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Barrios comanda virada sobre rival preferido e vira artilheiro com gols "dublê"


Fonte: Globo Esporte

Barrios comanda virada sobre rival preferido e vira artilheiro com gols dublê
Lucas Barrios saiu ovacionado da Arena (Foto: Wesley Santos / Agência PressDigital)
O ano tem sido dos estrangeiros no Grêmio. A pequena redução da realidade e até figura de linguagem é apenas para delimitar o que tem representado Lucas Barrios para o clube gaúcho. Em menos de três meses em Porto Alegre, o centroavante se tornou o artilheiro do time ao marcar dois gols no 3 a 1 sobre o Fluminense, na noite de quarta, pela Copa do Brasil, e transformou o estilo tricolor. O ponto curioso – e que apenas corrobora sua adaptação – é a repetição da maneira como os gols saíram, (muito) semelhantes a outros anotados recentemente, pela Libertadores.

O tricolor carioca, por sinal, se tornou o rival preferido do paraguaio. Já levou sete gols de Barrios desde sua chegada ao Brasil, em 2015. Em apenas quatro jogos. Ele anotou um triplete pelo Palmeiras no Brasileirão e fez dois gols em vitória por 2 a 1 sobre os cariocas na Copa do Brasil, todos em seus primeiros meses no país.

Com as redes balançadas duas vezes na Arena, Barrios chegou aos nove gols no ano, ultrapassando Bolaños na artilharia azul da temporada – o equatoriano fez oito. São 15 jogos disputados, sendo sete deles como titular. Esteve em campo em 739 minutos, ou oito partidas completas. Assim, mantém a média de um gol a cada 82 minutos – tecnicamente, um gol por jogo.

O primeiro gol de Barrios sobre o Flu foi em jogada ensaiada. Exatamente igual ao marcado na derrota por 2 a 1 para o Deportes Iquique, em Calama. Kannemann desviou cobrança de escanteio no primeiro poste, e o camisa 18 escorou no segundo. O lance é trabalhado nos treinos fechados e rendeu ainda outro gol, com Pedro Geromel, na vitória sobre o Guaraní-PAR por 4 a 1, na Arena.

– Eu não vou ficar falando minhas jogadas ensaiadas para vocês. A gente treina. Não é à toa que fizemos dois gols – resumiu o técnico Renato Gaúcho na entrevista coletiva, evitando o assunto.

No segundo gol da noite de quarta-feira, carimbou a carteirinha de centroavante. Ao receber de Cortez, teve calma, negaceou na frente do defensor e conseguiu encontrar espaço entre as pernas. O chute mansinho não deu chances para Diego Cavalieri. A jogada pelo lado esquerdo, com toques curtos e cruzamento rasteiro, lembrou outro lance da goleada sobre o Guaraní. A finalização de Barrios, naquela oportunidade, foi mais perto da meta e deslocou o goleiro.

– Eu vi que o cara abriu as pernas, né! Não tinha ângulo para chutar em outro lugar. Acertei. E foi bom para nós. Apesar da dificuldade do jogo nos primeiros minutos, conseguimos um triunfo que nos dá tranquilidade – disse Barrios na saída de campo.

Adaptação ao 9
O fato é que o torcedor gremista pode se acostumar a ver Barrios marcar. O centroavante tem tudo a ver com o novo estilo do Grêmio jogar. Renato sempre disse que precisaria adaptar o time ao camisa 18. Teve tempo para fazer isso após a queda no Gauchão. Dito e feito. O time atualmente tem um repertório muito mais vasto envolvendo o finalizador. No primeiro gol contra o Fluminense, por exemplo, Arthur avança de trás e recebe passe do camisa 18 dentro da área antes de driblar Cavalieri.

Em diversos momentos, o passe de Geromel ou Léo Moura procura Barrios no pivô, com a intenção de segurar a bola e apará-la para algum companheiro de frente. A presença física também dá a chance do Grêmio rifar a bola, quando necessário, procurando o centroavante. Não é o ideal, mas no aperto funciona como um escape para os defensores, especialmente Kannemann e Marcelo Grohe. E, na frente da meta, Barrios mostra a razão do Grêmio tê-lo contratado.

– Ele tem me escutado. O que eu mais peço, o que falo para os meus jogadores: dentro da área, o desespero é do adversário. A zona é terrível para eles. Eles só podem tomar a bola de vocês. Você tem que ter a tranquilidade para definir – comentou o treinador.

Decisivo, Barrios deixou o campo da Arena correndo. Precisou ser chamado pelo auxiliar Alexandre Mendes, já que o assédio das emissoras de TV o atrasaram no gramado. Antes, fora substituído por Renato por um cuidado pela questão física – e também para receber a ovação das 20 mil pessoas na Arena. Ele merecia.

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1/5/2024