Técnico do Brasil de Pelotas rebate Renato e lembra jogo antigo do Grêmio: “Me espelhei”

Apesar da vitória de 1×0 sobre o Brasil de Pelotas, na Arena, pelo Gauchão, o técnico gremista Renato Portaluppi se mostrou irritado em sua coletiva de imprensa nesta quarta-feira. Tudo por conta daquilo que chamou de “palhaçada” promovida pelo rival, que, na sua visão, abusou da “cera” e do “anti-jogo”. Mas tais situações foram respondidas pelo treinador adversário, Rogério Zimmermann.


Zimmermann disse ter ouvido a coletiva de Renato e revelou ter se “espelhado” no próprio treinador do Grêmio. Ele contou ter baseado a sua equipe no que fez o Grêmio contra o São Paulo, no Morumbi, pelo jogo de volta da semifinal da Copa do Brasil de 2020 – um empate em 0x0 que gerou a classificação gremista para pegar o Palmeiras na final.

“Não vou criar polêmica. Vou dar parabéns ao Renato pela vitória. O Renato faz a mesma coisa. Me lembro muito do jogo do Grêmio no Morumbi pela Copa do Brasil. Faz parte, é normal. E ele dirigindo o Grêmio. Eu me espelhei nele e nesse jogo no Morumbi, que o time caía, parava toda hora. A arbitragem de hoje foi muito boa. Controlou o jogo, que era difícil de se jogar”, disse o técnico do time de Pelotas, antes de reclamar de outras situações:

“Eu ouvi a entrevista do Renato. Teve um repórter que perguntou que o goleiro do Brasil foi provocar o Suárez. Por que não pode dizer que foi o Suárez a provocar? Se um errou, os dois erraram. Depois que saiu o gol do Grêmio, todas as bolas foram para o túnel do Grêmio. Chutaram todas elas. Eu podia reclamar, mas não vou. No intervalo, os seguranças deles empurraram os jogadores do Brasil. Mas vou cumprimentar o Renato e o Grêmio pela vitória”, ampliou.

O que disse Renato?
De tão bravo com a postura da equipe do Brasil, Renato chegou até a sugerir a colocação de um time da base do Grêmio para o Gauchão. Mas a direção já declarou que esta ideia, para 2023, não será colocada em prática.

“O que não pode acontecer é essa palhaçada que eles fizeram hoje aqui. É anti-jogo. Aí é demais. Não existe futebol assim. Irrita todo mundo. Eu estava sempre no ouvido do bandeirinha e do quarto árbitro. Não me importa se fizerem isso, desde que o juiz dê 15 minutos de acréscimos. A Copa do Mundo mostrou isso. Eles não queriam jogo, ficou feio, caía o goleiro, o zagueiro”, comentou, para depois terminar:

“Já jogam fechado e isso eles têm todo direito. Mas aí o jogo para, para, para. E vocês da imprensa precisam bater no time que faz isso. Podem bater em mim se o Grêmio fizer isso um dia. Mas o meu time joga futebol. Só 48 minutos de bola rolando é esculacho. Se eu sou torcedor eu entro na justiça, quero meio ingresso de volta, só vi meio jogo”, ampliou.


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