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Após duas vitórias, Renato é gênio? Não. Como não era só o motivador nas derrotas

Avaliações baseadas no ufanismo de derrotas ou vitórias só contribuem para a propagação da cultura "perdeu duas, demite o técnico", vigente no futebol brasileiro


Fonte: Zero Hora

Após duas vitórias, Renato é gênio? Não. Como não era só o motivador nas derrotas
Foto: Lucas Uebel / Divulgação Grêmio / Divulgação Grêmio
Após duas grandes atuações, contra o Botafogo, no domingo, 14, e no jogo da noite desta quarta-feira, quando o Grêmio obteve uma baita virada, coisa que não fazia há tempos, aliás, sobre o Fluminense, é importante voltar ao tema Renato Portaluppi. Principalmente, pelo fato de parte da imprensa e da torcida julgarem como "decisivos para o futuro de nosso técnico", os 15 dias finais de maio, pelos jogos importantes que acontecem neste período.

Por isso, acho importante destacar que, depois destes dois grandes resultados, obviamente, Renato não virou o melhor técnico do país. Assim como não era somente "o motivador", que alguns colegas da imprensa falavam, depois da eliminação no Gauchão e de algumas atuações instáveis, como na derrota para o Iquique, na Libertadores.

Já havia escrito sobre isso, mas não custa reforçar. O Grêmio segue jogando com vários desfalques importantes. Bolaños, Maicon e Douglas são os principais, obviamente. Ainda tem Edilson, para citar outro. Não é do dia para a noite que Renato vai resolver esses problemas. No ataque, ao menos, com as excelentes performances de Barrios, o problema está sendo pra lá de resolvido. As ótimas atuações de Arthur, no meio, com uma excelente saída de jogo, em velocidade, com ótimos passes, também compensam a ausência do capitão. Já a falta de Douglas é complicada de suprir, pelo seu estilo ímpar de jogo. Mesmo assim, seguimos com um belo desempenho neste primeiro semestre, tendo em vista todos os problemas enfrentados pelo nosso técnico.

Temos grande chance de nos classificar para a próxima fase da Copa do Brasil, estamos encaminhados para a próxima etapa da Liberta e largamos bem no Brasileirão. Com isso, volto ao título desta coluna: Renato virou gênio depois de duas grandes vitórias? Claro que não. Renato é um bom técnico, com um belo currículo - sempre é bom lembrar que ele é campeão de duas Copa do Brasil e vice de uma Libertadores. Assim como não virou gênio, Renato não era burro ou "somente motivador" ou havia perdido o grupo, depois de uma derrota e de algumas atuações irregulares.

Vamos com calma, gente. Renato erra como todo técnico, com avaliações equivocadas em alguns momentos. Mas também acerta, e muito. Acho que está na hora de imprensa também fazer a sua parte, nas análises, com um pouco mais de parcimônia. Assim, quem sabe, a gente não contribui para mudar a cultura de "perdeu dois jogos, está fora"?

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