Após uma das tantas sessões de fisioterapia no ano para se recuperar de uma grave lesão muscular na coxa direita, as dores ainda a incomodar, Beto da Silva tomou a decisão de marcar na pele um recado "para todo mundo ver". Contratação do Grêmio em 2017 para o ataque, o peruano queria levar consigo algo que representasse o contraste entre sofrimento e superação. No pescoço, tatuou em inglês o verbo believe, que significa "acreditar" em português. Apesar de todas as dificuldades vividas nos primeiros meses em Porto Alegre, ele voltaria a jogar e ser feliz em campo. No último domingo, materializou a crença nele mesmo com o gol da vitória por 1 a 0 sobre o Fluminense.
Contratado no início deste ano, só agora o jovem de 20 anos anotou o primeiro gol na temporada. Mas jamais deixou de crer que poderia superar os problemas físicos vividos após a lesão muscular sofrida logo em sua chegada. Em decorrência dela, uma dificuldade para treinar sem dores. A parte psicológica era fundamental, reconhece Beto. Após muito trabalho, sumiram os incômodos em cima da cicatrização do músculo e o receio. A tatuagem, portanto, ganha um significado maior.
"Sempre acreditei em mim e no meu talento, o que fiz na minha curta carreira. Por isso fiz a tatuagem. Tenho muitas que representam o que ocorreu na minha vida. Desde o momento que tive a parada, coloquei até no meu pescoço para todo mundo olhar bem que eu acredito. Tive a sorte de me rodear de pessoas que também acreditam".
No campo do CT Luiz Carvalho, palco de tantas idas e vindas nos treinos, o atacante está mais solto. Sorridente, conversa com a imprensa, brinca com a bola e está à vontade. Longe do jovem introspectivo do começo da temporada.
DA LESÃO AO PRIMEIRO GOL
No último fim de semana, Beto viveu até agora seu ápice no clube – até agora, diga-se. Acostumado a observar de fora os momentos decisivos da equipe, pôde ajudar dentro de campo. Entrou na reta final da partida e fez o gol da vitória sobre o Fluminense, o 100º do Grêmio na temporada, o primeiro de um peruano pelo clube. Logo na primeira vez que a esposa e o filho Thiago estiveram na Arena.
– Feliz por fazer o gol que estava dando a vitória para a gente. Naquele momento passou muita coisa pela minha cabeça. Primeiro, olhar para a minha mulher e meu filho que estavam na Arena, que me acompanharam neste momento difícil. Até no Barrios eu pensei, que é meu amigo, o que ele ia me falar no vestiário. Na luta que tive por causa da lesão. Felicidade em poder ajudar o time – conta o atacante em entrevista ao GloboEsporte.com.
Em fevereiro, quando veio a lesão na coxa direita, não imaginava o calvário a seguir. Em agosto, depois de uma série de jogos com o time de transição, viu as dores se dissiparem na confiança conquistada. Foi quando falou com Renato Gaúcho e informou que estava à disposição. Desde então, figurou em algumas partidas, seja no banco ou ganhando oportunidade no decorrer do jogo. A parte psicológica foi determinante no processo.
– Na época da pré-temporada, tive uma lesão grave, a única. Rompi o músculo, algo grande. Foi aí que parei alguns meses. Depois, tive algumas recaídas, sentia dores na mesma cicatriz. Não conseguia naquele nível de jogo. Reclamava, falava que estava com dor. O Renato queria que eu perdesse aquele medo. Acho que muito passa pela cabeça de cada um. Na minha, estavam aquelas dores. Agora, esqueci – relata.
AMIZADE COM BARRIOS
Para tirar as dores do pensamento, Beto usou a amizade com Lucas Barrios. Até pelo fato de serem estrangeiros, ambos se aproximaram muito, a ponto de hoje dividirem o mesmo representante, Lucas Bernasconi. O centroavante ajudou o jovem a lidar com a dificuldade para retornar a jogar. Constantemente, são vistos juntos no CT Luiz Carvalho, conversando e brincando. O mesmo ocorre fora do ambiente do clube.
– (Barrios) É um exemplo para mim. Já era antes de conhecer, agora ainda mais. É um dos caras que mais me ajudou. É mais que um amigo. Trato de olhar as coisas que ele faz para aprender no dia a dia e poder crescer também – aponta Beto.
Com dupla cidadania (brasileira e peruana), o atacante brinca com o português de Barrios. Prefere usar a língua-mãe espanhol para evitar qualquer escorregada do camisa 18 na escolha das palavras. O próprio Beto da Silva diz que corrige o companheiro e ambos dão risadas juntos, em um exemplo da boa relação dos gringos.
ONDE PODE RENDER
Por conta da pouca amostragem, ainda existe uma dúvida de onde renderá mais Beto da Silva. O próprio trata de explicar. Ele preferencialmente atua pelos lados do campo, principalmente pela esquerda, posição ocupada por Fernandinho desde a saída de Pedro Rocha, mesmo que isso exija voltar para acompanhar o lateral adversário. Mas também se sente à vontade para atuar como centroavante ou atacante mais recuado.
Beto da Silva concedeu entrevista no CT Luiz Carvalho (Foto: Eduardo Moura/GloboEsporte.com)
No Peru, joguei à frente, na seleção, joguei por fora. São duas posições que eu entendo bem. Sempre busco estar perto do gol, mas minha posição de origem é mais por fora, mais seguindo o lateral, às vezes. O Renato me colocou ali de 9 para buscar as diagonais e aproveitar a velocidade. Fui feliz. O Renato sabe a minha posição de origem e onde eu sei jogar – explica.
Seja aberto pelos lados ou como centroavante, o fato é que acreditar fez Beto da Silva superar o período afastado e estar hoje pronto para ajudar. E para quem acredita, nenhum obstáculo parece instransponível.
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Contratado no início deste ano, só agora o jovem de 20 anos anotou o primeiro gol na temporada. Mas jamais deixou de crer que poderia superar os problemas físicos vividos após a lesão muscular sofrida logo em sua chegada. Em decorrência dela, uma dificuldade para treinar sem dores. A parte psicológica era fundamental, reconhece Beto. Após muito trabalho, sumiram os incômodos em cima da cicatrização do músculo e o receio. A tatuagem, portanto, ganha um significado maior.
"Sempre acreditei em mim e no meu talento, o que fiz na minha curta carreira. Por isso fiz a tatuagem. Tenho muitas que representam o que ocorreu na minha vida. Desde o momento que tive a parada, coloquei até no meu pescoço para todo mundo olhar bem que eu acredito. Tive a sorte de me rodear de pessoas que também acreditam".
No campo do CT Luiz Carvalho, palco de tantas idas e vindas nos treinos, o atacante está mais solto. Sorridente, conversa com a imprensa, brinca com a bola e está à vontade. Longe do jovem introspectivo do começo da temporada.
DA LESÃO AO PRIMEIRO GOL
No último fim de semana, Beto viveu até agora seu ápice no clube – até agora, diga-se. Acostumado a observar de fora os momentos decisivos da equipe, pôde ajudar dentro de campo. Entrou na reta final da partida e fez o gol da vitória sobre o Fluminense, o 100º do Grêmio na temporada, o primeiro de um peruano pelo clube. Logo na primeira vez que a esposa e o filho Thiago estiveram na Arena.
– Feliz por fazer o gol que estava dando a vitória para a gente. Naquele momento passou muita coisa pela minha cabeça. Primeiro, olhar para a minha mulher e meu filho que estavam na Arena, que me acompanharam neste momento difícil. Até no Barrios eu pensei, que é meu amigo, o que ele ia me falar no vestiário. Na luta que tive por causa da lesão. Felicidade em poder ajudar o time – conta o atacante em entrevista ao GloboEsporte.com.
Em fevereiro, quando veio a lesão na coxa direita, não imaginava o calvário a seguir. Em agosto, depois de uma série de jogos com o time de transição, viu as dores se dissiparem na confiança conquistada. Foi quando falou com Renato Gaúcho e informou que estava à disposição. Desde então, figurou em algumas partidas, seja no banco ou ganhando oportunidade no decorrer do jogo. A parte psicológica foi determinante no processo.
– Na época da pré-temporada, tive uma lesão grave, a única. Rompi o músculo, algo grande. Foi aí que parei alguns meses. Depois, tive algumas recaídas, sentia dores na mesma cicatriz. Não conseguia naquele nível de jogo. Reclamava, falava que estava com dor. O Renato queria que eu perdesse aquele medo. Acho que muito passa pela cabeça de cada um. Na minha, estavam aquelas dores. Agora, esqueci – relata.
AMIZADE COM BARRIOS
Para tirar as dores do pensamento, Beto usou a amizade com Lucas Barrios. Até pelo fato de serem estrangeiros, ambos se aproximaram muito, a ponto de hoje dividirem o mesmo representante, Lucas Bernasconi. O centroavante ajudou o jovem a lidar com a dificuldade para retornar a jogar. Constantemente, são vistos juntos no CT Luiz Carvalho, conversando e brincando. O mesmo ocorre fora do ambiente do clube.
– (Barrios) É um exemplo para mim. Já era antes de conhecer, agora ainda mais. É um dos caras que mais me ajudou. É mais que um amigo. Trato de olhar as coisas que ele faz para aprender no dia a dia e poder crescer também – aponta Beto.
Com dupla cidadania (brasileira e peruana), o atacante brinca com o português de Barrios. Prefere usar a língua-mãe espanhol para evitar qualquer escorregada do camisa 18 na escolha das palavras. O próprio Beto da Silva diz que corrige o companheiro e ambos dão risadas juntos, em um exemplo da boa relação dos gringos.
ONDE PODE RENDER
Por conta da pouca amostragem, ainda existe uma dúvida de onde renderá mais Beto da Silva. O próprio trata de explicar. Ele preferencialmente atua pelos lados do campo, principalmente pela esquerda, posição ocupada por Fernandinho desde a saída de Pedro Rocha, mesmo que isso exija voltar para acompanhar o lateral adversário. Mas também se sente à vontade para atuar como centroavante ou atacante mais recuado.
Beto da Silva concedeu entrevista no CT Luiz Carvalho (Foto: Eduardo Moura/GloboEsporte.com)
No Peru, joguei à frente, na seleção, joguei por fora. São duas posições que eu entendo bem. Sempre busco estar perto do gol, mas minha posição de origem é mais por fora, mais seguindo o lateral, às vezes. O Renato me colocou ali de 9 para buscar as diagonais e aproveitar a velocidade. Fui feliz. O Renato sabe a minha posição de origem e onde eu sei jogar – explica.
Seja aberto pelos lados ou como centroavante, o fato é que acreditar fez Beto da Silva superar o período afastado e estar hoje pronto para ajudar. E para quem acredita, nenhum obstáculo parece instransponível.
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Comentários
Comentários (2)
vamos acreditar.....o tri é nosso
o cara é craque,esperem e veram.
muitas alegrias,anotem gremistas.
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