Menos de seis meses separam o gremista de um êxtase tremendo com o fim de jejum de títulos, em dezembro, e mais uma frustração no Campeonato Gaúcho – daquelas coisas que só o futebol proporciona para você. Não há um culpado pela eliminação, tampouco tudo está errado no Grêmio. Mas uma série de erros marcaram a trajetória do Penta da Copa do Brasil à queda no estadual, embora vários sem relação direta com a ausência na final contra o rival Inter.
O GloboEsporte.com lembra momentos polêmicos e marcantes desde o dia 7 de dezembro até o último domingo, que serve também de avaliação do que foi feito até o momento em 2017. Até porque na quinta-feira o Tricolor enfrenta o Guaraní, na Arena, pela Libertadores, para retomar o prumo.
1. Desconcentração contra rivais menores
Ao explicar o resultado negativo diante do Novo Hamburgo, Maicon deixou no ar uma possível queda na concentração por enfrentar uma equipe sem tanta tradição, embora melhor campanha do Gauchão. O capitão afirmou que talvez os “moles” citados por Renato em sua entrevista sejam oriundos desta falta de atenção máxima, algo mais fácil de conseguir em grandes jogos, como aqueles na Copa do Brasil.
– É falta de concentração. Falo que, de repente, se jogar um clássico, seu nível de concentração é muito alto. Teoricamente, sabe que o rival vai aproveitar o cochilo. Pode achar que uma equipe menor pode não ter a capacidade de fazer o gol. Isso está errado. Se o jogador rival está ali, tem qualidade. Tivemos exemplos de que isso nos custou caro – disse.
2. Erros na bola aérea
Nos últimos jogos, especialmente, a defesa pecou em alguns momentos na bola aérea, principal motivo de crítica da Era Roger Machado. E acabaram sendo instantes fundamentais dentro dos jogos. Contra o Novo Hamburgo, por exemplo, em uma análise mais retida, é possivel observar Júlio Santos livre na área. Marcelo Oliveira, Geromel, Kannemann e Léo Moura acompanharam seus adversários. No primeiro poste, estavam Barrios e Ramiro. Pedro Rocha ficou na entrada da área, e Arthur, no rebote.
– Se você pegar o melhor time de boal aérea do mundo, ele toma gol de cabeça. Dar mole é que o jogador do adversário não pode pular sozinho dentro da minha área. Diminuímos os gols de cabeça. Mas deu mole, tomou o gol. Ou pagará. Hoje ocorreu mais uma vez – explicou Renato após o jogo.
Conforme levantamento do GloboEsporte.com, o Tricolor levou sete gols em bola aérea nos 17 sofridos na temporada. Recentemente, vazou pelo alto contra Noia, Guaraní – com a defesa reserva – e Iquique. Antes, sofrera gols no fundamento contra São Paulo, também com time suplente, Brasil de Pelotas e Caxias, no Gauchão, e Flamengo, pela Primeira Liga.
3. Sem reposição a Walace
O Grêmio bem que tentou. Quis Musto, do Rosario Central, a todo custo. Mas não conseguiu a contratação do volante, reposição considerada ideal a Walace, por conta dos valores pedidos pela equipe argentina. Assim, o Tricolor precisou fazer uma alteração importante – e que deu certo em diversos momentos: Ramiro saiu do lado do campo e recuou para ser um dos volantes, com Léo Moura virando meia. Aí, o time entrou no nosso próximo problema.
4. Time "torto"
É inegável que o Grêmio usa preferencialmente o lado direito de campo para fazer a transição ofensiva e atacar. A mudança constante de posição entre Léo Moura, Edílson e Ramiro foi arma nos melhores momentos gremistas, especialmente nas vitórias sobre o Veranópolis, nas quartas de final. Só que a virtude também virou defeito. O time de Renato Portaluppi pendeu para a direita.
E o lado esquerdo sucumbiu. Pedro Rocha e Marcelo Oliveira ficaram sem aproximação. O Novo Hamburgo, especialmente, marcou o lado direito e evitou as chances. Tanto é verdade que o Grêmio só conseguiu entrar na área do Noia com jogadas pelo lado esquerdo, quando Bolaños viu o espaço e ali se projetou.
Léo Moura, com Edílson e Ramiro, virou arma pela direita. Mas time ficou
5. Contratações tardias
O principal nome contratado pelo Grêmio neste ano chegou no final de fevereiro à Arena. Restou pouco tempo a Renato para adaptar Lucas Barrios ao seu time. O tão pedido centroavante, fosse contratado em janeiro, faria a pré-temporada com os companheiros e já os conheceria melhor para render em jogos decisivos, como o empate com o Novo Hamburgo.
O mesmo ocorreu para outros jogadores buscados, como o meia Gastón Fernández, tido como opção para substituir o camisa 10 Douglas, e Bruno Rodrigo, só contratado no início de março, por força da lesão de Pedro Geromel na costela. Claro que entra um fator negocial na parada: esperando mais, o Grêmio leva vantagem no preço pago pelos atletas no mercado e evita escoar todos os recursos de um caixa já desfalcado.
6. Muitos jogos, poucos convincentes
Na temporada, o Grêmio tem parcas partidas nas quais atingiu o melhor rendimento. Até o momento, são 21 no total. Encantou em três delas: a vitória por 4 a 0 sobre o Novo Hamburgo; e os 5 a 0 e 2 a 0 sobre o Veranópolis. Menção honrosa também ao primeiro tempo contra o Iquique, quando o Tricolor massacrou o rival. Há outras boas partidas, mas não no nível máximo, como a vitória por 2 a 0 sobre o Zamora.
No Gauchão, foram seis vitórias em 15 partidas. Na Libertadores, é dono de uma das melhores campanhas, com sete pontos e invencibilidade. Na Primeira Liga – sem titulares –, uma vitória, um empate e uma derrota.
O que fez até mesmo a torcida questionar o ídolo Renato Portaluppi, grande nome histórico gremista e técnico na conquista da Copa do Brasil, com fim do jejum de 15 anos, alvo de algumas cornetas nas redes sociais.
7. Saída de auxiliar permanente
A ideia da gestão de Romildo Bolzan Jr. sempre teve conceitos bem definidos e ideias de profissionalização no Grêmio. Um exemplo é a comissão permanente do clube, propagada desde a saída de Luiz Felipe Scolari, em 2015. Só que, com a saída de James Freitas, em janeiro, o Grêmio optou por não contratar um novo profissional. Entendeu que Alexandre Mendes, auxiliar de Renato, daria conta de acumular as funções exercidas até então por James. Uma cabeça a menos para pensar o time e o departamento como um todo.
8. Demora pelo executivo
Claro que dirigente não ganha jogo. Só lembrar do título da Copa do Brasil, quando o Grêmio não tinha executivo. Mas, novamente, lembremos a ideia de ter um Tricolor profissional. E, para isso, a presença de um dirigente contratado no departamento de futebol é vital. André Zanotta chegou depois de basicamente todas as contratações. Pouco pode participar do planejamento para toda a temporada. Terá papel em correções e execução de políticas do clube.
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O GloboEsporte.com lembra momentos polêmicos e marcantes desde o dia 7 de dezembro até o último domingo, que serve também de avaliação do que foi feito até o momento em 2017. Até porque na quinta-feira o Tricolor enfrenta o Guaraní, na Arena, pela Libertadores, para retomar o prumo.
1. Desconcentração contra rivais menores
Ao explicar o resultado negativo diante do Novo Hamburgo, Maicon deixou no ar uma possível queda na concentração por enfrentar uma equipe sem tanta tradição, embora melhor campanha do Gauchão. O capitão afirmou que talvez os “moles” citados por Renato em sua entrevista sejam oriundos desta falta de atenção máxima, algo mais fácil de conseguir em grandes jogos, como aqueles na Copa do Brasil.
– É falta de concentração. Falo que, de repente, se jogar um clássico, seu nível de concentração é muito alto. Teoricamente, sabe que o rival vai aproveitar o cochilo. Pode achar que uma equipe menor pode não ter a capacidade de fazer o gol. Isso está errado. Se o jogador rival está ali, tem qualidade. Tivemos exemplos de que isso nos custou caro – disse.
2. Erros na bola aérea
Nos últimos jogos, especialmente, a defesa pecou em alguns momentos na bola aérea, principal motivo de crítica da Era Roger Machado. E acabaram sendo instantes fundamentais dentro dos jogos. Contra o Novo Hamburgo, por exemplo, em uma análise mais retida, é possivel observar Júlio Santos livre na área. Marcelo Oliveira, Geromel, Kannemann e Léo Moura acompanharam seus adversários. No primeiro poste, estavam Barrios e Ramiro. Pedro Rocha ficou na entrada da área, e Arthur, no rebote.
– Se você pegar o melhor time de boal aérea do mundo, ele toma gol de cabeça. Dar mole é que o jogador do adversário não pode pular sozinho dentro da minha área. Diminuímos os gols de cabeça. Mas deu mole, tomou o gol. Ou pagará. Hoje ocorreu mais uma vez – explicou Renato após o jogo.
Conforme levantamento do GloboEsporte.com, o Tricolor levou sete gols em bola aérea nos 17 sofridos na temporada. Recentemente, vazou pelo alto contra Noia, Guaraní – com a defesa reserva – e Iquique. Antes, sofrera gols no fundamento contra São Paulo, também com time suplente, Brasil de Pelotas e Caxias, no Gauchão, e Flamengo, pela Primeira Liga.
3. Sem reposição a Walace
O Grêmio bem que tentou. Quis Musto, do Rosario Central, a todo custo. Mas não conseguiu a contratação do volante, reposição considerada ideal a Walace, por conta dos valores pedidos pela equipe argentina. Assim, o Tricolor precisou fazer uma alteração importante – e que deu certo em diversos momentos: Ramiro saiu do lado do campo e recuou para ser um dos volantes, com Léo Moura virando meia. Aí, o time entrou no nosso próximo problema.
4. Time "torto"
É inegável que o Grêmio usa preferencialmente o lado direito de campo para fazer a transição ofensiva e atacar. A mudança constante de posição entre Léo Moura, Edílson e Ramiro foi arma nos melhores momentos gremistas, especialmente nas vitórias sobre o Veranópolis, nas quartas de final. Só que a virtude também virou defeito. O time de Renato Portaluppi pendeu para a direita.
E o lado esquerdo sucumbiu. Pedro Rocha e Marcelo Oliveira ficaram sem aproximação. O Novo Hamburgo, especialmente, marcou o lado direito e evitou as chances. Tanto é verdade que o Grêmio só conseguiu entrar na área do Noia com jogadas pelo lado esquerdo, quando Bolaños viu o espaço e ali se projetou.
Léo Moura, com Edílson e Ramiro, virou arma pela direita. Mas time ficou
5. Contratações tardias
O principal nome contratado pelo Grêmio neste ano chegou no final de fevereiro à Arena. Restou pouco tempo a Renato para adaptar Lucas Barrios ao seu time. O tão pedido centroavante, fosse contratado em janeiro, faria a pré-temporada com os companheiros e já os conheceria melhor para render em jogos decisivos, como o empate com o Novo Hamburgo.
O mesmo ocorreu para outros jogadores buscados, como o meia Gastón Fernández, tido como opção para substituir o camisa 10 Douglas, e Bruno Rodrigo, só contratado no início de março, por força da lesão de Pedro Geromel na costela. Claro que entra um fator negocial na parada: esperando mais, o Grêmio leva vantagem no preço pago pelos atletas no mercado e evita escoar todos os recursos de um caixa já desfalcado.
6. Muitos jogos, poucos convincentes
Na temporada, o Grêmio tem parcas partidas nas quais atingiu o melhor rendimento. Até o momento, são 21 no total. Encantou em três delas: a vitória por 4 a 0 sobre o Novo Hamburgo; e os 5 a 0 e 2 a 0 sobre o Veranópolis. Menção honrosa também ao primeiro tempo contra o Iquique, quando o Tricolor massacrou o rival. Há outras boas partidas, mas não no nível máximo, como a vitória por 2 a 0 sobre o Zamora.
No Gauchão, foram seis vitórias em 15 partidas. Na Libertadores, é dono de uma das melhores campanhas, com sete pontos e invencibilidade. Na Primeira Liga – sem titulares –, uma vitória, um empate e uma derrota.
O que fez até mesmo a torcida questionar o ídolo Renato Portaluppi, grande nome histórico gremista e técnico na conquista da Copa do Brasil, com fim do jejum de 15 anos, alvo de algumas cornetas nas redes sociais.
7. Saída de auxiliar permanente
A ideia da gestão de Romildo Bolzan Jr. sempre teve conceitos bem definidos e ideias de profissionalização no Grêmio. Um exemplo é a comissão permanente do clube, propagada desde a saída de Luiz Felipe Scolari, em 2015. Só que, com a saída de James Freitas, em janeiro, o Grêmio optou por não contratar um novo profissional. Entendeu que Alexandre Mendes, auxiliar de Renato, daria conta de acumular as funções exercidas até então por James. Uma cabeça a menos para pensar o time e o departamento como um todo.
8. Demora pelo executivo
Claro que dirigente não ganha jogo. Só lembrar do título da Copa do Brasil, quando o Grêmio não tinha executivo. Mas, novamente, lembremos a ideia de ter um Tricolor profissional. E, para isso, a presença de um dirigente contratado no departamento de futebol é vital. André Zanotta chegou depois de basicamente todas as contratações. Pouco pode participar do planejamento para toda a temporada. Terá papel em correções e execução de políticas do clube.
VEJA TAMBÉM
- Renato mudar time do Grêmio contra o Criciúma
- Dodi valoriza empate do Grêmio e prevê jogo de volta com apoio da torcida
- Tricolor escalado para o jogo contra o Operário-PR
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Comentários (5)
gente não entendo o Geromel derepente não pula mais nas bolas altas dá defesa o mesmo acontece com o kenma que era uma referência no cabeceio ficando por conto do Marcelo Oliveira que apesar de alta não pula tem gato nessa tumba
Ser eliminado por um time da série C.
Não ganhar 3 partidas seguidas do NH com folha salarial de 150.000,00 diz tudo deste time.
DESBLOQUEAMOS OS CANAIS PREMIERE, TELECINE, HBO, COMBATE, CANAIS ADULTOS PARA ASSINANTES DE TV POR ASSINATURA DE QUALQUER LUGAR DO BRASIL E TAMBÉM REDUZIMOS O VALOR DA FATURA.
WHATSAPP 11949348549
ser eliminado pelo Noia e um tapa na cara dos gremistas
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