Por capricho da Conmebol, Grêmio teve que comprar meiões para jogar no Chile

Horas antes de todas as partidas da Copa Libertadores, há uma reunião entre representantes dos dois clubes, da Conmebol e da arbitragem. Neste encontro define-se, por exemplo, quais serão os uniformes dos dois times. A história a seguir aconteceu com o Grêmio, antes do jogo contra o Deportes Iquique, em Calama. E estará na pauta de demandas que os clubes brasileiros apresentarão para a Conmebol nesta quinta-feira – além de questões de segurança e reclamações contra o Tribunal de Disciplina.



Durante essa reunião, o quarto árbitro da partida encrencou com os meiões que seriam usados pelos jogadores do Grêmio. Os jogadores do time gaúcho, como quase todos os profissionais hoje, cortam os pés do meião – e usam uma meia comum por baixo, que escorrega menos dentro da chuteira.

A fornecedora de material esportivo do Grêmio, conhecendo a popularidade dessa mania entre os boleiros, já entrega os meiões sem os pés. E foi uma peça assim que o Grêmio apresentou na reunião prévia ao jogo contra o Iquique – sim, os times precisam mostrar as peças que vão usar em campo.

O quarto árbitro não aceitou.

O Grêmio atuaria naquela partida com meiões brancos, mesma cor da meia que os jogadores que usam por baixo. Ainda assim, o quarto árbitro viu problema ali, disse que poderia haver "diferença de tom" entre o branco do meião e o branco da meia de baixo.

Sem alternativa, dirigentes do Grêmio tiveram que comprar meiões brancos numa loja de material esportivo na cidade de Calama, no norte do Chile. As peças compradas não tinham a marca do patrocinador do clube – não tinham marca nenhuma, na verdade.

Mas as peças compradas em Calama não chegaram a ser usadas. Minutos antes do início da partida, o Grêmio conseguiu convencer o árbitro de que não havia diferença nenhuma de tom entre as meias brancas do uniforme e as meias brancas usadas pelos jogadores no contato com as chuteiras.



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