É intrigante que o Grêmio avassalador que aplicou 5 a 0 há uma semana, de maneira fácil, envolvente e entrosada, seja o mesmo que fez essa partida horrível contra o Novo Hamburgo. Ontem, o que esteve em campo foi um time com as peças distantes, sem referência na armação e uma linha de pontas e atacantes que esteve a 40 metros dos volantes na saída de bola – coisa que é completamente oposta à proposta de jogo que o Grêmio vinha fazendo há mais de ano. O lado bom é que não é difícil identificar as falhas da partida contra o Nóia para corrigi-las, mas, para isso, é determinante aceitar que esse elenco já encontrou uma maneira de jogar e que se interferir muito nela, o time desencaixa.
A baixa de Douglas tem tudo a ver com isso. Embora Bolaños seja um jogador que gosta de estar na linha de meio, isso não significa que ele seja armador. Na verdade, sua objetividade e velocidade tem tudo a ver com um meia-atacante, diferente do modo como Douglas organiza e cadencia o jogo. Mesmo assim, do modo como o Grêmio entrosou e se acostumou a construir as jogadas de ataque, é preciso que alguém esteja centralizado como armador, de certa maneira guardando posição, a fim de que não abra um buraco no meio. Esse buraco é o que vimos ontem, porque Bolaños esteve como ponta e Luan esteve flutuante. Pedro Rocha estava na última linha e Léo Moura caía pela direita. A falta de alguém com uma posição mais fixa pelo meio resultou numa bagunça na hora do Grêmio aplicar sua principal arma: a saída de bola.
É possível observar a dificuldade do Grêmio sair jogando, porque não existia muita aproximação. Contra uma marcação mais acirrada e sem um meia mais fixo para atrair marcadores, Maicon não sabia muito bem para quem dar o passe e como iniciar as jogadas. Foi algo bem fácil de perceber, na verdade, e ficou ainda mais evidente quando Léo Moura (que não estava muito bem na partida) saiu. Então perdemos toda a presença no meio e foi quando o Novo Hamburgo teve as melhores chances.
Com isso, Renato empilhou atacantes, como se o problema fosse a conclusão e não a construção das jogadas. No segundo tempo ele determinou que Luan se apresentasse mais como armador, é verdade, mas não foi suficiente para evitar a distância entre os volantes, meias e ataque. O resultado foi um jogo de muita bola rifada, passes longos e imprecisos – não é assim que o time do Grêmio dá certo. A entrada de Lincoln aconteceu tardiamente, quando o meio campo do Grêmio já estava bastante desestruturado.
O Grêmio tem elenco para fazer grandes partidas, como aquela dos 5 gols, mas ele já deu vários indícios de que não consegue ter a mesma qualidade quando se tenta fugir das suas principais características: um jogo de bola mais trabalhada, meio campo povoado e falso 9. Na realidade, não dá para entender o porquê de querer algo diferente. Das várias personalidades do tricolor, tem uma que é conhecida por dar certo. Então é nessa que tem que apostar.
Jéssica Cescon Antunes
Twitter: @gremistaloca
Contato: ajcescon@gmail.com
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É possível observar a dificuldade do Grêmio sair jogando, porque não existia muita aproximação. Contra uma marcação mais acirrada e sem um meia mais fixo para atrair marcadores, Maicon não sabia muito bem para quem dar o passe e como iniciar as jogadas. Foi algo bem fácil de perceber, na verdade, e ficou ainda mais evidente quando Léo Moura (que não estava muito bem na partida) saiu. Então perdemos toda a presença no meio e foi quando o Novo Hamburgo teve as melhores chances.
Com isso, Renato empilhou atacantes, como se o problema fosse a conclusão e não a construção das jogadas. No segundo tempo ele determinou que Luan se apresentasse mais como armador, é verdade, mas não foi suficiente para evitar a distância entre os volantes, meias e ataque. O resultado foi um jogo de muita bola rifada, passes longos e imprecisos – não é assim que o time do Grêmio dá certo. A entrada de Lincoln aconteceu tardiamente, quando o meio campo do Grêmio já estava bastante desestruturado.
O Grêmio tem elenco para fazer grandes partidas, como aquela dos 5 gols, mas ele já deu vários indícios de que não consegue ter a mesma qualidade quando se tenta fugir das suas principais características: um jogo de bola mais trabalhada, meio campo povoado e falso 9. Na realidade, não dá para entender o porquê de querer algo diferente. Das várias personalidades do tricolor, tem uma que é conhecida por dar certo. Então é nessa que tem que apostar.
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Comentários
Comentários (6)
O time tava bem, foi só colocar o Maicon pra tudo dar errado.
acho que identificaram os erros mais continuaram livrando a cara de quem estragou o meio, com o Maicon nosso meio fica faceiro e sem velocidade pra recompor, levamos o gol por não ter a segunda bola na defesa isto já acontecia ano passado ,quando colocaram o Ramiro de primeiro volante e o Michel no lado esquerdo e o Moura na direita tivemos defesa e ataque voltou o Maicon é começou a lerdeza no meio por isso levamos dois dos chilenos quando tiraram o Ramiro dali e colocaram na frente agora contra o nós voltou o Ramiro mais na frente e deu no que deu, sempre será assim quando o Maicon ficar atrás não tem velocidade e retarda sempre a jogada pensem nisso
na minha opinião o time do grémio ta jogando com jogadores fora de posição correta, o Renato. ta inventando moda ,..
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O Grêmio ta uma bagunça em campo.
E o Gata não veio pra substituir o Douglas? porque não joga?
nosso treinador gosta de inventar muito, e no jogo de ontem teve jogador que praticamente não entrou em campo. E o empate ficou barato.
vdd mas com Marcelo Oliveira abandonando a posição vms perder os jogos
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