Base do Grêmio com Geromel, Maicon, Luan e outros vem de 2015 (Foto: Lucas Uebel / Grêmio, DVG)
Após o empate com o São Paulo, chamou a atenção uma declaração do técnico Dorival Júnior sobre o Grêmio: que a essência do futebol brasileiro está na maneira do clube gaúcho atuar, com posse de bola, agressividade e domínio do jogo. Mas esse processo não é de agora. Um dos pontos mais importantes é o trabalho de longo prazo promovido pelo Tricolor. Seis titulares no jogo do Morumbi vestem a camisa azul, preta e branca desde 2015, pelo menos.
A espinha dorsal do Grêmio, com seus nomes de referência, atua lado a lado há dois anos, quando a temporada começou com Felipão no comando, mas atingiu o auge em desempenho sob a batuta de Roger Machado. Curiosamente, este último usava discurso semelhante ao de Dorival, com intuito de resgatar os princípios do futebol brasileiro com o seu trabalho.
Marcelo Grohe, Geromel, Ramiro, Luan, Pedro Rocha e Maicon estão no clube desde 2015, sendo o capitão o último a ser contratado pelo Tricolor, em março daquele ano, e Pedro Rocha, pinçado da base. Grohe é cria tricolor, enquanto Geromel e Luan estão no grupo desde 2014, e Ramiro, 2013.
– Esse tempo que estou no Grêmio, é a equipe que apresenta um futebol mais bonito, tem jogado na Arena ou fora, independente do adversário, com maturidade, sabendo da qualidade e aquilo que podemos fazer. Jogamos para vencer. Vem jogando há um bom tempo junta, uma base que vem desde 2015, todo mundo se conhece. Já apanhamos muito durante este tempo, tivemos momentos vitoriosos. Isso vai construindo uma equipe forte. Estamos pensando em coisas grandes no ano e não pode ser diferente pelo que o grupo tem feito. Vamos em busca desses grandes títulos – explicou Marcelo Grohe.
Longevidade do grupo
O leque de atletas que estão desde 2015 no Grêmio ainda se amplia para atletas importantes, como Douglas, atualmente machucado, e Marcelo Oliveira, no banco. Edílson e Kannemann foram os acréscimos de 2016 ao time titular. Fernandinho, espécie de 12º jogador, foi comprado em 2014, apesar de uma série de empréstimos. Everton foi alçado ao profissional também em 2014. Thyere e Bressan estão no elenco desde 2013, quando trabalharam com o próprio Renato.
Em 2017, Michel, Cortez e Arthur entraram na equipe e deram o toque final ao processo. O último, por sinal, estreou com Felipão, em 2015, mas ficou desde então na categoria de base ou treinando com o grupo principal. Outros dois acréscimos, momentaneamente fora de ação, são Barrios e Léo Moura, também buscados neste ano.
Os frutos aparecem mais fortemente em 2017, especialmente em rendimento, sob o comando de Renato. Mas há também no processo o título da Copa do Brasil de 2016, que referenda o planejamento e dá mostras que o caminho tomado por Romildo Bolzan Júnior deu resultado e será mantido.
– Tenho um grupo de alto nível, muito bom, que tem amizade dentro e fora de campo. Sempre que dá, damos uma relembrada na parte tática, mas os jogadores são inteligentes, mesmo com pouco tempo sabem o que fazer. A entrega é total a cada partida.
Colocamos na cabeça deles que cada jogo é uma decisão para a gente. E eles entenderam. Não é nada fácil, disputamos três competições em alto nível. E estamos muito bem nas três – opinou Renato.
Grupo calejado
Por outro lado, também houve decepções. Em 2016, especialmente, o grupo viveu a eliminação para o Juventude, no Gauchão, e para o Rosario Central, nas oitavas da Libertadores, de maneira muito forte. Também teve uma sequência de sete jogos sem vencer, que culminou na saída de Roger e na chegada de Renato ao comando.
Desde então, o treinador passou a trabalhar outra parte deste processo evolutivo. No campo, aperfeiçoou o modelo de jogo de posse de bola e injetou uma boa dose de agressividade ao time. Deixou a equipe mais competitiva, com uma ânsia pela vitória que não existia, e acertou o posicionamento defensivo.
Nesta temporada, o Grêmio acabou eliminado na semifinal do Gauchão para o Novo Hamburgo. Mas tem vantagem de 4 a 0 sobre o Atlético-PR nas quartas da Copa do Brasil, quando joga a partida de volta nesta quinta, na Arena da Baixada; de 1 a 0 sobre o Godoy Cruz, nas oitavas da Libertadores; e é o vice-líder do Brasileiro, oito pontos atrás do Corinthians.
O elenco está em Curitiba, onde treinará na tarde desta quarta antes da partida com o Furacão. O time titular pode ter peças preservadas por conta do desgaste. Mas com o modelo de jogo bem definido, não parece ser um problema para Renato.
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