Walace e Bobô

É tanta a importância de Walace para o Grêmio, que na comparação direta com Bobô a ausência do fazedor de gols custaria menos ao time gaúcho. Se não houver Bobô, Luan volta à função em que foi tão bem no ano passado, Pedro Rocha retoma posição na linha com Giuliano e Douglas e pronto, não chega a ser nada de outro mundo. Pelo contrário, é a volta de um desenho de time bem-sucedido que levou o Grêmio à vaga direta de Libertadores deste ano por conta do terceiro lugar no Brasileirão 2015.

S?em Walace, porém, seria dureza maior em Quito. Já não haverá Maicon, que tomou um inaceitável cartão amarelo na Argentina e não estará em campo quarta-feira que vem. Inaceitável porque foi por reclamação do capitão do time, o cara que precisa ter equilíbrio na hora da dificuldade como a que estava vivendo o Grêmio contra o San Lorenzo. Naquele momento, escapava de ser goleado pelos argentinos. Veio o já inesperado empate no fim do jogo, o cartão já tinha sido dado e a consequência é a ausência do excelente Maicon no meio em Quito. Neste contexto, Walace fica ainda mais importante para a saída de bola mais rápida e mais qualificada. Edinho guardará lugar, Walace seria o responsável por esta transição. A torção contra o Brasil de Pelotas foi acidente de trabalho, pisou na bola fazendo uma interceptação de passe, a perna dançou, pronto. A ausência de Walace obrigaria Roger Machado a promover o ingresso de Kaio, promissor volante da base. O problema não é a qualidade da peça de reposição, mas a gravidade do jogo, o que pode inibir o garoto. Seria uma dobradinha reserva de volantes numa partida em que o Grêmio deverá ser bastante atacado.

Roger Machado só vai saber de verdade se contará com Walace e Bobô terça-feira que vem. Até lá, todo tratamento possível para as dores do volante e do atacante.

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