[COPA 2014] De 2010 à 2014: O difícil caminho da Seleção Brasileira


Fonte: LanceNet!

[COPA 2014] De 2010 à 2014: O difícil caminho da Seleção Brasileira
Em um dos últimos testes antes da Copa, Brasil goleia Panamá, com show de Neymar

Eliminação da Copa do Mundo, desastre na Copa América, troca de treinador, ascensão na Copa das Confederações e confiança para a Copa no Brasil. Nos últimos quatro anos, a Seleção Brasileira passou por altos e baixos, viveu momentos de crise, foi desacreditada e chega às vésperas da Copa do Mundo como favorita. Um caminho árduo em favor de um bem maior. Ser campeão na Copa realizada no Brasil virou obrigação.

O fim de um ciclo
A derrota sofrida pelo Brasil para a Holanda nas quartas-de-finais da Copa do Mundo na África do Sul foi um balde de água fria ao torcedor brasileiro. Começou uma procura por culpados, muitos viraram vilões e foi a Comissão Técnica liderada pelo técnico Dunga, os responsabilizados. Todos sabiam que o próximo mundial seria em casa e a pressão pelo Hexa, começava a ficar mais forte. Era necessário começar um novo trabalho sem perder tempo. Visto como um dos melhores treinadores do Brasil, o técnico Muricy Ramalho foi o convidado a assumir o comando da amarelinha. O contrato vigente com o Fluminense, porém, foi um empecilho para que Muricy largasse o clube. Segunda opção, o então treinador do Corinthians, Mano Menezes, recebeu o convite recusado por Muricy e aceitou o desafio.

O Começo Decepcionante
Ninguém imaginava que a "era Mano Menezes" na Seleção seria tão desanimadora. Até porque ao assumir a Seleção, o treinador teve uma sequência de três vitórias e no ano de 2010 perdeu apenas para a grande rival, Argentina. Foram quatro jogos com três vitórias.

Com a proposta de renovação, o treinador trouxe à Seleção os jovens que seu antecessor havia ignorado. Neymar, Ganso, Pato e Lucas eram unanimidade entre os torcedores. Caiu a média de idade e medalhões de outras Copas, perderam o espaço.

A terrível Copa América de 2011
Esse é um episódio que muitos torcedores gostariam de esquecer. A campanha vergonhosa da Seleção Brasileira na Copa América de 2011 começou a levantar questionamentos sobre a competência do treinador. O grupo era talentoso, mas os resultados não apareciam.

Na primeira fase da Copa América, o Brasil empatou 2 jogos e venceu apenas o Equador. Já na fase seguinte, empatou de zero a zero com o Paraguai e na cobrança de pênaltis, um desastre. O time brasileiro perdeu todas as penalidades e foi desclassificado.

Depois disso, em 2011, o Brasil disputou 10 amistosos. Ganhou 7, contra países considerados fracos ou fraquíssimos (Romênia, Egito e Gana, por exemplo). Empatou contra a Seleção de Países Baixos. E perdeu para França e Alemanha.

Em 2012 a desconfiança aumenta
A relação do técnico da Seleção Brasileira com a torcida não andava boa. Questionamentos de todos os lados assombravam o treinador. Em 2012, mais uma decepção. O segundo lugar nas Olimpíadas de Londres foi outro baque. O trabalho não satisfazia. Durante o ano, houve 12 amistosos, o Brasil venceu 9 disputas. Os placares eram elásticos, teve algumas goleadas inacreditáveis.

Mas o número não correspondiam com o que se apresentava dentro de campo, e aumentava a insatisfação da torcida. Os testes com times fracos, pareciam não ajudar na preparação para a Copa do Mundo.

Saí Mano, volta Felipão
A desconfiança era enorme. Poucos brasileiros acreditavam que aquele grupo conquistaria a próxima Copa do Mundo. O treinador era o principal culpado. Sem acreditar no trabalho de Mano Menezes, a CBF desfez o contrato com o técnico no fim de 2012. Mano Menezes deixou a Seleção Brasileira, sem conseguir mostrar o trabalho que o levou ao posto.

Na última semana de 2012, veio o substituto. A CBF anuncia Luiz Felipe Scolari como novo técnico da Seleção. O treinador que conquistou o Pentacampeonato em 2002, voltava com o desafio de vencer mais uma Copa, dessa vez, no Brasil. O novo treinador não foi unanimidade, muitos o questionavam, mas a maioria confiava na "estrela" de Felipão.

Um Começo Fora do Script
O começo de Felipão em seu segundo trabalho na Seleção não foi um dos mais animadores. Nos três primeiros jogos, perdeu para Inglaterra e empatou com Itália e Rússia. Todos sabiam que o tempo era curto até a Copa, então, a grande chance era essa. O Felipão precisava da confiança da torcida e a torcida precisava confiar no técnico. O técnico então, começou um trabalho para essa troca com a torcida, exalava confiança e pedia para a torcida apoiar. Sob nova direção, o Brasil jogou 12 amistosos, venceu 6, empatou 4 e perdeu duas vezes. Mas foi na Copa das Confederações que a desconfiança perdeu de vez o espaço e o grupo passou a ser respeitado.

A Ascensão
A grande final era com a atual Campeã do Mundo. A Seleção de Felipão teria que passar pela toda-poderosa Espanha para tornar-se campeão da Copa das Confederações. Depois de passar por Japão, México, Itália e Uruguai, era vez de medir forçar contra a Fúria. Mas antes disso, o Brasil já tinha ganhado o maior prêmio para uma seleção que almeja a Copa do Mundo. O apoio da torcida em todos os jogos da Copa das Confederações era uma conquista a ser comemorada e uma arma que fazia a diferença.

Um Brasil vibrante disputou aquela competição, tida como teste para o Mundial, o Brasil era forte outra vez, corria muito, marcava muito e com o talento de seus principais jogadores sufocava os rivais. Felipão trouxe de volta à Seleção, a raça e o amor à camisa. E a vitória inquestionável sobre a Espanha, por um placar de 3 a 0, foi só consequência de um trabalho bem feito.

Torcida Acredita
A conquista da Copa das Confederações era o que a torcida precisava para respirar tranquila outra vez. Mais do que o título, a torcida podia comemorar uma Seleção confiável. A confiança, tão demonstrada pelo comandante, começava a surgir dos torcedores. A Seleção reconquistou sua torcida com um trabalho sério, com jogadores humildes. O sentimento é o de que essa seleção merece ganhar!

A tão esperada Copa do Mundo já vai começar
O caminho foi difícil, mas agora, há pouco mais de uma semana para começar a maior festa do Futebol mundial, a Seleção dá sinais de que está preparada para o desafio. A torcida joga junto. Os adversários começam a temer o confronto com os pentacampeões mundiais. O Brasil volta ao lugar de protagonista do futebol e a campanha questionada no início, chegou ao amadurecimento. O trabalho de quatro anos, será testado em um mês, onde o Brasil vai parar, esperando o grito de campeão.A Seleção Brasileira mostra estar preparada. Que comece a Festa!

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