícil, mas também é importante para o teu desenvolvimento.

Houve algum momento chave que você podia deixar o Grêmio?

A única proposta que eu recebi foi no ano passado, do Boavista de Portugal, mas acabou não dando certo. Eu segui concentrado aqui, firme, porque é um sonho estar aqui, vestir a camisa do Grêmio e estou feliz demais aqui.

Falando sobre o seu momento atual, você já chegou a rever as defesas contra o Aimoré?

É muito louco. Na hora do jogo você não consegue ver o que foi realmente. Você vê os vídeos depois, o pessoal falando, o Villani falando, Casagrande...Isso foi legal para caramba, fiquei muito feliz. Mas é o que você disse, a repercussão, depois que você vê a dimensão do que foi, muito legal mesmo.

Tem segredo para fazer essas defesas?

Acho que é tempo de reação mesmo, esperar a bola e reagir, tentar explodir rápido para defender. Isso que o goleiro precisa ter.

Esse poder de reação você tem desde pequeno ou pegou com os mais experientes?

A gente sempre treina, desde a base. A gente treina o todo, mas é um dos fundamentos que nós treinamos também.

E como tem sido sua relação com a torcida gremista? Já que a pandemia impede o contato de antes.

Estou recebendo muito apoio e carinho dos torcedores. Isso me deixa muito feliz, motivado e me sinto abraçado mesmo. Tudo isso ajuda para eu entrar em campo e dar meu melhor.

Como você lida com a empolgação? Memes, brincadeiras, redes sociais, apelidos...

Eu sou de boa, sou tranquilo. Nem tenho Twitter. Às vezes minha mulher me mostra um ou outro tweet. Eu dou risada, é legal esse carinho. Mas tem que ponderar para não deixar subir para a cabeça nem nada.

E tem algum apelido que você mais gostou desses memes que surgiram?

Acho que ‘Brenneuer’ é legal, né? O Neuer é referência para mim também.

Você já conversou com o Renato? Afinal, você é a aposta do clube para a titularidade do gol.

Ele falou para eu manter o que eu vinha fazendo, jogar tranquilo. Me passou confiança e tranquilidade para continuar jogando.

Como tem sido o papo com outros goleiros? Porque o discurso do clube é de aproveitar a base.

Minha relação é super boa (com os goleiros). Eles sempre me passaram tranquilidade. Agora, ainda mais. Deram muita confiança para eu confiar em mim, no meu trabalho. Mas eles me ajudam muito, por ter muita experiência. O Paulo é um cara que me ajudou muito também.

Desde lá, e antes também, como é o apoio que você tem da família?

Importante demais. Eles me apoiando desde o momento que sai de casa, que eu fui em busca do meu sonho e agora ver tudo isso se tornando realidade é muito gratificante. Com certeza sem a ajuda deles eu não conseguiria. Meu pai, minha mãe, minha irmã, meu avô, minhas tias, todo mundo e agora com o acréscimo da minha esposa, meu sogro, minha sogra, é um momento muito legal que estou vivendo. Só agradecer a todos que estão perto de mim, agradecer a Deus pelo momento que estou vivendo e dar continuidade.

Hoje todos te conhecem, começando a temporada como titular no Grêmio. Mas o pequeno Brenno, como ele iniciou a carreira?

Eu sou de Sorocaba, São Paulo, cresci minha infância lá. Mas sempre jogava bola. Quando jogava não tinha posição. Quando comecei na escolinha, não comecei no gol, era na linha. É difícil um moleque querer desde pequeno ir pro gol. Teve um treino que faltou goleiro e como eu sempre era maior que todo mundo, acabei indo para o gol. Vi que eu tinha jeito, acabei gostando e fiquei.

Como você chega para as categorias de base do Grêmio?

Eu tinha 16 anos, fui disputar minha primeira Copa São Paulo. O Desportivo Brasil sempre levava moleque para a Copa, um time abaixo da idade do torneio e eu fui. Fizemos uma primeira fase muito boa. Pegamos o Grêmio no mata-mata, fui bem no jogo. Embora a gente tenha perdido, vim para cá. Bom demais. Não fechei o gol, mas fui bem.

Ao chegar ao Grêmio, certamente você ouviu falar de ídolos como Danrlei, Mazzaropi e Lara. Mas, além deles, você tem outras inspirações de goleiros?

Antes de vir para o Grêmio, confesso que não conhecia os mais antigos como Mazzaropi e o Lara. Mas depois que eu venho para cá, não tem como não conhecer. Até porque a gente estuda a história do clube na base, de apresentar os jogadores que ganharam títulos no clube. Quando moleque eu gostava muito do Ceni, ele praticamente foi ídolo de muitos moleques da minha idade. Mas depois que vim para cá não tem como. Trabalhei com o Marcelo Grohe, com o Paulo Victor e outros goleiros que me ajudaram demais e tenho como referência.

Falando do Grohe, quanto que ele te ajudou na carreira?

O Marcelo me ajudou, ele sabe como é subir da base para o profissional, neste caminho de ir cavando seu espaço. Ele sempre me dava conselhos para ter cabeça boa e pra trabalhar firme todo dia. Lembro que ele falava: “Se trabalhando firme todo dia é difícil, imagina se não trabalhar”. Eu guardei isso. Ele é uma referência para gente, ainda mais pela história que ele teve.

Você ainda tem contato com o Grohe? Virou um amigo?

Converso com ele sim, até me mandou mensagem antes do jogo contra o Esportivo, me desejando bom jogo. Nos jogos que acabei indo bem, ele me parabenizou. A gente conversa bastante. Ele foi o melhor goleiro do campeonato lá e eu mandei mensagem para ele e a gente conversa sim. Não tão frequente, mas de vez em quando a gente troca mensagens.

Você tem alguma meta para essa temporada? E quais teus planos na carreira?

Tenho que estar preparado. Se eu for jogar ou não, se eu for titular, reserva, tenho que estar pronto para aproveitar as oportunidades e dar sempre meu melhor no campo.

Como você tem lidado com a pressão de ser o goleiro principal do Grêmio?

Até conversava com a minha esposa sobre isso. Sou um cara muito crente em Deus. Tudo que isso que está acontecendo, eu poderia encarar com muita pressão e peso em cima de mim, mas a gente ora bastante. Eu pedi muito a Deus para que eu não encarasse isso como um peso, porque daí eu não conseguiria fazer meu trabalho ali dentro. Acho que isso que Ele está conseguindo fazer, que eu entre tranquilo, mas com responsabilidade também.



Em 2019 você foi convocado para um período de treinos com a seleção brasileira. Como foram aqueles dias?

Treinei três ou quatro dias com eles. Era preparação para as quartas de final da Copa América contra o Paraguai, foi legal demais estar junto nesse clima de decisão, treinar junto com jogadores já consagrados, que jogam em alto nível na europa. Foi legal trabalhar com o Taffarel, o Ederson, Alisson, só goleiraço. Uma experiência bem marcante. Mas falando de seleção olímpica, também é meu sonho, eu tenho idade e eu vou trabalhar para isso.








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Comentários



Edemar Rodrigues     

hoje vai. ser um teste ,mas ainda nap confio no gremio ainda da medo.

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