Grêmio e Atlético-PR voltam a se enfrentar, às 11h (Brasília) deste domingo, pela 21ª rodada do Brasileirão. Mais do que se conhecerem em campo, pelos três jogos já realizados no ano, os dois clubes compartilham da experiência com outro tema: o cadastramento biométrico de torcedores. Na Arena da Baixada o sistema já engloba todos os setores, mas em Porto Alegre a medida ainda é aplicada somente na arquibancada norte.
A prática divide opiniões e gera polêmica junto aos torcedores. Mas em ambos os casos contam com apoio dos órgãos de segurança.
O Grêmio investiu um total de R$ 800 mil em equipamentos para usar o sistema biométrico no setor onde se concentram as torcidas organizadas. A área, sem cadeiras, é a que dispõe dos ingressos com preços mais acessíveis. Logo após o anúncio da medida, a Geral do Grêmio se manifestou contrária e reclamou da decisão.
"É preciso ressaltar o caráter elitista e discriminatório desta medida. O cadastro biométrico será exigido somente na Arquibancada Norte. Se o Grêmio tivesse realmente o interesse de fazer o mesmo nos outros setores, este cronograma já teria sido apresentado", disse o movimento de torcedores em nota.
O uso de sistema biométrico é uma contrapartida ao TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) firmado pelo Grêmio junto ao Ministério Público do Rio Grande do Sul. O documento foi celebrado para liberar o uso de materiais e instrumentos musicais no setor novamente.
A direção do Grêmio deve anunciar, na próxima semana, novos prazos para realização de cadastro biométrico. Atualmente, os sócios acessam o setor sem precisar usar o novo sistema. O torcedor em geral segue obrigado a realizar o cadastramento.
O Atlético-PR, por sua vez, não divulga valores e está em estágio avançado de aplicação do processo. O período para cadastramento de seus torcedores termina no final do mês. O público, contudo, ainda apresenta resistência.
A queixa é por conta do modelo associativo do Atlético, que dá acesso livre aos jogos a partir do pagamento de uma mensalidade. Donos de mais de uma cadeira serão obrigados a registrarem um usuário fixo, com direito a um outro alternado, com duração mínima de seis meses para uma nova troca, sob pena de pagamento de taxa. Em resumo, os donos da cadeira terão que imobilizar em cadastro os usuários que pretendem ir ao estádio.
"Eu entendo que está havendo uma restrição do direito adquirido de uso da cadeira. O torcedor do Atlético é diferente, por exemplo, do Internacional, em que tem preferência na compra. No Atlético ele tem o ingresso por direito adquirido", relata o advogado Gilberto Andreassa, que estuda ir ao PROCON-PR, mas antes considera buscar um acordo com a diretoria atleticana.
O processo na Arena da Baixada está ainda mais avançado por um fator importante: o clube firmou um convênio com o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), Secretaria de Segurança Pública (SESP), Instituto de Identificação do Paraná, DETRAN-PR e CELEPAR. Com isso, o sistema estará interligado às catracas dos estádios ou locais de shows aos bancos de dados do DETRAN-PR e do Instituto de Identificação.
Consultado, o PROCON-PR disse que ainda estuda o caso, que no Paraná surgiu após um convênio com a Secretaria de Segurança Pública e o Tribunal de Justiça e Atlético e Coritiba, com a ideia de criar um ambiente mais seguro nos estádios.
Recentemente, o Atlético viveu um episódio de tentativa de invasão nas catracas, o que fez com que o clube rompesse em definitivo com sua principal organizada.
No momento em que o espectador colocar sua digital no leitor biométrico, um conjunto de códigos vai informar se a pessoa é a titular do cartão ou ingresso e também se há contra ela mandado de prisão em aberto ou restrição para entrada no estádio, devido a alguma pena no âmbito do programa Justiça ao Torcedor.
"Boa parte da nossa estrutura física e de tecnologia da informação é feito 100% pelo Atlético-PR. O investimento em torno de todo o estádio será pequeno, de poucas adequações ao sistema. Também vamos instalar dois novos portões de acesso e aumentar em 30% o número de catracas", acrescenta o diretor de operações do clube, Fernando Volpato.
VEJA TAMBÉM
- Grêmio usa helicóptero para levar mantimentos a 35 meninos da base, isolados no CT de Eldorado pelos alagamentos
- Renato mudar time do Grêmio contra o Criciúma
- Dodi valoriza empate do Grêmio e prevê jogo de volta com apoio da torcida
A prática divide opiniões e gera polêmica junto aos torcedores. Mas em ambos os casos contam com apoio dos órgãos de segurança.
O Grêmio investiu um total de R$ 800 mil em equipamentos para usar o sistema biométrico no setor onde se concentram as torcidas organizadas. A área, sem cadeiras, é a que dispõe dos ingressos com preços mais acessíveis. Logo após o anúncio da medida, a Geral do Grêmio se manifestou contrária e reclamou da decisão.
"É preciso ressaltar o caráter elitista e discriminatório desta medida. O cadastro biométrico será exigido somente na Arquibancada Norte. Se o Grêmio tivesse realmente o interesse de fazer o mesmo nos outros setores, este cronograma já teria sido apresentado", disse o movimento de torcedores em nota.
O uso de sistema biométrico é uma contrapartida ao TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) firmado pelo Grêmio junto ao Ministério Público do Rio Grande do Sul. O documento foi celebrado para liberar o uso de materiais e instrumentos musicais no setor novamente.
A direção do Grêmio deve anunciar, na próxima semana, novos prazos para realização de cadastro biométrico. Atualmente, os sócios acessam o setor sem precisar usar o novo sistema. O torcedor em geral segue obrigado a realizar o cadastramento.
O Atlético-PR, por sua vez, não divulga valores e está em estágio avançado de aplicação do processo. O período para cadastramento de seus torcedores termina no final do mês. O público, contudo, ainda apresenta resistência.
A queixa é por conta do modelo associativo do Atlético, que dá acesso livre aos jogos a partir do pagamento de uma mensalidade. Donos de mais de uma cadeira serão obrigados a registrarem um usuário fixo, com direito a um outro alternado, com duração mínima de seis meses para uma nova troca, sob pena de pagamento de taxa. Em resumo, os donos da cadeira terão que imobilizar em cadastro os usuários que pretendem ir ao estádio.
"Eu entendo que está havendo uma restrição do direito adquirido de uso da cadeira. O torcedor do Atlético é diferente, por exemplo, do Internacional, em que tem preferência na compra. No Atlético ele tem o ingresso por direito adquirido", relata o advogado Gilberto Andreassa, que estuda ir ao PROCON-PR, mas antes considera buscar um acordo com a diretoria atleticana.
O processo na Arena da Baixada está ainda mais avançado por um fator importante: o clube firmou um convênio com o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), Secretaria de Segurança Pública (SESP), Instituto de Identificação do Paraná, DETRAN-PR e CELEPAR. Com isso, o sistema estará interligado às catracas dos estádios ou locais de shows aos bancos de dados do DETRAN-PR e do Instituto de Identificação.
Consultado, o PROCON-PR disse que ainda estuda o caso, que no Paraná surgiu após um convênio com a Secretaria de Segurança Pública e o Tribunal de Justiça e Atlético e Coritiba, com a ideia de criar um ambiente mais seguro nos estádios.
Recentemente, o Atlético viveu um episódio de tentativa de invasão nas catracas, o que fez com que o clube rompesse em definitivo com sua principal organizada.
No momento em que o espectador colocar sua digital no leitor biométrico, um conjunto de códigos vai informar se a pessoa é a titular do cartão ou ingresso e também se há contra ela mandado de prisão em aberto ou restrição para entrada no estádio, devido a alguma pena no âmbito do programa Justiça ao Torcedor.
"Boa parte da nossa estrutura física e de tecnologia da informação é feito 100% pelo Atlético-PR. O investimento em torno de todo o estádio será pequeno, de poucas adequações ao sistema. Também vamos instalar dois novos portões de acesso e aumentar em 30% o número de catracas", acrescenta o diretor de operações do clube, Fernando Volpato.
VEJA TAMBÉM
- Grêmio usa helicóptero para levar mantimentos a 35 meninos da base, isolados no CT de Eldorado pelos alagamentos
- Renato mudar time do Grêmio contra o Criciúma
- Dodi valoriza empate do Grêmio e prevê jogo de volta com apoio da torcida
Comentários
Enviar Comentário
Aplicativo Gremio Avalanche
Leia também
Grêmio usa helicóptero para levar mantimentos a 35 meninos da base, isolados no CT de Eldorado pelos alagamentos
Grêmio Utiliza Helicóptero Para Levar Mantimentos a Garotos da Base Ilhados
Arena do Grêmio é saqueada enquanto acolhe desabrigados
Grêmio corrige problemas defensivos e sofre apenas um gol em cinco jogos.
Conmebol adia jogos de Grêmio e Inter devido à chuva em Porto Alegre.
Conmebol adia jogos de Grêmio e Inter nas competições sul-americanas.
Conmebol adia clássico Gre-Nal devido às chuvas no Rio Grande do Sul
Grêmio suspende treinos devido às enchentes
Indefinição sobre Nathan preocupa Grêmio após um mês sem jogar.
Conmebol adia jogos de Grêmio e Inter nas competições continentais
Conmebol adia jogos de Grêmio e Inter por compromissos na Libertadores e Sul-Americana
Gramado da Arena do Grêmio em Condição Desafiadora após Chuvas
Conmebol mantém jogos de Inter e Grêmio apesar de protestos de torcedores.
Enchente invade gramado da Arena do Grêmio durante temporal em Porto Alegre
Treinos do Grêmio suspensos no fim de semana devido às enchentes no RS
Grêmio ajusta logística e partida da Libertadores corre risco de adiamento
Possível Contratação de Atacante Uruguaio do Boca Juniors Interessa ao Grêmio
Caos atinge CT do Grêmio após enchente em Porto Alegre. Confira!
Negociação entre Gabriel Grando e Cruzeiro revela fato inusitado no futebol brasileiro.
Grêmio disponibiliza locais de coleta para vítimas das chuvas no RS
Villasanti lidera lista de atletas com mais jogos pelo Grêmio em 2021
Inter utiliza barco em centro de treinamento durante enchentes; Grêmio descreve "cenário caótico"