Lucas Barrios recebe torcedores chilenos para uma fotografia de recordação (Foto: Eduardo Moura/GloboEsporte.com)
É possível dizer sem errar que 2017 já tem sido um ano de fortes emoções para o centroavante Lucas Barrios. Após tomar a decisão de mudar de ares por um salário mais baixo, chegou ao Grêmio com a temporada em andamento e atrás de oportunidades. Nos últimos jogos, virou titular, voltou a marcar um "triplete" depois de mais de um ano e completa a conta com um giro sul-americano com o Tricolor na Libertadores, justamente no país onde despontou para o mundo. Estará em casa no Estádio Zorros del Desierto, palco do duelo com o Iquique, na noite desta quarta-feira, pela penúltima rodada do Grupo 8.
A reforma, entre 2013 e 2014, deixou a casa do Cobreloa estranha aos olhos do centroavante. Ele encontrou um estádio mais estruturado. Mas que também lhe traz boas memórias. Barrios jogou no clube chileno na temporada 2006/2007. Anotou 18 gols na beira do deserto de Calama, em campanhas destacadas pelo time do norte do país, mesmo palco onde desfila nesta quarta com as cores do Grêmio. O Iquique teve de mandar os jogos longe da cidade homônima justamente porque seu estádio, dessa vez, é o que passa por uma remodelagem, fruto de um terremoto em 2014.
A estadia em Calama foi o trampolim para a carreira vitoriosa de Lucas Barrios. Foram sete gols na temporada de 2006 dentro do Zorros del Desierto. As vítimas: Everton, Palestino, Antofagasta, Santiago Morning, Universidad de Chile e Colo Colo (dois). No ano seguinte, outros 11 gols: Antofagasta (três), Huachipato (dois), O'Higgins (dois), Palestino (dois), Puerto Montt e Coquimbo Unido. No total pelo Cobreloa, foram 26 bolas na rede em 39 jogos.
No Chile, Barrios está em casa. Também atuou no Colo Colo, um dos principais clubes do país, que lhe rendeu maior destaque e um contrato milionário no poderoso Borussia Dortmund, da Alemanha. Na terça-feira, por exemplo, recebeu torcedores do time da capital Santiago para uma conversa na porta do hotel gremista.
– Eu me sinto bem aqui porque conheço o futebol chileno. Joguei muito tempo aqui, tive a possibilidade de conseguir um campeonato com o Colo Colo. Me sinto em casa. Sempre falo do carinho que tenho das pessoas, por como me receberam. Eu me sinto bem aqui. Mas temos que nos sentir bem todos para que a gente consiga levar a vitória para casa – disse o camisa 18, após o treino no Zorros del Desierto.
O assunto Colo Colo, por sinal, foi tema na entrevista coletiva. A imprensa local perguntou sobre um possível retorno ao clube. Barrios disse que não falaria no assunto, mas que tinha certeza que voltaria para "casa". As palavras mostram o quanto o Chile é importante na carreira do centroavante, que nasceu argentino, mas atua pela seleção do Paraguai, pela dupla cidadania.
Como em Assunção, Barrios centraliza as atenções quando o assunto é o público. Trabalhadores passaram em frente ao hotel do Grêmio apenas para esperá-lo sair para o treino da véspera do jogo contra o Iquique. Tiraram uma foto com o ídolo. Depois, deixaram o local rapidamente.
Após seu retorno da Europa para o continente, Barrios pode novamente sentir esse calor dos torcedores dos quais mais recebe carinho. Após rodar e tomar ares de cidadão do mundo, brilhar na Alemanha, ganhar títulos nacionais na China e jogar uma Copa do Mundo, o centroavante retornou para a América do Sul como referência mundial. O povo chileno o abraçou em seu início, antes da projeção; o paraguaio o aceitou em sua seleção.
Nas duas praças, o camisa 18 do Grêmio estava à vontade. Era dos poucos jogadores a aparecer no saguão do hotel, tanto em Assunção quanto em Calama. Conversou com torcedores, foi assediado nos aeroportos e até mesmo alvo da torcida do Guaraní. Tudo isso só prova a sua relação com quatro grandes países do continente: joga no Tricolor, carregando a bandeira do Brasil; tem nacionalidade paraguaia e argentina; e tem o Chile como sua "casa", pela sua história.
– Estou feliz de estar aqui no Chile, tenho as melhores lembranças. Minha carreira começou aqui. Foi muito bom jogar aqui, não só em Calama, como no Temuco. E depois no Colo Colo, me identifiquei. Sempre é bom agradecer aos torcedores do Cobreloa, que me apoiaram quando eu estava aqui – sorri Barrios.
A presença do paraguaio no ataque tricolor está confirmada. Na vitória por 4 a 1 sobre o Guaraní, na Arena, foram três gols marcados. Até o momento, são seis anotados em 12 jogos. Porém, se forem considerados apenas os minutos jogados, Barrios tem um gol a cada 82 minutos em campo. A ver se mantém o bom momento dentro do que considera sua casa e chega aos 20 gols no Zorros del Desierto.
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A reforma, entre 2013 e 2014, deixou a casa do Cobreloa estranha aos olhos do centroavante. Ele encontrou um estádio mais estruturado. Mas que também lhe traz boas memórias. Barrios jogou no clube chileno na temporada 2006/2007. Anotou 18 gols na beira do deserto de Calama, em campanhas destacadas pelo time do norte do país, mesmo palco onde desfila nesta quarta com as cores do Grêmio. O Iquique teve de mandar os jogos longe da cidade homônima justamente porque seu estádio, dessa vez, é o que passa por uma remodelagem, fruto de um terremoto em 2014.
A estadia em Calama foi o trampolim para a carreira vitoriosa de Lucas Barrios. Foram sete gols na temporada de 2006 dentro do Zorros del Desierto. As vítimas: Everton, Palestino, Antofagasta, Santiago Morning, Universidad de Chile e Colo Colo (dois). No ano seguinte, outros 11 gols: Antofagasta (três), Huachipato (dois), O'Higgins (dois), Palestino (dois), Puerto Montt e Coquimbo Unido. No total pelo Cobreloa, foram 26 bolas na rede em 39 jogos.
No Chile, Barrios está em casa. Também atuou no Colo Colo, um dos principais clubes do país, que lhe rendeu maior destaque e um contrato milionário no poderoso Borussia Dortmund, da Alemanha. Na terça-feira, por exemplo, recebeu torcedores do time da capital Santiago para uma conversa na porta do hotel gremista.
– Eu me sinto bem aqui porque conheço o futebol chileno. Joguei muito tempo aqui, tive a possibilidade de conseguir um campeonato com o Colo Colo. Me sinto em casa. Sempre falo do carinho que tenho das pessoas, por como me receberam. Eu me sinto bem aqui. Mas temos que nos sentir bem todos para que a gente consiga levar a vitória para casa – disse o camisa 18, após o treino no Zorros del Desierto.
O assunto Colo Colo, por sinal, foi tema na entrevista coletiva. A imprensa local perguntou sobre um possível retorno ao clube. Barrios disse que não falaria no assunto, mas que tinha certeza que voltaria para "casa". As palavras mostram o quanto o Chile é importante na carreira do centroavante, que nasceu argentino, mas atua pela seleção do Paraguai, pela dupla cidadania.
Como em Assunção, Barrios centraliza as atenções quando o assunto é o público. Trabalhadores passaram em frente ao hotel do Grêmio apenas para esperá-lo sair para o treino da véspera do jogo contra o Iquique. Tiraram uma foto com o ídolo. Depois, deixaram o local rapidamente.
Após seu retorno da Europa para o continente, Barrios pode novamente sentir esse calor dos torcedores dos quais mais recebe carinho. Após rodar e tomar ares de cidadão do mundo, brilhar na Alemanha, ganhar títulos nacionais na China e jogar uma Copa do Mundo, o centroavante retornou para a América do Sul como referência mundial. O povo chileno o abraçou em seu início, antes da projeção; o paraguaio o aceitou em sua seleção.
Nas duas praças, o camisa 18 do Grêmio estava à vontade. Era dos poucos jogadores a aparecer no saguão do hotel, tanto em Assunção quanto em Calama. Conversou com torcedores, foi assediado nos aeroportos e até mesmo alvo da torcida do Guaraní. Tudo isso só prova a sua relação com quatro grandes países do continente: joga no Tricolor, carregando a bandeira do Brasil; tem nacionalidade paraguaia e argentina; e tem o Chile como sua "casa", pela sua história.
– Estou feliz de estar aqui no Chile, tenho as melhores lembranças. Minha carreira começou aqui. Foi muito bom jogar aqui, não só em Calama, como no Temuco. E depois no Colo Colo, me identifiquei. Sempre é bom agradecer aos torcedores do Cobreloa, que me apoiaram quando eu estava aqui – sorri Barrios.
A presença do paraguaio no ataque tricolor está confirmada. Na vitória por 4 a 1 sobre o Guaraní, na Arena, foram três gols marcados. Até o momento, são seis anotados em 12 jogos. Porém, se forem considerados apenas os minutos jogados, Barrios tem um gol a cada 82 minutos em campo. A ver se mantém o bom momento dentro do que considera sua casa e chega aos 20 gols no Zorros del Desierto.
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