Arena do Grêmio é alvo de negociação desde 2013 (Foto: Wesley Santos / Agência PressDigital)
Apesar dos quase quatro anos de negociações, entre avanços e retrocessos, o Grêmio ameaça mais uma vez desistir da compra da gestão da Arena. O prazo dado pelo clube ainda no ano passado era de encerrar a questão até março de 2017, mas as tratativas pouco evoluíram. O impasse já faz o clube cogitar vender a área do Olímpico, ainda do Tricolor, e usar os recursos para comprar o atual estádio no leilão da recuperação judicial da OAS. Já há até uma proposta pelo espaço, embora essa hipótese ainda seja tratada apenas como um plano alternativo.
O Grêmio já tem tudo acordado com os bancos financiadores do novo estádio para efetuar a compra da Arena. Mas falta a formalização do Banco do Brasil e do Banrisul aceitando o modelo proposto – Caixa, Bradesco e Santander já deram o ok. O clube entende que os bancos irão definir a situação e serão favoráveis à oferta gremista, até porque terão prejuízo muito maior se executarem a OAS dentro da recuperação judicial. O problema é a demora.
Nesse sentido, a ameaça do clube de sair do negócio é vista mais como uma estratégia para que o processo volte a andar, o que pode levar a minuta a ser assinada por todas as partes e deixar o outro empecilho – a questão das obras do entorno da Arena – para ser discutida entre clube, empresa, Prefeitura de Porto Alegre e Ministério Público.
Ao mesmo tempo, o Grêmio também trabalha com outros cenários caso a compra da gestão não vá adiante. O primeiro e mais lógico seria continuar a parceria com a OAS e cumprir o contrato com a construtora, que prevê a exploração do estádio por 20 anos. O outro seria efetuar a compra da Arena a partir do leilão dos bens da OAS, em processo de recuperação judicial.
Segundo contou uma fonte do Grêmio ao GloboEsporte.com, uma oferta de R$ 224 milhões foi feita ao clube pela área do Olímpico. No local onde hoje fica o antigo estádio gremista, no bairro da Azenha, seria construído um empreendimento misto, com edifícios comerciais e residenciais – assim como planejava a OAS. A compra via leilão, inclusive, é considerada a melhor opção financeiramente para o Grêmio. Só que demoraria mais tempo para ocorrer – cerca de cinco anos.
Como a troca de chaves entre Grêmio e construtora nunca foi efetuada, o clube entende que pode vender a área do antigo estádio sem problemas. Isso porque o acordo original construtora previa o repasse do Olímpico apenas se a Arena fosse entregue desonerada. Mas o terreno e a obra do novo estádio foram dados como garantia aos bancos para liberação do financiamento, o que fez o Grêmio recusar a receber a Arena nessas condições.
Em entrevista à RBS TV na tarde desta segunda-feira, na Arena, o presidente Romildo Bolzan Júnior confirmou a informação da provável desistência do negócio. Apesar de todas as conversas e as liberações dadas, disse que ainda falta um documento com a anuência de todos os bancos formalizando a compra da gestão da Arena pelo Grêmio.
– O Grêmio formulou todos os documentos necessários, mas esbarra em um documento que precisa ser finalizado junto com os bancos. Com exceção de um banco, que já aprovou, os demais não aprovaram. E isso esta gerando muita dificuldade em finalizar a situação de um termo de entendimento que vai ser colocado na recuperação judicial e, ao ser colocado, vai ser examinado para fazer a homologação e partir para as finalizações. O Grêmio vai esperar até o final de março. Se até o final de março, não tiver uma posição dos bancos, o Grêmio revisará sua estratégia de como enfrenta essa questão – disse o presidente do Grêmio.
Não é a primeira vez que Romildo fala em desistir da negociação. Há quase um ano, em entrevista para a RBS TV, o mandatário tricolor também disse que poderia deixar as conversas ao não ver perspectiva de acerto. Naquele momento, maio de 2016, fixou prazo até dezembro.
A negociação do Grêmio e da OAS para a compra da gestão do estádio por parte do clube vem desde 2013, quando Fábio Koff era o presidente do clube. Mais de uma vez, já houve anúncio que estava tudo acertado e a questão seria equacionada. O que, na prática, ainda não ocorreu. A recuperação judicial da OAS, iniciada em 2016, complicou ainda mais o processo e obrigou espera maior por conta das reuniões dos credores.
Outro ponto a ser resolvido é a questão do entorno. A OAS assumiu uma série de compromissos com o poder público gaúcho e o Ministério Público como condição para erguer o estádio e os empreendimentos imobiliários ao seu redor, que ainda não foram cumpridos. E a compra da gestão do estádio por parte do Grêmio também depende desta resolução para ser finalizada.
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O Grêmio já tem tudo acordado com os bancos financiadores do novo estádio para efetuar a compra da Arena. Mas falta a formalização do Banco do Brasil e do Banrisul aceitando o modelo proposto – Caixa, Bradesco e Santander já deram o ok. O clube entende que os bancos irão definir a situação e serão favoráveis à oferta gremista, até porque terão prejuízo muito maior se executarem a OAS dentro da recuperação judicial. O problema é a demora.
Nesse sentido, a ameaça do clube de sair do negócio é vista mais como uma estratégia para que o processo volte a andar, o que pode levar a minuta a ser assinada por todas as partes e deixar o outro empecilho – a questão das obras do entorno da Arena – para ser discutida entre clube, empresa, Prefeitura de Porto Alegre e Ministério Público.
Ao mesmo tempo, o Grêmio também trabalha com outros cenários caso a compra da gestão não vá adiante. O primeiro e mais lógico seria continuar a parceria com a OAS e cumprir o contrato com a construtora, que prevê a exploração do estádio por 20 anos. O outro seria efetuar a compra da Arena a partir do leilão dos bens da OAS, em processo de recuperação judicial.
Segundo contou uma fonte do Grêmio ao GloboEsporte.com, uma oferta de R$ 224 milhões foi feita ao clube pela área do Olímpico. No local onde hoje fica o antigo estádio gremista, no bairro da Azenha, seria construído um empreendimento misto, com edifícios comerciais e residenciais – assim como planejava a OAS. A compra via leilão, inclusive, é considerada a melhor opção financeiramente para o Grêmio. Só que demoraria mais tempo para ocorrer – cerca de cinco anos.
Como a troca de chaves entre Grêmio e construtora nunca foi efetuada, o clube entende que pode vender a área do antigo estádio sem problemas. Isso porque o acordo original construtora previa o repasse do Olímpico apenas se a Arena fosse entregue desonerada. Mas o terreno e a obra do novo estádio foram dados como garantia aos bancos para liberação do financiamento, o que fez o Grêmio recusar a receber a Arena nessas condições.
Em entrevista à RBS TV na tarde desta segunda-feira, na Arena, o presidente Romildo Bolzan Júnior confirmou a informação da provável desistência do negócio. Apesar de todas as conversas e as liberações dadas, disse que ainda falta um documento com a anuência de todos os bancos formalizando a compra da gestão da Arena pelo Grêmio.
– O Grêmio formulou todos os documentos necessários, mas esbarra em um documento que precisa ser finalizado junto com os bancos. Com exceção de um banco, que já aprovou, os demais não aprovaram. E isso esta gerando muita dificuldade em finalizar a situação de um termo de entendimento que vai ser colocado na recuperação judicial e, ao ser colocado, vai ser examinado para fazer a homologação e partir para as finalizações. O Grêmio vai esperar até o final de março. Se até o final de março, não tiver uma posição dos bancos, o Grêmio revisará sua estratégia de como enfrenta essa questão – disse o presidente do Grêmio.
Não é a primeira vez que Romildo fala em desistir da negociação. Há quase um ano, em entrevista para a RBS TV, o mandatário tricolor também disse que poderia deixar as conversas ao não ver perspectiva de acerto. Naquele momento, maio de 2016, fixou prazo até dezembro.
A negociação do Grêmio e da OAS para a compra da gestão do estádio por parte do clube vem desde 2013, quando Fábio Koff era o presidente do clube. Mais de uma vez, já houve anúncio que estava tudo acertado e a questão seria equacionada. O que, na prática, ainda não ocorreu. A recuperação judicial da OAS, iniciada em 2016, complicou ainda mais o processo e obrigou espera maior por conta das reuniões dos credores.
Outro ponto a ser resolvido é a questão do entorno. A OAS assumiu uma série de compromissos com o poder público gaúcho e o Ministério Público como condição para erguer o estádio e os empreendimentos imobiliários ao seu redor, que ainda não foram cumpridos. E a compra da gestão do estádio por parte do Grêmio também depende desta resolução para ser finalizada.
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só quero ver essa história nu que vai dar .
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