Último jogo de Douglas Costa pelo Grêmio, 38ª rodada de 2009
Eu me recordo claramente. Mal a temporada 2009 tinha se encerrado e uma bomba explodiu no Olímpico. Numa entrevista em pé, no meio de um saguão, após ter sido anunciada sua venda, sem seu consentimento, para o Shakhtar Donetsk, Douglas Costa saiu do Grêmio levando apenas o carimbo de prata da casa em sua sacola.
No seu surgimento, em uma partida contra o Botafogo em 2008, Douglas Costa já atiçava a mente dos milhões de gremistas sôfregos por qualidade técnica. Naquele ano, do dolorido vice-campeonato brasileiro, Douglas Costa não se firmou, mal jogou, mas manteve-se no subconsciente de cada torcedor, empedrado na frase “ano que vem ele estoura".

Aos 17 anos, Lincoln é uma afirmação técnica
O ano que vem chegou e Douglas Costa não estourou. Mas os olhos estavam nele. Em uma partida contra o Universidad do Chile, na qual o Grêmio massacrou o time chileno em um 0 a 0 que poderia ser 24 a 0 (é sério), a jovem promessa entrou no segundo tempo para tentar quebrar a macumba dos adversários, pois a defesa já havia sido batida, e sabe-se lá que demônio invocado fazia a bola não entrar. Neste jogo, Douglas Costa sabia que havia olheiros europeus no estádio para observá-lo. Em seu primeiro lance, pedalou frente a um adversário, tentou um elástico, pisou na bola e viu a redonda sair pela linha de fundo. Vergonha.
Mas, ainda assim, em 2009, ele jogou. Foram 31 partidas, apenas 12 como titular, e um gol marcado - muito também por uma lesão no ligamento do joelho que o atrapalhou a temporada. Em um Grenal, com o Professor Pardal Paulo Autuori treinando o Grêmio, Douglas Costa saiu para o intervalo com a alcunha de melhor jogador em campo. Foi sacado no vestiário pelo tout-puissant manager, o doutor futebol, que o substituiu por Herrera, o Quase Gol. Vitória colorada. 1 a 0. Gol de D’Alessandro, com falha grotesca de Victor. Obrigado. Douglas Costa era mal aproveitado.

Em uma partida contra o Caxias, Douglas Costa lesionou os ligamentos do joelho, que lhe atrapalhou a temporada
No penúltimo jogo daquele ano, contra o nosso homônimo de Barueri, partida em que o Grêmio se despedia com o time principal do torcedor, pois na 38ª rodada teríamos que escalar os reservas pra dar o título ao Flamengo (partida em que ele também atuou), Douglas Costa foi titular, fez golaço e brilhou. E também brilharam os olhos de cada torcedor gremista, com aquela frase, que naquela altura do campeonato, já estava grifada em concreto no âmago da esperança: “ano que vem ele estoura”.
Estourou. No Shakhtar Donetsk. No Grêmio, fica o carimbo de levar o nome do clube como sendo seu primeiro, uns pilas na conta do Tricolor para preparar o time do ano posterior e uma nova esperança retumbando na cabeça do torcedor: “no fim de carreira, que venha nos dar um título”.
Fim de carreira: não me serve. Lincoln tem 17 anos, qualidade, personalidade e decide jogos como Douglas Costa, em sua idade, jamais decidiu pelo Grêmio – muito por ter sido cingido, preterido por jogadores mais experientes. Não há o que esperar. Lincoln precisa ser levado a sério, mais que isso, ser titular. Se tiver que barrar medalhões, como Douglas, que barre.
Não quero pensar que “ano que vem será o ano dele”, não quero ver Lincoln estourando na Europa, não quero depender da caridade de um jogador em fim de carreira – daqui 15 anos – para tentar obter algum sucesso. Quero ver Lincoln em campo agora, titular e dando as alegrias que os sonhos esperançosos de cada torcedor gremista merecem.
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Eu me recordo claramente. Mal a temporada 2009 tinha se encerrado e uma bomba explodiu no Olímpico. Numa entrevista em pé, no meio de um saguão, após ter sido anunciada sua venda, sem seu consentimento, para o Shakhtar Donetsk, Douglas Costa saiu do Grêmio levando apenas o carimbo de prata da casa em sua sacola.
No seu surgimento, em uma partida contra o Botafogo em 2008, Douglas Costa já atiçava a mente dos milhões de gremistas sôfregos por qualidade técnica. Naquele ano, do dolorido vice-campeonato brasileiro, Douglas Costa não se firmou, mal jogou, mas manteve-se no subconsciente de cada torcedor, empedrado na frase “ano que vem ele estoura".
Aos 17 anos, Lincoln é uma afirmação técnica
O ano que vem chegou e Douglas Costa não estourou. Mas os olhos estavam nele. Em uma partida contra o Universidad do Chile, na qual o Grêmio massacrou o time chileno em um 0 a 0 que poderia ser 24 a 0 (é sério), a jovem promessa entrou no segundo tempo para tentar quebrar a macumba dos adversários, pois a defesa já havia sido batida, e sabe-se lá que demônio invocado fazia a bola não entrar. Neste jogo, Douglas Costa sabia que havia olheiros europeus no estádio para observá-lo. Em seu primeiro lance, pedalou frente a um adversário, tentou um elástico, pisou na bola e viu a redonda sair pela linha de fundo. Vergonha.
Mas, ainda assim, em 2009, ele jogou. Foram 31 partidas, apenas 12 como titular, e um gol marcado - muito também por uma lesão no ligamento do joelho que o atrapalhou a temporada. Em um Grenal, com o Professor Pardal Paulo Autuori treinando o Grêmio, Douglas Costa saiu para o intervalo com a alcunha de melhor jogador em campo. Foi sacado no vestiário pelo tout-puissant manager, o doutor futebol, que o substituiu por Herrera, o Quase Gol. Vitória colorada. 1 a 0. Gol de D’Alessandro, com falha grotesca de Victor. Obrigado. Douglas Costa era mal aproveitado.
Em uma partida contra o Caxias, Douglas Costa lesionou os ligamentos do joelho, que lhe atrapalhou a temporada
No penúltimo jogo daquele ano, contra o nosso homônimo de Barueri, partida em que o Grêmio se despedia com o time principal do torcedor, pois na 38ª rodada teríamos que escalar os reservas pra dar o título ao Flamengo (partida em que ele também atuou), Douglas Costa foi titular, fez golaço e brilhou. E também brilharam os olhos de cada torcedor gremista, com aquela frase, que naquela altura do campeonato, já estava grifada em concreto no âmago da esperança: “ano que vem ele estoura”.
Estourou. No Shakhtar Donetsk. No Grêmio, fica o carimbo de levar o nome do clube como sendo seu primeiro, uns pilas na conta do Tricolor para preparar o time do ano posterior e uma nova esperança retumbando na cabeça do torcedor: “no fim de carreira, que venha nos dar um título”.
Fim de carreira: não me serve. Lincoln tem 17 anos, qualidade, personalidade e decide jogos como Douglas Costa, em sua idade, jamais decidiu pelo Grêmio – muito por ter sido cingido, preterido por jogadores mais experientes. Não há o que esperar. Lincoln precisa ser levado a sério, mais que isso, ser titular. Se tiver que barrar medalhões, como Douglas, que barre.
Não quero pensar que “ano que vem será o ano dele”, não quero ver Lincoln estourando na Europa, não quero depender da caridade de um jogador em fim de carreira – daqui 15 anos – para tentar obter algum sucesso. Quero ver Lincoln em campo agora, titular e dando as alegrias que os sonhos esperançosos de cada torcedor gremista merecem.
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