O menino e a bola
A imagem do menino jogando bola sempre será Imortal. Em qualquer ambiente, em qualquer canto de qualquer país do mundo, uma criança e a bola em seus pés abrem a janela para sonhos e fantasias. Dos campos esburacados da Lomba do Pinheiro, bairro onde passou a infância em Porto Alegre, Lincoln se viu na Argentina prestes a entrar em campo, com sua equipe passando por apuros.
É maduro para a idade, teve que pular etapas, criar cascas com a morte precoce do pai. Jogador de futebol, vive em um mundo diferente, badalação, assédio das mulheres, assessores, viagens, contratos milionários, inúmeras possibilidades, pode fazer o que quiser. Será pai em breve. Mesmo considerando todos estes aspectos, cartas postas à mesa, é um jovem que completa 18 anos só em novembro. Os olhos esbugalhados ao lado do gramado do Nuevo Gasómetro comprovam que, mesmo com todas as experiências que já vivenciou, ainda é apenas um menino.
A capital Buenos Aires é dos argentinos, mas o tango trágico estava sendo do Grêmio. O pênalti infantil cometido por Marcelo Oliveira, a queda de rendimento do lateral esquerdo é um mistério, fez o San Lorenzo abrir o placar muito cedo. O planejamento de explorar a ansiedade do adversário, que precisava desesperadamente dos três pontos, foi por água abaixo nos primeiros minutos.
O Tricolor ameaçou uma tímida reação, sem qualquer efeito. E então, a insegurança misturada com apatia tomou conta do time, que escapou de ir para o vestiário sendo goleado. A atuação, com raras e vitais exceções que falaremos mais além, estava constrangedora. O Grêmio não criava, não trocava passes, ficava minutos sem chegar perto da área adversária, sem nenhuma perspectiva de sequer sonhar com o empate.
O Grêmio desta temporada está muito aquém do segundo semestre do último ano e o sistema defensivo é o principal responsável. Inconsistência nas laterais e a falta de Walace na primeira volância expôem demasiadamente os zagueiros. Roger Machado precisa corrigir isso e também vislumbrar alternativas para as meias. Douglas e Giuliano não podem ser considerados tão incontestáveis assim.
Mas voltemos ao jogo. As duas razões para que ainda nutríssemos alguma esperança de pontuar, já que perdíamos por apenas 1 a 0, chamam-se Marcelo Grohe e Pedro Geromel. O zagueiro, soberano como sempre, manteve o alto rendimento. Que jogador espetacular! Já são quatro vezes em que salva o gol na linha fatal. O nosso goleiro de seleção teve uma das grandes atuações da sua vida. Milagres espalhados pelos 90 minutos permitiram que chegássemos aos 44 do segundo tempo ainda respirando.
E então entra em cena o nosso personagem. Com personalidade, arriscou, buscou soluções, o sopro de criatividade em meio ao burocrático Grêmio. Então Maicon lançou Everton, que bateu cruzado. Bobô dividiu com o zagueiro, teve sua importância no lance. E a bola sobrou no meio da área para Lincoln. O jovem, criado nas Categorias de Base do Tricolor, balançou as redes e celebrou como se tivesse no quintal de casa. O sorriso do menino jogando bola.
Loucura. Caos. Delírio. E aqui parabenizo os quase mil gremistas que deslocaram-se de várias partes do Brasil para se fazer presentes na cancha. Os segundos de Imortalidade definem na essência o que é ser gremista. O Nuevo Gasómetro foi palco de mais uma amostra do motivo pelo qual nosso clube é chamado de Imortal. Temos muito que melhorar. Mas estamos muito vivos na Libertadores da América. E nada mais importa no momento.
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A imagem do menino jogando bola sempre será Imortal. Em qualquer ambiente, em qualquer canto de qualquer país do mundo, uma criança e a bola em seus pés abrem a janela para sonhos e fantasias. Dos campos esburacados da Lomba do Pinheiro, bairro onde passou a infância em Porto Alegre, Lincoln se viu na Argentina prestes a entrar em campo, com sua equipe passando por apuros.
É maduro para a idade, teve que pular etapas, criar cascas com a morte precoce do pai. Jogador de futebol, vive em um mundo diferente, badalação, assédio das mulheres, assessores, viagens, contratos milionários, inúmeras possibilidades, pode fazer o que quiser. Será pai em breve. Mesmo considerando todos estes aspectos, cartas postas à mesa, é um jovem que completa 18 anos só em novembro. Os olhos esbugalhados ao lado do gramado do Nuevo Gasómetro comprovam que, mesmo com todas as experiências que já vivenciou, ainda é apenas um menino.
A capital Buenos Aires é dos argentinos, mas o tango trágico estava sendo do Grêmio. O pênalti infantil cometido por Marcelo Oliveira, a queda de rendimento do lateral esquerdo é um mistério, fez o San Lorenzo abrir o placar muito cedo. O planejamento de explorar a ansiedade do adversário, que precisava desesperadamente dos três pontos, foi por água abaixo nos primeiros minutos.
O Tricolor ameaçou uma tímida reação, sem qualquer efeito. E então, a insegurança misturada com apatia tomou conta do time, que escapou de ir para o vestiário sendo goleado. A atuação, com raras e vitais exceções que falaremos mais além, estava constrangedora. O Grêmio não criava, não trocava passes, ficava minutos sem chegar perto da área adversária, sem nenhuma perspectiva de sequer sonhar com o empate.
O Grêmio desta temporada está muito aquém do segundo semestre do último ano e o sistema defensivo é o principal responsável. Inconsistência nas laterais e a falta de Walace na primeira volância expôem demasiadamente os zagueiros. Roger Machado precisa corrigir isso e também vislumbrar alternativas para as meias. Douglas e Giuliano não podem ser considerados tão incontestáveis assim.
Mas voltemos ao jogo. As duas razões para que ainda nutríssemos alguma esperança de pontuar, já que perdíamos por apenas 1 a 0, chamam-se Marcelo Grohe e Pedro Geromel. O zagueiro, soberano como sempre, manteve o alto rendimento. Que jogador espetacular! Já são quatro vezes em que salva o gol na linha fatal. O nosso goleiro de seleção teve uma das grandes atuações da sua vida. Milagres espalhados pelos 90 minutos permitiram que chegássemos aos 44 do segundo tempo ainda respirando.
E então entra em cena o nosso personagem. Com personalidade, arriscou, buscou soluções, o sopro de criatividade em meio ao burocrático Grêmio. Então Maicon lançou Everton, que bateu cruzado. Bobô dividiu com o zagueiro, teve sua importância no lance. E a bola sobrou no meio da área para Lincoln. O jovem, criado nas Categorias de Base do Tricolor, balançou as redes e celebrou como se tivesse no quintal de casa. O sorriso do menino jogando bola.
Loucura. Caos. Delírio. E aqui parabenizo os quase mil gremistas que deslocaram-se de várias partes do Brasil para se fazer presentes na cancha. Os segundos de Imortalidade definem na essência o que é ser gremista. O Nuevo Gasómetro foi palco de mais uma amostra do motivo pelo qual nosso clube é chamado de Imortal. Temos muito que melhorar. Mas estamos muito vivos na Libertadores da América. E nada mais importa no momento.
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