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Grêmio tem um mês para reconstruir time e superar altitude diante da LDU

Vinte e nove dias separam empate com o San Lorenzo do duelo ainda mais decisivo contra equatorianos em Quito, pela Libertadores. Veja o que Roger terá pela frente


Fonte: Globoesporte.com

Grêmio tem um mês para reconstruir time e superar altitude diante da LDU
Foto: Lucas Uebel/Grêmio Divulgação

O Grêmio teve mais sorte do que juízo na Argentina. O empate com ares de “imortalidade” aos 44 minutos do segundo tempo no Estádio Nuevo Gasômetro, diante do San Lorenzo, serviu para manter vivas as chances de classificação às oitavas de final da Libertadores. Quanto ao desempenho em campo, há muito que se corrigir, e o tempo joga a favor do Tricolor. Roger Machado tem 29 dias para pensar nas modificações, forçadas ou necessárias, até o duelo de 13 de abril contra a LDU, em Quito.

Duas ausências já estão confirmadas. Maicon e Marcelo Oliveira receberam o terceiro cartão amarelo na Argentina e cumprem suspensão. Para a lateral, a reposição deve ser o jovem Marcelo Hermes. No meio de campo, as alternativas aumentam. Walace estará pronto após um mês fora por lesão no joelho. Ele pode, inclusive, estar em campo já no próximo fim de semana, pelo Gauchão.

Pela lógica, retorna ao lado de Edinho. Mas as dificuldades em armar o jogo a partir da defesa com o volante de 33 anos em campo podem abrir espaço para Ramiro, que atuou como lateral-direito em Buenos Aires. Pelo lado, Wallace Oliveira volta naturalmente ao time. Ele ficou fora dos últimos compromissos gremistas por decorrência de um edema na coxa. O atacante Miller Bolaños, entretanto, dificilmente terá condições de jogo devido ao longo tempo de recuperação das fraturas na mandíbula, no Gre-Nal 409.

LINCOLN PEDE PASSAGEM; BOLA AÉREA AINDA ASSUSTA

O setor de criação é mais um drama para Roger. Douglas tem um começo de temporada irregular. Alterna bons jogos com outros bastante apagados, como no empate com o San Lorenzo. Já Giuliano acumula atuações abaixo do nível que o torcedor sabe que ele pode render. Parece mais preocupado com a marcação e é raramente visto em jogadas de ataque. O toque de bola rápido e a movimentação intensa dos meias em 2015 ainda não foram percebidos com plenitude em 2016.

Na contramão da dupla, há o apelo por Lincoln. O jovem de 17 anos foi um dos destaques no fim de semana passado, na vitória por 3 a 1 sobre o Cruzeiro-RS, e saiu do Nuevo Gasômetro como um dos heróis da equipe. Foi dele o gol que sacramentou a igualdade no placar, aos 44 do segundo tempo. Mesmo que trate o tema com parcimônia para não “queimar” a joia gremista, o treinador começa a observar a titularidade do garoto com outros olhos.

Na terça-feira, Marcelo Grohe e Geromel também salvaram o Grêmio de uma derrota elástica em Buenos Aires. Pelo lado, o San Lorenzo construiu as melhores chances de gol. O goleiro gremista praticou no mínimo quatro milagres embaixo das traves. Na maioria destes lances, a bola aérea voltou a assombrar a área tricolor.

– Cabe a nós refletir naquilo que cada um pode melhorar individualmente e no conjunto. Está todo mundo procurando evoluir a partir do momento em que chegamos em uma etapa importante do semestre – reforça Grohe.

CINCO JOGOS EM 29 DIAS

Na tarde desta quinta-feira, o grupo se reapresenta no CT Luiz Carvalho. A comissão técnica não adiantou se usará titulares contra o Ypiranga, no domingo, em Erechim, pela 10ª rodada do Gauchão. É provável que jogadores mais desgastados sejam preservados, como Ramiro e Giuliano, que apresentaram problemas físicos ao longo da semana.

Depois de enfrentar o time do norte do Estado, o Grêmio terá sete dias livres para o elenco recuperar o futebol deixado em 2015. No dia 27, o Tricolor recebe o Lajeadense na Arena. No meio da semana seguinte, duela com o Passo Fundo fora de casa, e encerra a primeira fase da competição em Porto Alegre, diante do Juventude, no dia 3 de abril.

Com a provável classificação às quartas de final, Roger ganharia mais uma semana de trabalho. O jogo eliminatório está marcado para dia 10. O confronto com a LDU, pela Libertadores, ocorre no dia 13, uma quarta-feira. Ou seja, serão cinco partidas em 29 dias antes da decisão em Quito.

À SOMBRA DA ALTITUDE

O Grêmio também precisará de uma programação especial para a viagem ao Equador. Quito está a 2,8 mil metros acima do nível do mar, e a altitude já vitimou o time de Roger na estreia da Libertadores, contra o Toluca – 200 metros mais abaixo em relação à capital equatoriana. No segundo tempo, o gás dos jogadores foi embora.

– Igual ao México, nunca vi na vida. Sou capaz de afirmar que, se tivesse uma proposta muito boa hoje, não jogava lá – comentou Edinho após o jogo contra o San Lorenzo.

O clube ainda estuda a melhor forma de arrefecer os efeitos da altitude. Em 2013, com Vanderlei Luxemburgo no comando, o Grêmio chegou a Quito 10 dias antes do encontro com a LDU, válido pela pré-Libertadores daquele ano. A diferença é que o grupo estava em pré-temporada. Em campo, perdeu por 1 a 0 (relembre o jogo no vídeo acima). A direção deve definir a logística da viagem nos próximos dias.

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