Foto: NELSON ALMEIDA / AFP
O Grêmio precisa se preparar para um caldeirão no jogo de ida da semifinal da Libertadores. O Barcelona é o Flamengo do Equador, tamanha a popularidade. "Los amarillos", também conhecidos como "Los Toreros", estão em estado de graça com a retomada do clube nos últimos dois anos. O time é comandado pelo técnico uruguaio Guillermo Almada. O que explica o espírito charrua do time. O seu Barcelona joga no limite, com intensidade e virilidade, por vezes, acima do padrão aceitável. O esquema é o 4-3-3, com dois pontas canhotos, mas a força física e a disciplina tática dos jogadores deixam fazem o time ser combativo e de marcação pesada sem a bola. Da atual equipe, cinco titulares são figuras frequentes na seleção equatoriana.
Sangue quente
O Barcelona, embora esteja ao nível do mar e longe da Capital, Quito, é o dono da maior torcida do Equador. Depois de um período de seca e de vitórias do seu rival em Guayaquil, o Emelec, voltou ao caminho dos títulos. A mudança veio com a ascensão de José Cevallos à presidência. Goleiro campeão da América com a LDU em 2008, ele fez carreira no Barcelona, onde foi ídolo de 1990 a 2006. Era ele o goleiro no vice da América em 1998, quando perdeu para o Vasco. A conquista do Equatoriano em 2016 e a proeminência de alguns jogadores entusiasmam a torcida, que tem ocupado os 57 mil lugares do Estádio Monumental. O ambiente é fervilhante e costuma pressionar os visitantes. Em campo, os jogadores correspondem. O Barcelona não economiza energia, principalmente, nas divididas. Por vezes, passa do ponto.
Alta velocidade
O técnico uruguaio Guillermo Almada usa um autêntico 4-3-3, que na recomposição defensiva vira 4-5-1. Nas pontas, os velozes Esterilla e Marcos Caicedo avançam sobre o lateral e buscam o fundo, com a missão de servir Jonatan Alvez. O detalhe é que os dois ponteiros são canhotos. Por isso, Esterilla, que atua na direita, usa várias vezes o recurso de cruzar de trivela. Caicedo é da seleção e enfrentou o Brasil, na Arena,. Além dele, Banguera, Velasco, Aimar e Oyola estiveram na última lista do demitido Gustavo Quinteros. Oyola, 1m67cm, é o capitão e espécie de motorzinho da equipe.
O matador
O uruguaio Jonatan Alvez, 28 anos, é um fio desencapado. De 220 volts. É centroavante modelo anos 80. Faz gols e arruma confusões na mesma medida. A torcida o adora. Pelo estilo bad boy, com tatuagens e corte de cabelo com moicano e desenhos com motivos incas. Mas também pelos gols. Foi goleador do último Equatoriano, com 20, e já marcou 18 neste ano – quatro na Libertadores. O sangue quente, no entanto, causa problemas. Em agosto, ao ser substituído, chutou uma bola para longe e, no banco, discutiu com o técnico e seu compatriota Guillermo Almada. Foi preciso a intervenção de um reserva para que o bate-boca não virasse tapa. Neste ano, se engalfinhou com dois companheiros em treinos: o também uruguaio Alemán e o zagueiro Aimar, o mesmo com que trocou sopapos no jogo de ida contra o Santos.
O time-base
Guillermo Almada costuma usar a seguinte equipe: Banguera; Velasco, Arreaga, Aimar e Beder Caicedo; Gabriel Marques, Oyola e Damián Díaz; Esterilla, Alvez e Marcos Caicedo.
O camisa 10
Damián Díaz, 31 anos, é o legítimo enganche argentino. Gosta da bola colada ao pé e, a partir disso, tenta ditar o ritmo do jogo. Tudo no Barcelona passa por ele. Díaz joga solto diante de Oyola e do brasileiro Gabriel Marques e numa linha atrás de Alvez. Seus passes buscam sempre a infiltração do centroavante ou a entrada dos ponteiros às costas dos laterais. Está na sexta temporada no Barcelona. Formado no Rosario Central, teve curta passagem pelo Boca, antes de sair para dois anos no Universidad Católica-CHI, última escala antes de descer em Guayaquil, em 2011.
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O Barcelona, embora esteja ao nível do mar e longe da Capital, Quito, é o dono da maior torcida do Equador. Depois de um período de seca e de vitórias do seu rival em Guayaquil, o Emelec, voltou ao caminho dos títulos. A mudança veio com a ascensão de José Cevallos à presidência. Goleiro campeão da América com a LDU em 2008, ele fez carreira no Barcelona, onde foi ídolo de 1990 a 2006. Era ele o goleiro no vice da América em 1998, quando perdeu para o Vasco. A conquista do Equatoriano em 2016 e a proeminência de alguns jogadores entusiasmam a torcida, que tem ocupado os 57 mil lugares do Estádio Monumental. O ambiente é fervilhante e costuma pressionar os visitantes. Em campo, os jogadores correspondem. O Barcelona não economiza energia, principalmente, nas divididas. Por vezes, passa do ponto.
Alta velocidade
O técnico uruguaio Guillermo Almada usa um autêntico 4-3-3, que na recomposição defensiva vira 4-5-1. Nas pontas, os velozes Esterilla e Marcos Caicedo avançam sobre o lateral e buscam o fundo, com a missão de servir Jonatan Alvez. O detalhe é que os dois ponteiros são canhotos. Por isso, Esterilla, que atua na direita, usa várias vezes o recurso de cruzar de trivela. Caicedo é da seleção e enfrentou o Brasil, na Arena,. Além dele, Banguera, Velasco, Aimar e Oyola estiveram na última lista do demitido Gustavo Quinteros. Oyola, 1m67cm, é o capitão e espécie de motorzinho da equipe.
O matador
O uruguaio Jonatan Alvez, 28 anos, é um fio desencapado. De 220 volts. É centroavante modelo anos 80. Faz gols e arruma confusões na mesma medida. A torcida o adora. Pelo estilo bad boy, com tatuagens e corte de cabelo com moicano e desenhos com motivos incas. Mas também pelos gols. Foi goleador do último Equatoriano, com 20, e já marcou 18 neste ano – quatro na Libertadores. O sangue quente, no entanto, causa problemas. Em agosto, ao ser substituído, chutou uma bola para longe e, no banco, discutiu com o técnico e seu compatriota Guillermo Almada. Foi preciso a intervenção de um reserva para que o bate-boca não virasse tapa. Neste ano, se engalfinhou com dois companheiros em treinos: o também uruguaio Alemán e o zagueiro Aimar, o mesmo com que trocou sopapos no jogo de ida contra o Santos.
O time-base
Guillermo Almada costuma usar a seguinte equipe: Banguera; Velasco, Arreaga, Aimar e Beder Caicedo; Gabriel Marques, Oyola e Damián Díaz; Esterilla, Alvez e Marcos Caicedo.
O camisa 10
Damián Díaz, 31 anos, é o legítimo enganche argentino. Gosta da bola colada ao pé e, a partir disso, tenta ditar o ritmo do jogo. Tudo no Barcelona passa por ele. Díaz joga solto diante de Oyola e do brasileiro Gabriel Marques e numa linha atrás de Alvez. Seus passes buscam sempre a infiltração do centroavante ou a entrada dos ponteiros às costas dos laterais. Está na sexta temporada no Barcelona. Formado no Rosario Central, teve curta passagem pelo Boca, antes de sair para dois anos no Universidad Católica-CHI, última escala antes de descer em Guayaquil, em 2011.
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Comentários
Comentários (1)
O que me impressionou foi a velocidade, triangulação rápida do ataque. Pra superar esse time o Grêmio vai precisar ter muito controle do jogo, posse de bola e marcação firne do meuo pra frente
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