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Ex-lateral classifica pior momento de sua carreira no Grêmio: "Merecia respeito"

Fábio Aurélio conta como foi saída do Tricolor em 2013, último clube antes de se aposentar


Fonte: Globoesporte.com

Ex-lateral classifica pior momento de sua carreira no Grêmio: Merecia respeito
Foto: Lucas Uebel / Grêmio FBPA
Imagine chegar para treinar, mas seu uniforme já não estar mais separado no vestiário como dos companheiros. Foi assim que Fábio Aurélio, hoje empresário, soube que não estaria mais no grupo principal do Grêmio. Em 2013, o ex-lateral passou pelo que classifica como momento mais negativo da carreira em um combo lesão grave e tratamento na saída do clube.



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Foram mais de 300 dias afastado dos gramados em recuperação do problema. A estreia pelo Grêmio só ocorreria no Gauchão de 2013, em março. As lesões graves, reconhece Fábio em entrevista ao GloboEsporte.com, o acompanharam mais do que gostaria na carreira.

Mas o lateral lamenta mesmo a maneira como foi tratado ao deixar o Tricolor. Depois da demissão de Luxemburgo e da volta de Renato, foi afastado. O então superintendente de futebol, Seu Verardi, falecido em 2018, a quem Fábio dirigiu palavras de carinho, foi o responsável pelo aviso.

Quando chego já não tinha a roupa no meu lugar. Ali caiu ficha. O Seu Verardi me comunicou que não fazia parte dos planos do Grêmio com o Renato e teria que treinar separado. Foi uma coisa que me frustrou muito, sofri para reconquistar minha forma física e acreditava que poderia ainda responder às expectativas em campo. E fui privado disso, principalmente desta forma.

"Ser afastado assim como se fosse mau-elemento, influência negativa. Com certeza aquilo me chateou muito, mereceria um respeito diferente. Se há cobrança por não render em campo é uma coisa, mas outra é ser considerado uma coisa que não é" (Fábio Aurélio)

A diretoria mudou a comissão técnica na metade de 2013, depois da parada para a Copa América. Em conversa com o então executivo Rui Costa, ouviu que era uma determinação do então presidente Fábio Koff, falecido em 2018.

Fui cobrar o Rui na época: "queria entender, agora posso contribuir e tentar retribuir. E me afastam". Ele falou que entendia, concordava comigo, mas era uma imposição do presidente. Aí continuei o profissional que fui, do momento que pisei ali até o último. Fazia físico de segunda a sexta, eu e alguns outros jovens ali também — relembra.

O ex-lateral do Liverpool chegou ao Grêmio pelas mãos de Vanderlei Luxemburgo ainda na metade de 2012. Faria sua estreia dia 1º de julho, contra o Atlético-MG, pelo Brasileirão, junto com Zé Roberto. Mas ao pular e evitar um choque com Marcelo Moreno no rachão, rompeu o ligamento cruzado anterior ao apoiar a perna direita de volta no chão.

"Exaltaria assim o meu momento na Olimpíada em Sidney, que me abriu as portas no Valencia. Ali acredito que foi o principal momento da carreira. E negativo foi a experiência no Grêmio, queria contribuir muito mais do que foi" (Fábio Aurélio)

Foi um balde de água muito gelada. Nas vésperas da estreia, tive aquela fatalidade no rachão. Você sabe, infelizmente sofri muito com lesões na carreira, não foi só essa, mas pegou em um momento crucial, voltando para o Brasil, com ilusão renovada. Logo de cara ter uma notícia desta. Se machuca mais simples, até entende. É uma lesão longa, um prazo pré-determinado, não tem como adiantar etapas. Foi uma frustração muito grande — admite o lateral.

A memória negativa não diz respeito a Porto Alegre, ao clube nem mesmo às pessoas. Mas ao fato vivido. Tanto que Fábio Aurélio não teve forças para continuar na sua carreira e definiu pela aposentadoria em 2014. Como o período de inatividade era longo e as lesões graves o acompanharam, preferiu parar de jogar para não sofrer mais. Passou por São Paulo, Valencia, Liverpool e seleção brasileira além do Tricolor.

O próprio diz que os problemas físicos foram obstáculos na carreira. Cirurgias no joelho, rompimento de tendão de Aquiles... A cada problema, o ex-lateral buscava sempre novas situações para prevenir no futuro.



Fizemos um teste genético, e esse teste mostrava que o meu tecido conjuntivo era de má qualidade. Era genética naturalmente minha. Aí com dieta, sabendo mais ou menos, fomos tentando. Sempre pegaram em momentos crucias. Por exemplo, Dunga me convocou para jogos e tive a lesão na panturrilha. Era eu e o Michel Bastos, não fui e ele jogou a Copa. Às vezes você olha e pensa "putz, o que poderia ter alcançado se não tivesse tido os problemas?". Mas tento ser otimista. Com tantos problemas, sou afortunado de voltar e dar conta do recado — encerra o hoje empresário.


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Comentários



Irceu Cignachi     

Desculpe, acho que não entendi. Quer dizer que um atleta ou trabalhador não pode ser dispensado? Onde está o desrespeito?

Ulysses Salgado     

Ah vai jogar, bobão...igual ao Tardelli: chegoubcheio de nome e não jogou nerda nenhuma! E quer massagem...kkkkk!

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