Renato persegue sonho da América como desafio em nova era no Grêmio
Comandante tem missão de manter elenco mobilizado após conquista do Penta da Copa do Brasil e montar grupo competitivo para a disputa da Libertadores de 2017
Renato Portaluppi conversa com Valdir Espinosa no CT Luiz Carvalho
Renato Gaúcho se posiciona à beira do campo, e o imaginário do torcedor gremista viaja no tempo, para lembrar do ídolo da camisa 7, protagonista do título mundial e da Libertadores de 1983. Embalado pelo Penta da Copa do Brasil, o treinador ampliou ainda mais o espaço no coração dos tricolores e selou sua renovação contratual para 2017 na segunda-feira. E leva consigo o peso das duas maiores glórias da história do clube como inspiração para perseguir o sonho de conquistar novamente a América e o mundo, agora como técnico.
O título continental desponta quase como uma obsessão de Portaluppi em sua trajetória como treinador. E surge também como desafio para o técnico, nesta "nova era" do clube, após o fim do jejum de 15 anos sem títulos. O ídolo terá a missão de dissipar a calmaria do elenco e mantê-lo com ambições para a disputa da Libertadores, assegurada com a taça na Copa do Brasil. Até porque o treinador quase teve o gosto da conquista. Em 2008, foi vice-campeão com o Fluminense, com derrota para a LDU na final.
– A renovação foi um reconhecimento do trabalho que ele fez. É uma confiança de novas conquistas. Esse é o ponto-chave. O desafio será mostrar a esse grupo os sonhos que ele tem. Para que os jogadores entendam e passem a sonhar que é necessário. Qual o sonho? Ser campeão da Libertadores e do Mundial como treinador. Ele tem como jogador. E eu vou mostrar para ele o caminho (risos) – afirma ao GloboEsporte.com o coordenador técnico Valdir Espinosa, comandante do time campeão da América e do Mundial, em 1983, pelo Grêmio.
Mas também reina expectativa acerca da manutenção do elenco e na eventual busca por reposição de peças. Os gremistas trabalham com a possibilidade concreta de "perder" em vendas os campeões olímpicos Walace e Luan. Pedro Geromel é outro que desperta propostas, que devem ser apresentadas à diretoria ainda nesta semana. Assim, manter o nível de atuações do fim de ano e atribuir a qualidade necessária à equipe por um "salto" de qualidade também surge como desafio ao comandante nesta continuidade no Grêmio.
– Encontrar os reforços e conseguir contratá-los, principalmente, é o maior desafio. Só o dinheiro não basta. Tem que ter o olho clínico e um pouco de sorte, até diante de uma eventual "perda" dos nossos olímpicos. A mobilização decorre naturalmente da sistemática de trabalho. (Quanto a Renato não ser um técnico "tático") É um preconceito sem nenhum fundamento, de quem não enxerga nada de futebol. Quem tem um pouquinho de noção viu que o Renato solucionou os problemas. E, claro, teve mérito de aproveitar o que estava certo – avalia o vice de futebol Adalberto Preis.
DISCUSSÕES POR "FAZEDOR DE GOLS"
Mesmo em seu refúgio em solo carioca, o técnico também participa das discussões "intensas" pela busca de reforços. A diretoria gremista evita revelar alvos e até posições carentes. À exceção da intenção de contratar um "fazedor de gols", necessidade admitida publicamente ainda após a conquista do Penta. Com a renovação selada, o clube deve intensificar seus movimentos no mercado, com base em uma lista montada por Renato.
Com a prioridade manifesta por um atacante, o Tricolor já mostrou interesse no vice-artilheiro do campeonato paraguaio Cecilio Domínguez, do Cerro Porteño, e em Marinho, destaque do Vitória no Brasileirão deste ano. Fernandinho, que disputou o Nacional pelo Flamengo por empréstimo, retorna após não entrar em acordo para permanecer no Rio de Janeiro. Em uma movimentação ainda incipiente, busca informações da situação do argentino Calleri.
– Nós temos de ter um artilheiro. Tem que ser buscado. Isso está sendo discutido de forma intensa e analisado sob todos os aspectos. Estamos discutindo questões técnicas, de comportamento e de financeiro. Tudo isso pesará para a contratação. E o Renato faz parte desse processo – ressalta Espinosa.
– Para dar uma dimensão da nossa prioridade: com um ou dois "fazedores de gol", o restante se encaminha naturalmente – reitera Preis.
Manutenção do grupo também é desafio de Renato (Foto: Eduardo Moura/GloboEsporte.com)
Autor dos dois gols do Mundial, em 1983, Renato retornou ao clube para sua terceira passagem como técnico em setembro. E conseguiu ampliar ainda mais sua idolatria junto à torcida, ao comandar o Tricolor na conquista do penta da Copa do Brasil. Antes, em 2010, assumiu o time em agosto e o catapultou ao quarto lugar no Brasileirão, com vaga na Libertadores. Depois, em 2013, também apresentou nova arrancada e recolocou o time na competição continental.
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