Walace, na chegada ao clube alemão Foto: Divulgação / Hamburgo
A sincera entrevista de Renato Portaluppi, revelando que foi o próprio Walace, vendido no domingo, 29, para o Hamburgo, quem lhe revelou que já estava com a cabeça no exterior, traz novamente duas questões bem recorrentes no futebol. A primeira, uma clássica, é que o jogador, quando recebe propostas milionárias, que lhe trarão segurança financeira, ainda mais em um país de primeiro mundo, fica completamente atordoado, com a cabeça na lua.
E não estou falando aqui de propostas de Real Madrid ou Barcelona, times de primeira linha do Velho Continente. Me refiro a contratos com times como o Hamburgo, que está na zona de rebaixamento do Campeonato Alemão, ou equipes de segunda linha da Itália ou da Espanha. É outro mundo, caro leitor.
Coloque-se você no lugar dele. Walace é titular do Grêmio, ok, um grande time brasileiro. Campeão olímpico pela Seleção, também ok. Mas onde ele terá mais visibilidade, onde é que jogam os grandes nomes brasileiros hoje? Na Europa. Onde ele ganhará salários estratosféricos, terá mais qualidade de vida, poderá propiciar uma educação longe de um ambiente de violência para seus filhos? Na Europa.
Onde ele terá contato com grandes jogadores, os melhores do mundo, em jogos cotidianos? Na Europa. E não venham os "ufanistas patrióticos do Brasil de plantão" me dizerem que os times "de segunda linha" da Europa são melhores que os daqui. Por favor, nossos times não fazem sombra, nem de longe, para os que estão numa posição intermediária na Europa.
O segundo motivo, também amplamente conhecido pelos brasileiros, é a nossa necessidade de venda de um jogador, ao menos, por ano, e a falta de competitividade financeira das equipes brasileiras, pela desvalorização de nossa moeda. Uma coisa, é fato: a hora que os europeus e chineses quiserem tirar nossos jogadores daqui, tiram. E é direito do jogador ir. Ou você, na sua profissão, não iria? Futebol não tem (nem sei se já teve) amor à camisa. Tem profissionalismo, é uma profissão como qualquer outra. Quem quiser acreditar que o romantismo ainda existe, que tal jogador ou técnico é gremista, que tal jogador ou técnico é colorado, pode até ficar maluco, ou morrer do coração, como diria o clássico É Preciso Saber Viver, de Roberto Carlos.
VEJA TAMBÉM
- Atitude de Luís Castro empolga torcida, mas finanças do clube preocupam.
- Grêmio com Transferban? Novo CEO revela pendencias milionárias do Grêmio
- Divida milionária? Artilheiro notifica e cobra milhões do Grêmio após atraso de pagamento

Comentários
Enviar Comentário
Aplicativo Gremio Avalanche
Leia também
Chegada de Luís Castro provoca demissão no Grêmio; saiba mais
Grêmio dispensa auxiliar técnico permanente da equipe principal da equipe.
Instituto Geração Tricolor promove festa de Natal para jovens apaixonados por futebol
Grêmio academy lança inscrições para pré-temporada 2026
Grêmio encaminha venda de Cristian Olivera para o Bahia no futebol brasileiro.
Grêmio contrata consultoria para analisar finanças de Flamengo e Corinthians
Contratos dos Jogadores do Grêmio 2026: Informações Importantes Para a Temporada.
Grêmio e Flamengo decidem título inédito na Copa do Brasil Feminina
Grêmio adiará utilização dos titulares e apostará em jovens no Gauchão
Novo CEO do Grêmio define prazo para quitar atraso de salários aos jogadores
Brasileiros têm vantagem contra europeus em retrospecto antes de PSG x Flamengo