Grêmio e Atlético-PR abrem nesta quarta-feira, na Arena, uma espécie de tira-teima. A partir das 19h30, as duas equipes iniciam a briga por uma vaga nas semifinais e revivem um duelo que tem marcado a história recente do torneio. Nas últimas cinco edições, gaúchos e paranaenses se cruzarem três vezes, com uma classificação para cada lado até agora.
O confronto contra o Furacão, que vem de quatro vitórias consecutivas, também é especial para dois personagens do lado azul: Renato e Marcelo Grohe. O treinador, que acumula uma eliminação e uma classificação diante do rival, põe à prova a fama de grande gestor de grupos, após a dolorida derrota para o Corinthians, no domingo, em jogo que valia a liderança do Brasileirão. Sua missão é remobilizar um grupo que até então vinha encantando com "o melhor futebol do Brasil".
Já o camisa 1 tem a chance de se redimir das críticas sofridas por sua atuação na derrota para o Timão, quando sofreu um gol por entre as pernas, considerado defensável pela torcida. E justamente diante de um rival contra o qual teve uma de suas melhores atuações na temporada passada, com direito a reviravolta e redenção.
Confira abaixo dois atrativos da partida:
Estreia com classificação
Renato assumiu o Grêmio em setembro do ano passado em um momento turbulento do time, após a saída de Roger. E com apenas dois dias de treinamento, não se eximiu de comandar o time em um duelo eliminatório, pelas oitavas de final da Copa do Brasil. Contra o mesmo Atlético-PR que volta a encarar nesta noite.
No confronto de ida, na Arena da Baixada, o Grêmio superaria o rival por 1 a 0 com boa atuação da equipe ainda comandada por Roger. Jogava pelo empate na Arena para ficar com a vaga. Não contava, porém, que o time paranaense devolveria o mesmo placar na casa gremista, com gol de André Lima, que fez valer a “lei do ex”.
A decisão foi para os pênaltis, para testar o coração dos torcedores de ambos os lados. Afinal, a definição sairia somente depois de 16 cobranças e apenas seis convertidos. O Tricolor derrotou o Furacão por 4 a 3 e se garantiu nas quartas de final.
Depois, engrenou, passou por Palmeiras, Cruzeiro e Atlético-MG para conquistar o penta.
O retrospecto do treinador contra os paranenses, porém, também conta com uma eliminação. Em 2013, na mesma Arena lotada, Renato viu o Grêmio com a dupla Kleber e Barcos no ataque empilhar chances, mas parar no goleiro Weverton. O placar de 0 a 0, combinado com a derrota por 1 a 0 no jogo de ida, custou a vaga na decisão.
Grohe de vilão a herói
Se marcou a estreia de Renato em sua terceira passagem pelo Grêmio, o duelo contra o Altético-PR de 21 de setembro do ano passado certamente também é um dos mais marcantes para Marcelo Grohe. Acostumado a conviver com a desconfiança da torcida, o goleiro foi do inferno ao céu em pouco mais de 90 minutos.
Após falhar no gol de André Lima, que deu a vitópria para os parananses, Grohe se agigantou nas cobranças de pênaltis.
Defendeu três – uma delas do goleiro rival –, viu uma ir para fora e outra acertar a trave. Saiu de campo como herói. E se entregou às lágrimas.
– Tem sido um tempo difícil para mim. Às vezes as coisas não acontecem como a gente quer, torcedor pega no pé. Jogar o segundo tempo com a carga emocional que jogamos. Sabia que a responsabilidade cairia toda em cima de mim. Sofro para caramba aqui, quero muito ganhar um título pra esta torcida e para o clube. Foi emocionante – destacou, ao cruzar a zona mista, à época.
O momento de Grohe naquela partida remete ao momento atual.
Afinal, no último final de semana, o goleiro recebeu críticas por ter sofrido gol por meio das pernas diante do Corinthians, em chute de Jadson. E voltou a desabafar no domingo.
– Estou no profissional desde 2005. Desde 2006, quando comecei a jogar, sou contestado. Todo ano sou contestado. O dia que o Grêmio entender que eu não sirvo mais, vou entender, e saio pela porta da frente sem problema nenhum. Estou feliz aqui e já estou acostumado – disse o camisa 1, após a derrota para o Timão.
O jogo de ida das quartas de final inicia às 19h30. A volta está marcada para o dia 27 de julho, na Arena da Baixada, em Curitiba.
Quem se classificar, enfrenta o vencedor de Cruzeiro x Palmeiras em uma das semifinais.
VEJA TAMBÉM
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- Dodi valoriza empate do Grêmio e prevê jogo de volta com apoio da torcida
O confronto contra o Furacão, que vem de quatro vitórias consecutivas, também é especial para dois personagens do lado azul: Renato e Marcelo Grohe. O treinador, que acumula uma eliminação e uma classificação diante do rival, põe à prova a fama de grande gestor de grupos, após a dolorida derrota para o Corinthians, no domingo, em jogo que valia a liderança do Brasileirão. Sua missão é remobilizar um grupo que até então vinha encantando com "o melhor futebol do Brasil".
Já o camisa 1 tem a chance de se redimir das críticas sofridas por sua atuação na derrota para o Timão, quando sofreu um gol por entre as pernas, considerado defensável pela torcida. E justamente diante de um rival contra o qual teve uma de suas melhores atuações na temporada passada, com direito a reviravolta e redenção.
Confira abaixo dois atrativos da partida:
Estreia com classificação
Renato assumiu o Grêmio em setembro do ano passado em um momento turbulento do time, após a saída de Roger. E com apenas dois dias de treinamento, não se eximiu de comandar o time em um duelo eliminatório, pelas oitavas de final da Copa do Brasil. Contra o mesmo Atlético-PR que volta a encarar nesta noite.
No confronto de ida, na Arena da Baixada, o Grêmio superaria o rival por 1 a 0 com boa atuação da equipe ainda comandada por Roger. Jogava pelo empate na Arena para ficar com a vaga. Não contava, porém, que o time paranaense devolveria o mesmo placar na casa gremista, com gol de André Lima, que fez valer a “lei do ex”.
A decisão foi para os pênaltis, para testar o coração dos torcedores de ambos os lados. Afinal, a definição sairia somente depois de 16 cobranças e apenas seis convertidos. O Tricolor derrotou o Furacão por 4 a 3 e se garantiu nas quartas de final.
Depois, engrenou, passou por Palmeiras, Cruzeiro e Atlético-MG para conquistar o penta.
O retrospecto do treinador contra os paranenses, porém, também conta com uma eliminação. Em 2013, na mesma Arena lotada, Renato viu o Grêmio com a dupla Kleber e Barcos no ataque empilhar chances, mas parar no goleiro Weverton. O placar de 0 a 0, combinado com a derrota por 1 a 0 no jogo de ida, custou a vaga na decisão.
Grohe de vilão a herói
Se marcou a estreia de Renato em sua terceira passagem pelo Grêmio, o duelo contra o Altético-PR de 21 de setembro do ano passado certamente também é um dos mais marcantes para Marcelo Grohe. Acostumado a conviver com a desconfiança da torcida, o goleiro foi do inferno ao céu em pouco mais de 90 minutos.
Após falhar no gol de André Lima, que deu a vitópria para os parananses, Grohe se agigantou nas cobranças de pênaltis.
Defendeu três – uma delas do goleiro rival –, viu uma ir para fora e outra acertar a trave. Saiu de campo como herói. E se entregou às lágrimas.
– Tem sido um tempo difícil para mim. Às vezes as coisas não acontecem como a gente quer, torcedor pega no pé. Jogar o segundo tempo com a carga emocional que jogamos. Sabia que a responsabilidade cairia toda em cima de mim. Sofro para caramba aqui, quero muito ganhar um título pra esta torcida e para o clube. Foi emocionante – destacou, ao cruzar a zona mista, à época.
O momento de Grohe naquela partida remete ao momento atual.
Afinal, no último final de semana, o goleiro recebeu críticas por ter sofrido gol por meio das pernas diante do Corinthians, em chute de Jadson. E voltou a desabafar no domingo.
– Estou no profissional desde 2005. Desde 2006, quando comecei a jogar, sou contestado. Todo ano sou contestado. O dia que o Grêmio entender que eu não sirvo mais, vou entender, e saio pela porta da frente sem problema nenhum. Estou feliz aqui e já estou acostumado – disse o camisa 1, após a derrota para o Timão.
O jogo de ida das quartas de final inicia às 19h30. A volta está marcada para o dia 27 de julho, na Arena da Baixada, em Curitiba.
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