"Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, estou pronto! Digam ao povo que fico." Assim como havia feito Dom Pedro naquele 9 de janeiro 1822, Renato Portaluppi declarou o seu "fico" para a felicidade geral da nação. Bom, de uma nação, pelo menos.
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A questão é que talvez a nação escolhida por Renato — para a temporada de 2019 — talvez não seja a nação em que tantos esperavam vê-lo no ano que vem. E isso incomodou muita gente. Mas não incomodou ao Renato. O acerto encaminhado e amplamente divulgado pela imprensa com os dois candidatos favoritos a assumir a presidência do Flamengo parecia ter peso de contrato assinado.
Como poderia Renato abrir mão de uma chance deste tamanho? Assumir o Flamengo seria comandar o time da maior torcida do país, com carta branca, elenco forte, relativa estabilidade (para os padrões nacionais), com tempo para pré-temporada, planejamento. Tudo isso num clube onde ele já tem forte identificação, na cidade onde ele ama viver. E a cereja no bolo: a chance de se consagrar como um grande entre os técnicos.
Pelo menos, na visão rubro-negra.
Renato, que tem rubro-negro correndo nas veias, não enxerga assim. Por isso, talvez o treinador tenha mais em comum com Dom Pedro do que uma declaração de "fico". A saber.
Quando Dom Pedro escolheu o Brasil, este imenso pedaço de terra não passava de um Reino Unido de Portugal e Algarves, era visto como um recurso natural a ser explorado pela corte portuguesa até que não sobrasse mais nada e pudesse, enfim, ser descartado, como tantas outras colônias exploradas e descartadas.
Acontece que nesta colônia específica vivia o príncipe-regente que, ao declarar que daqui não sairia, deu um passo rumo à independência. A sua própria, inclusive, das garras do pai, o rei Dom João VI. O "fico" era uma resposta aos insistentes pedidos vindos de Lisboa para que Dom Pedro retornasse e, assim, abrissem caminho para as armas e os barões assinalados, que da ocidental praia lusitana, por mares nunca antes navegados, retornassem ao Brasil.
Desta vez, os versos de "Os Lusíadas", publicados 150 anos antes por Camões, não serviriam de inspiração. O príncipe, numa tacada só, havia elevado o valor do Brasil e, ao mesmo tempo, sua patente. De Reino Unido, alguns meses depois, dia 7 de setembro, o Brasil seria declarado independente pelo próprio Dom Pedro, agora não mais príncipe, mas Imperador.
As cartas da corte em Lisboa foram interpretadas por Dom Pedro como uma valorização. Se queriam ele fora do caminho, era porque sua presença era forte demais para ser ultrapassada. Renato, talvez tenha feito interpretação semelhante. Por que o Flamengo precisaria tanto dele, a ponto de o clube descartar o ótimo trabalho de Dorival Junior e não apenas um, mas dois candidatos à presidência encaminharem sua contratação?
Dirigentes do Flamengo, à sombra de mensagens de Whatsapp, vociferaram que a imprensa melou o acordo ao noticiar, de forma correta e bem apurada, que um acordo estava alinhavado. Começa bem um novo mandato que, antes mesmo de assumir, coloca a culpa de seus insucessos na imprensa. Num caso em que apenas informações corretas foram divulgadas, diga-se.
Grêmio,Renato Gaúcho,Flamengo
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Como poderia Renato abrir mão de uma chance deste tamanho? Assumir o Flamengo seria comandar o time da maior torcida do país, com carta branca, elenco forte, relativa estabilidade (para os padrões nacionais), com tempo para pré-temporada, planejamento. Tudo isso num clube onde ele já tem forte identificação, na cidade onde ele ama viver. E a cereja no bolo: a chance de se consagrar como um grande entre os técnicos.
Pelo menos, na visão rubro-negra.
Renato, que tem rubro-negro correndo nas veias, não enxerga assim. Por isso, talvez o treinador tenha mais em comum com Dom Pedro do que uma declaração de "fico". A saber.
Quando Dom Pedro escolheu o Brasil, este imenso pedaço de terra não passava de um Reino Unido de Portugal e Algarves, era visto como um recurso natural a ser explorado pela corte portuguesa até que não sobrasse mais nada e pudesse, enfim, ser descartado, como tantas outras colônias exploradas e descartadas.
Acontece que nesta colônia específica vivia o príncipe-regente que, ao declarar que daqui não sairia, deu um passo rumo à independência. A sua própria, inclusive, das garras do pai, o rei Dom João VI. O "fico" era uma resposta aos insistentes pedidos vindos de Lisboa para que Dom Pedro retornasse e, assim, abrissem caminho para as armas e os barões assinalados, que da ocidental praia lusitana, por mares nunca antes navegados, retornassem ao Brasil.
Desta vez, os versos de "Os Lusíadas", publicados 150 anos antes por Camões, não serviriam de inspiração. O príncipe, numa tacada só, havia elevado o valor do Brasil e, ao mesmo tempo, sua patente. De Reino Unido, alguns meses depois, dia 7 de setembro, o Brasil seria declarado independente pelo próprio Dom Pedro, agora não mais príncipe, mas Imperador.
As cartas da corte em Lisboa foram interpretadas por Dom Pedro como uma valorização. Se queriam ele fora do caminho, era porque sua presença era forte demais para ser ultrapassada. Renato, talvez tenha feito interpretação semelhante. Por que o Flamengo precisaria tanto dele, a ponto de o clube descartar o ótimo trabalho de Dorival Junior e não apenas um, mas dois candidatos à presidência encaminharem sua contratação?
Dirigentes do Flamengo, à sombra de mensagens de Whatsapp, vociferaram que a imprensa melou o acordo ao noticiar, de forma correta e bem apurada, que um acordo estava alinhavado. Começa bem um novo mandato que, antes mesmo de assumir, coloca a culpa de seus insucessos na imprensa. Num caso em que apenas informações corretas foram divulgadas, diga-se.
Grêmio,Renato Gaúcho,Flamengo
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Comentários
Comentários (1)
o Renato ficou porque se deu muito bem trabalhando com o presidente ele no gremio hj é como se fosse um vice presidente porque da seus pitacos em tudo talvez em outro time ele nao tivesse essa liberdade nos torcedores acreditamos que com reforços pontuais 2019 sera grandioso pra nação tricolor
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