A briga do Grêmio para ter a melhor campanha da Libertadores e os possíveis cenários para o mata-mata

A vitória sobre o Guaraní-PAR, que encaminhou a classificação gremista para a próxima fase da Libertadores, deixa o time de Renato em posição confortável para ser o primeiro colocado de seu grupo e o credencia, também, a buscar a melhor campanha entre todos os grupos da competição. Mesmo que essa condição não tenha o mesmo peso que em outras edições, ainda traz vantagens importantes no mata-mata.

O regulamento da Libertadores de 2017 mudou a definição dos confrontos a partir das oitavas de final. Antes, os primeiros colocados eram classificados do primeiro ao oitavo lugar, de acordo com suas campanhas, mesmo processo que se fazia com os segundos colocados dos grupos. Assim, a equipe de melhor campanha na fase de grupos enfrentava, necessariamente, o time com pior retrospecto entre os classificados às oitavas de final.

Agora, o mata-mata mudou e é definido por um sorteio dirigido. Os primeiros colocados dos grupos são colocados em um dos potes, e os segundos, em outro. Há, então, um sorteio que impede o cruzamento entre duas equipes que tenham liderado seus grupos. A equipe de melhor campanha pode enfrentar, por exemplo, um segundo colocado que por pouco não ficou em primeiro e, em teoria, é um adversário complicado.

A vantagem que permanece é a de decidir em casa. A ordem dos mandantes nos confrontos eliminatórios segue definida pela campanha na fase anterior. Assim, se o Grêmio ficar com o melhor retrospecto, garantirá a condição de decidir na Arena todos os duelos do mata-mata.

Com quem o Grêmio briga?

O aproveitamento de 83,3% do Grêmio só perde para os 100% do River Plate — os argentinos jogaram três vezes, enquanto o time de Renato já disputou a quarta rodada. Há outros dois times com aproveitamento igual ao do Grêmio: Godoy Cruz-ARG e Palmeiras.

O Grêmio ainda tem Iquique, fora de casa, e Zamora, na Arena, para encerrar sua campanha. Veja os compromissos dos principais concorrentes tricolores à melhor campanha da fase de grupos:

River Plate

Emelec (C)
Melgar (F)
Independiente Medellín (C)

Godoy Cruz

Libertad (C)
Atlético-MG (F)

Palmeiras

Jorge Wilstermann (F)
Atlético Tucumán (C)

Quem seria o adversário agora?

A pergunta é impossível de responder por conta do novo regulamento, que aponta sorteio. O que é possível fazer é um panorama de possíveis adversários nas oitavas, com base em como ficaria a separação dos potes se a fase de grupos terminasse hoje.

Pote 1
Grêmio
Botafogo
Santos
River Plate
Atlético-PR
Palmeiras
Godoy Cruz
Lanús

Pote 2
Barcelona-EQU
Santa Fe
Independiente Medellín
Flamengo
Jorge Wilstermann
Atlético-MG
Nacional-URU
Guaraní-PAR

Mesmo neste cenário provisório, fica evidente a vantagem de se classificar em primeiro lugar. Dos seis possíveis adversários brasileiros (a Chapecoense não está entre os dois primeiros de seu grupo), o Grêmio escaparia de quatro. Ficaria para trás, também, outro bicho-papão: o River Plate.

Ainda assim, não haveria garantia de moleza. Flamengo e Atlético-MG poderiam vir pela frente, além do tradicional Nacional-URU e o colombiano Santa Fe, atual campeão da Sul-Americana.

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