Grupo do Grêmio ouve orientações de Roger:
A antecipação da viagem não é a única estratégia adotada pelo Grêmio contra os efeitos da altitude de Quito. A principal arma de uma LDU em crise é os 2,8 mil metros acima do nível do mar que castiga aqueles que não estão acostumados com o esforço no ar rarefeito. A delegação tricolor, porém, tem feito uma série de trabalhos durante os treinamentos para tentar adaptar ao máximo os jogadores para o jogo de quarta, às 21h45, no Estádio Casa Blanca.
Que a LDU usa a altitude a seu favor, não é nenhuma novidade. O time de Alvaro Gutierrez se tornou temido no continente assim. O fator local sempre pesou nos duelos nos últimos anos, quando a Liga foi campeã da Libertadores e da Copa Sul-Americana.
O ar rarefeito deixa a bola mais leve. Por isso, a equipe abusa de arremates de longa distância e cruzamentos na área. Como os rivais geralmente não estão acostumados com o tempo da bola, os equatorianos exploram esta situação. O outro ponto que os visitantes costumam sofrer é no desgaste físico. E aí entra uma estratégia diferente da LDU.
São duas posturas durante os 90 minutos. A primeira de fazer o time adversário correr atrás da bola. Ou seja, toque de pé em pé, sem necessariamente ir com ímpeto para cima do rival. É apenas para preparar o terreno para o que vem no segundo tempo: a pressão fatal. Quando inicia a etapa final, a LDU parte para cima. Troca a característica do time e aposta na velocidade, principalmente pelos lados do campo.
– A Liga aproveita o tema da altura sempre movendo a equipe rival no primeiro tempo. Aproveita assim. Mexe muito a bola e a equipe rival, que se desgasta fisicamente. No segundo tempo aí se torna uma equipe mais rápida. Algumas equipes respondem isso no sentido do primeiro tempo não se desgastar muito. E aí se desgastar no segundo ou no contra-ataque – analisa o jornalista Luis Quiroz, correspondente da Rádio Huancavilca, ao GloboEsporte.com.
O clima é de pressão sobre a LDU. No sábado, perdeu para o Deportivo Cuenca e viu a torcida protestar contra os jogadores. A troca no comando é a tentativa do clube de retomar um padrão tático mais parecido com o dos tempos áureos da equipe. Alvaro Gutierrez, porém, tem pouco tempo para uma partida que é considerada decisão. Apesar do pessimismo que ronda a equipe, uma vitória recoloca os "albos" na briga pela vaga no Grupo 6.
– Conhecendo a LDU, irá com tudo. Sempre pressionando pelos lados, tentando sufocar o rival. Mas se Grêmio é uma equipe inteligente, vai dosificar os tempos, os efeitos da altitude, e jogar com inteligência – opina Fabricio Flores, da TV Rama.
Roger pede passe no pé
Há sempre duas opções para quem joga na altitude. Viajar na véspera do jogo, o mais próximo possível, ou ir com a antecedência que o calendário permitir. O Grêmio fez essa opção e chegou seis dias antes do jogo à capital equatoriana. Serão cinco trabalhos com bola para fazer o elenco se acostumar com o que irá sentir no jogo. E isso tem sido a tônica dos trabalhos de Roger Machado. Em todos, um caráter físico em meio ao técnico.
O primeiro deles é que todos os passes sejam de pé em pé. Só quando necessário procurar o espaço vazio, em situações muito treinadas e orientadas pelo comandante. Em jogadas no meio-campo e na defesa, a segurança: toque sempre onde está o companheiro.
– É a terceira vez que jogo na altitude, joguei duas vezes no México e agora aqui. É o trabalho que o Roger fez, bola no pé. Se tocar do lado e botar para correr, vai ser difícil, não estamos acostumados – avalia Bobô.
O primeiro treino com bola em solo equatoriano ocorreu na sexta-feira. Em todas as atividades realizadas no Equador até o momento, Roger colocou um elemento técnico, como se treinasse fundamentos: o de troca de passes. Além do bobinho, há uma atividade que consiste em passes curtos e longos com movimentação dos atletas. Alia um dos princípios do jogo do Grêmio, de apoio, com a necessidade de entender como deve ser o toque na bola.
No sábado, o treinador comandou uma atividade intensa, com a necessidade de raciocínio rápido. Forçava o jogador a finalizar e imediatamente após o chute atravessar parte do campo e tentar bloquear o chute de um colega. Acostumava os jogadores a se doarem mesmo com o desgaste e a dificuldade de recuperação.
Mas o nível de exigência alto nos treinos teve seu preço. Fred se chocou com Douglas e deixou o treino mais cedo, sentindo dores nas coxas. Pedro Rocha e Marcelo Hermes mancaram após choque, mas sem deixar o treino. Batista, Wallace Oliveira e Everton iriam ao chão para receber atendimento médico no dia seguinte.
No domingo, trabalho semelhante. Depois de posicionar a equipe em campo para a construção de jogadas, reduziu o campo e fez os jogadores trocarem passes. Dava pontos quando completassem os dois lados do campo, com passes também para os goleiros. Posse de bola e intensidade na movimentação. Tudo que o treinador quer ver em campo na quarta-feira.
– Já temos trabalhado em relação à equipe deles, situações que o professor viu no jogo e tem analisado. Tem passado algumas situações que ele quer, de trabalho de bola, de marcação. É uma equipe que tem qualidade técnica muito boa, acredito que temos que fazer nosso jogo de posse de bola. Procurar no momento de defender, defende bem e explorar o que a LDU não tem de tão positivo – comentou Marcelo Grohe.
Roger comanda um novo treino nesta segunda-feira e na terça os jogadores fazem o reconhecimento do gramado do Casa Blanca. O treinador ainda espera pelas recuperações de Walace, com dores no tornozelo esquerdo, e Fred, com dores musculares nas duas coxas. Uma provável escalação, com ambos, tem Marcelo Grohe; Wallace Oliveira, Pedro Geromel, Fred e Marcelo Hermes; Walace, Edinho, Giuliano, Douglas e Luan; Bobô.
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Que a LDU usa a altitude a seu favor, não é nenhuma novidade. O time de Alvaro Gutierrez se tornou temido no continente assim. O fator local sempre pesou nos duelos nos últimos anos, quando a Liga foi campeã da Libertadores e da Copa Sul-Americana.
O ar rarefeito deixa a bola mais leve. Por isso, a equipe abusa de arremates de longa distância e cruzamentos na área. Como os rivais geralmente não estão acostumados com o tempo da bola, os equatorianos exploram esta situação. O outro ponto que os visitantes costumam sofrer é no desgaste físico. E aí entra uma estratégia diferente da LDU.
São duas posturas durante os 90 minutos. A primeira de fazer o time adversário correr atrás da bola. Ou seja, toque de pé em pé, sem necessariamente ir com ímpeto para cima do rival. É apenas para preparar o terreno para o que vem no segundo tempo: a pressão fatal. Quando inicia a etapa final, a LDU parte para cima. Troca a característica do time e aposta na velocidade, principalmente pelos lados do campo.
– A Liga aproveita o tema da altura sempre movendo a equipe rival no primeiro tempo. Aproveita assim. Mexe muito a bola e a equipe rival, que se desgasta fisicamente. No segundo tempo aí se torna uma equipe mais rápida. Algumas equipes respondem isso no sentido do primeiro tempo não se desgastar muito. E aí se desgastar no segundo ou no contra-ataque – analisa o jornalista Luis Quiroz, correspondente da Rádio Huancavilca, ao GloboEsporte.com.
O clima é de pressão sobre a LDU. No sábado, perdeu para o Deportivo Cuenca e viu a torcida protestar contra os jogadores. A troca no comando é a tentativa do clube de retomar um padrão tático mais parecido com o dos tempos áureos da equipe. Alvaro Gutierrez, porém, tem pouco tempo para uma partida que é considerada decisão. Apesar do pessimismo que ronda a equipe, uma vitória recoloca os "albos" na briga pela vaga no Grupo 6.
– Conhecendo a LDU, irá com tudo. Sempre pressionando pelos lados, tentando sufocar o rival. Mas se Grêmio é uma equipe inteligente, vai dosificar os tempos, os efeitos da altitude, e jogar com inteligência – opina Fabricio Flores, da TV Rama.
Roger pede passe no pé
Há sempre duas opções para quem joga na altitude. Viajar na véspera do jogo, o mais próximo possível, ou ir com a antecedência que o calendário permitir. O Grêmio fez essa opção e chegou seis dias antes do jogo à capital equatoriana. Serão cinco trabalhos com bola para fazer o elenco se acostumar com o que irá sentir no jogo. E isso tem sido a tônica dos trabalhos de Roger Machado. Em todos, um caráter físico em meio ao técnico.
O primeiro deles é que todos os passes sejam de pé em pé. Só quando necessário procurar o espaço vazio, em situações muito treinadas e orientadas pelo comandante. Em jogadas no meio-campo e na defesa, a segurança: toque sempre onde está o companheiro.
– É a terceira vez que jogo na altitude, joguei duas vezes no México e agora aqui. É o trabalho que o Roger fez, bola no pé. Se tocar do lado e botar para correr, vai ser difícil, não estamos acostumados – avalia Bobô.
O primeiro treino com bola em solo equatoriano ocorreu na sexta-feira. Em todas as atividades realizadas no Equador até o momento, Roger colocou um elemento técnico, como se treinasse fundamentos: o de troca de passes. Além do bobinho, há uma atividade que consiste em passes curtos e longos com movimentação dos atletas. Alia um dos princípios do jogo do Grêmio, de apoio, com a necessidade de entender como deve ser o toque na bola.
No sábado, o treinador comandou uma atividade intensa, com a necessidade de raciocínio rápido. Forçava o jogador a finalizar e imediatamente após o chute atravessar parte do campo e tentar bloquear o chute de um colega. Acostumava os jogadores a se doarem mesmo com o desgaste e a dificuldade de recuperação.
Mas o nível de exigência alto nos treinos teve seu preço. Fred se chocou com Douglas e deixou o treino mais cedo, sentindo dores nas coxas. Pedro Rocha e Marcelo Hermes mancaram após choque, mas sem deixar o treino. Batista, Wallace Oliveira e Everton iriam ao chão para receber atendimento médico no dia seguinte.
No domingo, trabalho semelhante. Depois de posicionar a equipe em campo para a construção de jogadas, reduziu o campo e fez os jogadores trocarem passes. Dava pontos quando completassem os dois lados do campo, com passes também para os goleiros. Posse de bola e intensidade na movimentação. Tudo que o treinador quer ver em campo na quarta-feira.
– Já temos trabalhado em relação à equipe deles, situações que o professor viu no jogo e tem analisado. Tem passado algumas situações que ele quer, de trabalho de bola, de marcação. É uma equipe que tem qualidade técnica muito boa, acredito que temos que fazer nosso jogo de posse de bola. Procurar no momento de defender, defende bem e explorar o que a LDU não tem de tão positivo – comentou Marcelo Grohe.
Roger comanda um novo treino nesta segunda-feira e na terça os jogadores fazem o reconhecimento do gramado do Casa Blanca. O treinador ainda espera pelas recuperações de Walace, com dores no tornozelo esquerdo, e Fred, com dores musculares nas duas coxas. Uma provável escalação, com ambos, tem Marcelo Grohe; Wallace Oliveira, Pedro Geromel, Fred e Marcelo Hermes; Walace, Edinho, Giuliano, Douglas e Luan; Bobô.
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