Fernandinho nos tempo de Galo: começo bom, final nem tanto (Foto: Bruno Cantini / Site do Atlético-MG)
Quando desembarcar na manhã desta quarta-feira em Porto Alegre, Fernandinho já terá pela frente duas missões. Repetir as boas largadas e refazer os finais de seus últimos clubes. Com o atacante de 28 anos é assim. O início costuma ser avassalador. Mas o encanto nem sempre perdura e a saída abrupta se torna o melhor dos remédios. Regularidade, portanto, será palavra de ordem em seu mais novo desafio, agora no Grêmio.
O Tricolor gaúcho será o décimo clube de uma agitada carreira. Que começou a deslanchar mesmo em São Paulo, seu estado natal, em outro Grêmio, de Barueri. Aos 24 anos, superou os meias Giuliano, na época no Inter e hoje seu colega de Grêmio, e Paulo Henrique Ganso, então no Santos, na disputa do Craque do Brasileirão e levou o prêmio de revelação do campeonato.
O caminho estava aberto para o brilho num grande clube. O destino foi o São Paulo. Estreou com quatro gols na goleada de 5 a 1 sobre Monte Azul na Arena Barueri, pelo Campeonato Paulista. Detalhe: ele entrou no segundo tempo. No entanto, o sucesso não prosseguiu. Nunca foi considerado titular absoluto do ataque em dois anos e meio de clube. Vale lembrar que sofreu com lesões. Teve três fraturas por estresse na perna direita e também precisou fazer uma cirurgia em um dedo do pé esquerdo.
O Al-Jazira foi o seu destino seguinte, em 2012. E a estreia soou esperançosa novamente, com um golaço, entrando na área a dribles pela esquerda e chutando cruzado. Está certo que foi num amistoso, mas se tratou de uma maiúscula vitória de 5 a 4, de virada, sobre o Eintracht Frankfurt, da Alemanha. Faltou, no entanto, manter o bom início. No total, em pouco mais de um ano, jogou apenas 14 vezes.
Assim, apostou no retorno ao Brasil no segundo semestre de 2013. A missão era boa e árdua ao mesmo tempo. Entrava no time recém campeão da Libertadores, mas com a responsabilidade de substituir o negociado Bernard. Desta vez, a estreia não foi boa pelo Atlético-MG. No empate em 0 a 0 com o Inter em Novo Hamburgo, acabou expulso ao acertar o rosto de Jorge Henrique em dividida no primeiro tempo. Mas depois se firmou a ponto de o Galo travar batalha judicial com a Fifa para tê-lo no Mundial. O jogador corria risco de não participar da competição por ter sido contratado após o fechamento da janela de transferências internacionais.
O encanto, todavia, passou a desmoronar em 2014. Primeiro, com críticas da torcida, fato novo em relação ao bom 2013. Em maio, o atacante teve seu contrato suspenso - o vínculo de empréstimo se encerraria em julho - após se recusar a viajar com o grupo para o jogo contra o Criciúma pelo Brasileirão, atitude que irritou a direção. Com seis atuações no campeonato, ele não poderia atuar em outro time da Série A caso completasse sete partidas.
Além de buscar a regularidade, Fernandinho precisa encontrar o caminho do gol. A média de bolas não rede não alcança sequer 0,3 tentos por jogo em nenhum dos clubes que passou, contando a partir do destaque nacional que alcançara em 2009, pelo Barueri.
Aliás, nesse clube a média de gols é uma das mais baixas. Mesmo assim, foi onde melhor rendeu. Um de seus poucos gols foi justamente no Grêmio, então treinado por Paulo Autuori. Ainda faria mais dois gols no Tricolor, ambos em jogos pelo Nacional e na Arena, com a camisa do Atlético-MG. Agora, Fernandinho - de qualidades, defeitos e desafios - fará do estádio em que foi algoz a sua nova casa.
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Quando desembarcar na manhã desta quarta-feira em Porto Alegre, Fernandinho já terá pela frente duas missões. Repetir as boas largadas e refazer os finais de seus últimos clubes. Com o atacante de 28 anos é assim. O início costuma ser avassalador. Mas o encanto nem sempre perdura e a saída abrupta se torna o melhor dos remédios. Regularidade, portanto, será palavra de ordem em seu mais novo desafio, agora no Grêmio.
O Tricolor gaúcho será o décimo clube de uma agitada carreira. Que começou a deslanchar mesmo em São Paulo, seu estado natal, em outro Grêmio, de Barueri. Aos 24 anos, superou os meias Giuliano, na época no Inter e hoje seu colega de Grêmio, e Paulo Henrique Ganso, então no Santos, na disputa do Craque do Brasileirão e levou o prêmio de revelação do campeonato.
O caminho estava aberto para o brilho num grande clube. O destino foi o São Paulo. Estreou com quatro gols na goleada de 5 a 1 sobre Monte Azul na Arena Barueri, pelo Campeonato Paulista. Detalhe: ele entrou no segundo tempo. No entanto, o sucesso não prosseguiu. Nunca foi considerado titular absoluto do ataque em dois anos e meio de clube. Vale lembrar que sofreu com lesões. Teve três fraturas por estresse na perna direita e também precisou fazer uma cirurgia em um dedo do pé esquerdo.
O Al-Jazira foi o seu destino seguinte, em 2012. E a estreia soou esperançosa novamente, com um golaço, entrando na área a dribles pela esquerda e chutando cruzado. Está certo que foi num amistoso, mas se tratou de uma maiúscula vitória de 5 a 4, de virada, sobre o Eintracht Frankfurt, da Alemanha. Faltou, no entanto, manter o bom início. No total, em pouco mais de um ano, jogou apenas 14 vezes.
Assim, apostou no retorno ao Brasil no segundo semestre de 2013. A missão era boa e árdua ao mesmo tempo. Entrava no time recém campeão da Libertadores, mas com a responsabilidade de substituir o negociado Bernard. Desta vez, a estreia não foi boa pelo Atlético-MG. No empate em 0 a 0 com o Inter em Novo Hamburgo, acabou expulso ao acertar o rosto de Jorge Henrique em dividida no primeiro tempo. Mas depois se firmou a ponto de o Galo travar batalha judicial com a Fifa para tê-lo no Mundial. O jogador corria risco de não participar da competição por ter sido contratado após o fechamento da janela de transferências internacionais.
O encanto, todavia, passou a desmoronar em 2014. Primeiro, com críticas da torcida, fato novo em relação ao bom 2013. Em maio, o atacante teve seu contrato suspenso - o vínculo de empréstimo se encerraria em julho - após se recusar a viajar com o grupo para o jogo contra o Criciúma pelo Brasileirão, atitude que irritou a direção. Com seis atuações no campeonato, ele não poderia atuar em outro time da Série A caso completasse sete partidas.
Além de buscar a regularidade, Fernandinho precisa encontrar o caminho do gol. A média de bolas não rede não alcança sequer 0,3 tentos por jogo em nenhum dos clubes que passou, contando a partir do destaque nacional que alcançara em 2009, pelo Barueri.
Aliás, nesse clube a média de gols é uma das mais baixas. Mesmo assim, foi onde melhor rendeu. Um de seus poucos gols foi justamente no Grêmio, então treinado por Paulo Autuori. Ainda faria mais dois gols no Tricolor, ambos em jogos pelo Nacional e na Arena, com a camisa do Atlético-MG. Agora, Fernandinho - de qualidades, defeitos e desafios - fará do estádio em que foi algoz a sua nova casa.
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