Gastón Fernández percorre o trajeto da Arena a sua casa, após "se apresentar" à torcida com duas pifadas para Barrios e Pedro
Rocha na vitória do Grêmio por 4 a 0 sobre o Zamora, na última quinta-feira, e sua mente percorre caminhos mais longevos. O pensamento o leva ao Estudiantes de 2009. As lembranças o conduzem a uma comparação instantânea do Tricolor com aquela equipe histórica, campeã da Libertadores. E logo surge o vínculo indissolúvel com Alejandro Sabella, seu "pai futebolístico".
Separados por quase três décadas na diferença de idade, Gata e o treinador, seu mentor desde os tempos de La Plata, percorrem quase os mesmos passos. Ambos foram lapidados na base do River Plate, rodaram pelo exterior e escreveram história pelo Estudiantes. Ambos são meias de técnica apurada, que rumaram a solo gaúcho para defender o Grêmio. E aí, o camisa 10 busca uma guinada distinta. Sabella foi campeão gaúcho, em 1986. Fernández carrega sua experiência com direito a gol na final continental, contra o Cruzeiro, para buscar o tri da América pelo Tricolor.
Após dar uma amostra mais definitiva de suas credenciais com a camisa 10 herdada de Douglas às costas, Fernández recebeu a reportagem do GloboEsporte.com e da RBS TV para um bate-papo em uma barbearia da capital gaúcha no começo da chuvosa tarde desta sexta-feira. O recinto denota um pouco dos cuidados que o gringo apelidado de "La Gata" pelos olhos azuis tem com a aparência. Mas a conversa, claro, vai bem além da imagem do argentino.
O meia discorre sobre seu momento no Grêmio, com expectativa de mais minutos em campo, a parceria com Lucas Barrios e a vida em Porto Alegre. Na capital gaúcha, o Gastón reencontrou justamente no ídolo do maior rival, D'Alessandro, um rosto amigo ainda dos tempos de River Plate. Em bom portunhol, com esforço para se expressar em Português, há espaço até para uma opinião polêmica entre os conterrâneos: Gata prefere Messi a Maradona.
Confira a trechos da entrevista:
Vamos começar pelo jogo de ontem (quinta-feira). Você foi titular, conseguiu duas assistências... Que avaliação faz de sua atuação?
Gastón Fernández: Foi um jogo importante, porque seria como a minha apresentação à torcida. Foi uma linda prova para eu mostrar meu futebol. E sobretudo fazendo um jogo de Libertadores, um torneio muito prestigiado. Acho que o resultado final foi muito bom, porque a equipe ganhou e também pude apresentar bom futebol.
Tem algum detalhe que você possa falar dos passes para o Barrios e o Pedro Rocha?
As jogadas, a gente pôde falar antes do jogo com o Renato, era a definição do Pedro no quarto gol. Ele sempre me pede quando eu recebo pela meia, que eu faça o passe nas costas dos defensores, para a “fechada” dos extremos, tanto o Pedro ou Luan. E acho que aconteceu essa jogada. Foi comentada, e isso é importante. Que as coisas que se falam antes da partida depois dentro do jogo possam ocorrer.
Você me pareceu muito mais um camisa 10 clássico, parecido com Douglas, do que as outras opções para a função... É isso o que o Renato pediu?
Não podemos pretender que eu faça a mesma função que o Douglas, porque eu sei o que ele significa para a equipe e para a torcida. Eu trato de fugir um pouco dessa comparação, porque somos jogadores diferentes, e a “vara” com ele está muito alta. É difícil entrar em uma comparação. Mas dentro da minha forma de jogar, posso ter algumas coisas que podem ter Douglas e também a particularidade que me agrada, de ser mais um atacante e terminar as jogadas.
Mas chego em um momento ideal, porque muitas vezes quando se é jovem se tem medo e nervosismo com situações difíceis. São questões próprias de ser jovem, de não saber resolver. Hoje, com a idade que tenho, com 33 anos, me sinto em plenitude e tenho muito mais claras as questões na minha cabeça e como resolvê-las. É um desafio lindo.
Mas vamos combinar que como um 10, você fez o trabalho, com duas assistências, né?
Eu sou muito exigente comigo. E para mim, dar duas assistências apenas não alcança. Eu sempre tenho que dar algo a mais para que a torcida possa a cada dia estar mais contente com o que eu posso fazer em campo.
Está faltando o gol...
Eu estive perto desde que cheguei. Em Novo Hamburgo, eu quase fiz. Depois, o Veranópolis, bati, estive perto. Mas vai chegar. Em algum momento vai chegar.
Como está o Gastón fisicamente, voltando de lesão? Está pronto para ter uma sequência?
Fisicamente, eu me sinto bem. Eu treino muito bem todos os dias. Logicamente, o ritmo de jogo, de competência não é o mesmo do treinamento. E para poder render muito melhor vou ter que ter mais participação do que tenho, mas é um terreno, uma decisão do Renato.
Voltando um pouco na sua carreira. Seu melhor momento foi pelo Estudiantes, em 2009. Você acha que pode voltar a ser o Gata que fez, por exemplo, o gol na final da Libertadores?
Seria viver outro momento único dentro do futebol. Eu acho que sim. Estou preparado. Estou em plenitude da minha carreira. Tomara que a equipe possa seguir avançando nessa competição tão linda na Libertadores. Eu vou lembrando dessas questões pessoais que eu passei pelo Estudiantes. A partir das oitavas, nessa Copa, pude marcar gols e terminei fazendo gol na final contra o Cruzeiro.
VEJA TAMBÉM
- Renato mudar time do Grêmio contra o Criciúma
- Dodi valoriza empate do Grêmio e prevê jogo de volta com apoio da torcida
- Tricolor escalado para o jogo contra o Operário-PR
Rocha na vitória do Grêmio por 4 a 0 sobre o Zamora, na última quinta-feira, e sua mente percorre caminhos mais longevos. O pensamento o leva ao Estudiantes de 2009. As lembranças o conduzem a uma comparação instantânea do Tricolor com aquela equipe histórica, campeã da Libertadores. E logo surge o vínculo indissolúvel com Alejandro Sabella, seu "pai futebolístico".
Separados por quase três décadas na diferença de idade, Gata e o treinador, seu mentor desde os tempos de La Plata, percorrem quase os mesmos passos. Ambos foram lapidados na base do River Plate, rodaram pelo exterior e escreveram história pelo Estudiantes. Ambos são meias de técnica apurada, que rumaram a solo gaúcho para defender o Grêmio. E aí, o camisa 10 busca uma guinada distinta. Sabella foi campeão gaúcho, em 1986. Fernández carrega sua experiência com direito a gol na final continental, contra o Cruzeiro, para buscar o tri da América pelo Tricolor.
Após dar uma amostra mais definitiva de suas credenciais com a camisa 10 herdada de Douglas às costas, Fernández recebeu a reportagem do GloboEsporte.com e da RBS TV para um bate-papo em uma barbearia da capital gaúcha no começo da chuvosa tarde desta sexta-feira. O recinto denota um pouco dos cuidados que o gringo apelidado de "La Gata" pelos olhos azuis tem com a aparência. Mas a conversa, claro, vai bem além da imagem do argentino.
O meia discorre sobre seu momento no Grêmio, com expectativa de mais minutos em campo, a parceria com Lucas Barrios e a vida em Porto Alegre. Na capital gaúcha, o Gastón reencontrou justamente no ídolo do maior rival, D'Alessandro, um rosto amigo ainda dos tempos de River Plate. Em bom portunhol, com esforço para se expressar em Português, há espaço até para uma opinião polêmica entre os conterrâneos: Gata prefere Messi a Maradona.
Confira a trechos da entrevista:
Vamos começar pelo jogo de ontem (quinta-feira). Você foi titular, conseguiu duas assistências... Que avaliação faz de sua atuação?
Gastón Fernández: Foi um jogo importante, porque seria como a minha apresentação à torcida. Foi uma linda prova para eu mostrar meu futebol. E sobretudo fazendo um jogo de Libertadores, um torneio muito prestigiado. Acho que o resultado final foi muito bom, porque a equipe ganhou e também pude apresentar bom futebol.
Tem algum detalhe que você possa falar dos passes para o Barrios e o Pedro Rocha?
As jogadas, a gente pôde falar antes do jogo com o Renato, era a definição do Pedro no quarto gol. Ele sempre me pede quando eu recebo pela meia, que eu faça o passe nas costas dos defensores, para a “fechada” dos extremos, tanto o Pedro ou Luan. E acho que aconteceu essa jogada. Foi comentada, e isso é importante. Que as coisas que se falam antes da partida depois dentro do jogo possam ocorrer.
Você me pareceu muito mais um camisa 10 clássico, parecido com Douglas, do que as outras opções para a função... É isso o que o Renato pediu?
Não podemos pretender que eu faça a mesma função que o Douglas, porque eu sei o que ele significa para a equipe e para a torcida. Eu trato de fugir um pouco dessa comparação, porque somos jogadores diferentes, e a “vara” com ele está muito alta. É difícil entrar em uma comparação. Mas dentro da minha forma de jogar, posso ter algumas coisas que podem ter Douglas e também a particularidade que me agrada, de ser mais um atacante e terminar as jogadas.
Mas chego em um momento ideal, porque muitas vezes quando se é jovem se tem medo e nervosismo com situações difíceis. São questões próprias de ser jovem, de não saber resolver. Hoje, com a idade que tenho, com 33 anos, me sinto em plenitude e tenho muito mais claras as questões na minha cabeça e como resolvê-las. É um desafio lindo.
Mas vamos combinar que como um 10, você fez o trabalho, com duas assistências, né?
Eu sou muito exigente comigo. E para mim, dar duas assistências apenas não alcança. Eu sempre tenho que dar algo a mais para que a torcida possa a cada dia estar mais contente com o que eu posso fazer em campo.
Está faltando o gol...
Eu estive perto desde que cheguei. Em Novo Hamburgo, eu quase fiz. Depois, o Veranópolis, bati, estive perto. Mas vai chegar. Em algum momento vai chegar.
Como está o Gastón fisicamente, voltando de lesão? Está pronto para ter uma sequência?
Fisicamente, eu me sinto bem. Eu treino muito bem todos os dias. Logicamente, o ritmo de jogo, de competência não é o mesmo do treinamento. E para poder render muito melhor vou ter que ter mais participação do que tenho, mas é um terreno, uma decisão do Renato.
Voltando um pouco na sua carreira. Seu melhor momento foi pelo Estudiantes, em 2009. Você acha que pode voltar a ser o Gata que fez, por exemplo, o gol na final da Libertadores?
Seria viver outro momento único dentro do futebol. Eu acho que sim. Estou preparado. Estou em plenitude da minha carreira. Tomara que a equipe possa seguir avançando nessa competição tão linda na Libertadores. Eu vou lembrando dessas questões pessoais que eu passei pelo Estudiantes. A partir das oitavas, nessa Copa, pude marcar gols e terminei fazendo gol na final contra o Cruzeiro.
VEJA TAMBÉM
- Renato mudar time do Grêmio contra o Criciúma
- Dodi valoriza empate do Grêmio e prevê jogo de volta com apoio da torcida
- Tricolor escalado para o jogo contra o Operário-PR
Comentários
Comentários (5)
1pppttc hffhtzwt
Mostrou que sabe das coisas. Com um melhor preparo e entrosamento vai melhorar mais ainda.
antigamente o gremio não tinha banco hj tem qualquer um que entrar vai dar conta do recado acho que é por ai esse ano vamos comemorar títulos aos poucos estamos redescobrindo nossa identidade de raça e de imortalidade
vamos tricolor
gata Fernandez marcou gol na final de libertadores contra o Cruzeiro, é vai marcar gol também na final dá copa libertadores esse ano , só pôr que agora contra o atlético Mineiro
O gata precisa de sequência de jogo, é um grande jogador, se move bem pelo campo, sai da marcação, corre e recebe, distribui, passe certo, só falta a sequência, o grupo em si está bem, tem que estar sempre preparado, estamos na torcida do gata Fernandes ser ídolo.
Enviar Comentário
Aplicativo Gremio Avalanche
Leia também
Reinaldo treina com bola e se candidata a reforçar o Grêmio na Libertadores.
Previsão do Pai Vicari para a 5ª rodada do Brasileiro: Goleada e Tropeço de Favorito
Treinamento do Grêmio no CT Luiz Carvalho desta Quinta-feira: Imagens Atualizadas.
Grêmio realiza treinamento técnico e tático com retorno de Reinaldo
Além do Suor: O Impacto das Táticas de Treinamento no Rendimento dos Atletas
Grêmio atualiza situações de Gustavo Martins e Jhonata Robert no elenco
Meia-atacante do Grêmio realizará quarta cirurgia no joelho em dois anos
Inter e Grêmio unidos em ações de auxílio às vítimas de enchentes
Grêmio comunica realização de nova cirurgia em jogador do elenco principal.
Possível adiamento de partida na Libertadores e lesão de zagueiro preocupam Grêmio
Estrela italiana com contrato próximo do fim agita mercado futebolístico brasileiro
Grêmio divulga situação do jogador Jhonata Robert no elenco principal.
dm lotado, grêmio adota estratégia para recuperar jogadores em tom profissional
Grêmio Sofre Baixa na Zaga: Gustavo Martins Lesionado, Elenco Fica Reduzido
Solidariedade no Gre-Nal: Inter e Grêmio se unem para ajudar vítimas de enchentes.
Lesão detectada em importante zagueiro do Grêmio desfalcará a equipe.
Grêmio comunica lesão muscular de Gustavo Martins no setor defensivo.
Rony pode trocar Palmeiras pelo Grêmio
Bahia: Torcedores acusam Renato de xenofobia após derrota do Grêmio.
Opiniões divergem sobre o goleiro titular do Grêmio para 2024
Acesso à Ilha do Grêmio Fechado devido ao Alagamento em Eldorado do Sul
Adversário do Grêmio, Huachipato enfrenta fase delicada após confronto na Libertadores.
Grêmio: Jovem se destaca no Brasileirão sub-20 após lesão no rosto
conmebol estuda adiar jogos de grêmio e inter por torneios sul-americanos entenda
Grêmio mantém alto índice de lesões em comparação ao ano anterior
Grêmio oferece canal exclusivo para reembolso de jogo adiado contra Criciúma.
Estudiantes surpreende Boca Juniors e cria feito histórico na Libertadores.
Live solidária do Portal do Gremista em parceria com o Grêmio arrecada fundos.
Grêmio defende Fernando Diniz no comando do Fluminense: responsabilidade recai sobre ele
Ex-grêmio e flamengo confirmados no cruzeiro após período no anonimato.
Tite é alvo de críticas no Flamengo após vitória apertada na Copa do Brasil
Grêmio domina Atlético-MG e mantém invencibilidade no Brasileirão
Renato recebe "presente" e terá semana atípica no Grêmio.
Grêmio disponibiliza locais de coleta de doações para vítimas das chuvas.
Grêmio é derrotado pela Ferroviária após virada no Brasileirão Feminino
Grêmio observa situação contratual de craque chileno e planeja contratação.
Renato admite disputa aberta entre goleiros do Grêmio
Adiamento de jogos pela CBF surpreende clubes e torcedores. Confira os detalhes!
Dois zagueiros do Grêmio Sub-20 são chamados por Renato para treinar.
Grêmio contará com novidade relevante na reapresentação do elenco.
Renato limita grupo do Grêmio e planeja administração de desgaste.