Romildo Bolzan faz cruzada contra corte de gastos (Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA)
Se o Grêmio se mostra discreto em busca de reforços, o mesmo não se pode dizer em relação à movimentação nos bastidores para tentar implementar novas ideias no futebol brasileiro. O novo presidente Romildo Bolzan Júnior encabeça algumas medidas, que vão de austeridade financeira à mudança de fórmula no Nacional, e espera fazer do Tricolor gaúcho o primeiro clube a se enquadrar numa nova realidade no Brasil.
O perfil de articulações e muita conversa vem de seu passado como político. Romildo foi prefeito em três oportunidades do município de Osório, próximo a Porto Alegre. Desde o ano passado, por exemplo, vem travando diálogo com presidentes de outros clubes para mudança de fórmula do Brasileirão, pedindo a volta do mata-mata, excluída desde 2003.
Mata-mata + torcida em clássicos + bebidas = receita
O assunto ganhou força na segunda-feira e deve evoluir nos próximos meses. A ideia de Romildo é pleitear a mudança já para a edição de 2016, sob argumento de que o mata-mata leva mais torcedores ao estádio e gera mais renda. Há outras iniciativas que o dirigente também carrega como bandeiras. Uma delas é o retorno das torcidas divididas em clássicos e de bebidas alcoólicas dentro do estádio - ambas pretensões vão ao encontro de outra obsessão de Romildo, a cada vez maior arrecadação de receita.
- Queremos nos preparar para o futuro. O Grêmio tem uma estratégia de gestão de colocar tudo isso na mesa, o que também interessa aos outros clubes - pondera Romildo, ao GloboEsporte.com. - Está todo mundo sentindo (efeitos financeiros). Se você perde em campo, fica com a dívida e não fica com nada. Precisamos fazer tudo com equilíbrio e pé no chão e, claro, pensar em vitórias.
O Grêmio ingressou neste novo ano numa verdadeira cruzada contra gastos excessivos. A prioridade é de que o "mês dure 30 dias", lembrando que o clube teve dificuldades em manter os salários, e sobretudo os direitos de imagem, em dia. Romildo espera reduzir em até 40% a folha salarial, que fechou 2014 na cada dos R$ 6,5 milhões.
Muitas saídas, mas de reservas
Tentar enxugar gastos na folha não é total novidade no Grêmio. A empreitada começou ainda após a eliminação na Libertadores de 2013, com a meta de abrir 2014 gastando R$ 5 milhões, o que acabou não ocorrendo. Desta vez, o discurso deve sair da prática. A direção não pensa duas vezes na hora de se desfazer de um atleta que possa onerar o orçamento de forma drástica. Já saíram, Alan Ruiz, Dudu, Zé Roberto, Saimon, Bressan, Maxi Rodríguez e Fernandinho - os três últimos em empréstimo sem gastos para o clube.
Quem também sairá é Kleber Gladiador, que aguarda a definição sobre a composição de sua rescisão contratual - o fato é que não será novamente emprestado mediante parte de pagamento do salário pelo Grêmio. O maior exemplo dessa nova política reside em Pará. Mesmo com vontade de permanecer, o lateral-direito foi emprestado ao Flamengo para o Tricolor conseguir saldar uma dívida de 15 anos, pela compra do ex-atacante Rodrigo Mendes.
O panorama para o futuro esboça ainda uma dívida que alcançou R$ 276 milhões em 2013, segundo a análise do consultor esportivo Almir Somoggi, e o processo de renegociação do contrato da Arena, principal carro-chefe da nova gestão e que está estagnado devido aos problemas financeiros da construtora OAS.
Expectativa de pioneirismo nas finanças
Com a suplementação orçamentária de 8% aprovada - cerca de R$ 17 milhões - o orçamento gremista para 2015 gira em torno de R$ 223 milhões. De acordo com Romildo, o Grêmio precisa faturar R$ 40 milhões para iniciar bem a temporada. O meia Luan pode "ajudar" nessa empreitada, caso seja vendido nesta janela. O clube aguarda ofertas superiores a 10 milhões de euros.

Até o momento, foram confirmados oficialmente os reforços do meia Douglas e do lateral Marcelo Oliveira, em negócios de ocasião. O presidente trata de frear o clima de apreensão da torcida com o maior número de saídas em relação ao de contratações.
- É questão de equilibrar a folha em cima de jogadores que podem ser substituídos. O Grêmio precisa ter 30 dias no mês e ter um diagnóstico certeiro, acertando diretamente nas contratações. O Grêmio tem que trabalhar com quase 100% de perspectivas de acerto - define Romildo.
- O Grêmio deve ser o primeiro clube que está se adaptando a uma nova realidade. É algo que pode ser dramático, mas pode ser bom. Nós vamos entrar no ano muito forte, temos condições de fazer uma grande equipe. Temos a garantia de um trabalho a longo prazo, isso também é um diferencial - reforça o diretor executivo Rui Costa.
Por trabalho de longo prazo, Rui se refere a Felipão, que tem contrato até o fim de 2016 e está plenamente inserido no contexto de poucos reforços e total aproveitamento das categorias de base. A ideia é subir a Serra, no dia 11 de janeiro, com metade dos 34 nomes oriunda de jovens.
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Se o Grêmio se mostra discreto em busca de reforços, o mesmo não se pode dizer em relação à movimentação nos bastidores para tentar implementar novas ideias no futebol brasileiro. O novo presidente Romildo Bolzan Júnior encabeça algumas medidas, que vão de austeridade financeira à mudança de fórmula no Nacional, e espera fazer do Tricolor gaúcho o primeiro clube a se enquadrar numa nova realidade no Brasil.
O perfil de articulações e muita conversa vem de seu passado como político. Romildo foi prefeito em três oportunidades do município de Osório, próximo a Porto Alegre. Desde o ano passado, por exemplo, vem travando diálogo com presidentes de outros clubes para mudança de fórmula do Brasileirão, pedindo a volta do mata-mata, excluída desde 2003.
Mata-mata + torcida em clássicos + bebidas = receita
O assunto ganhou força na segunda-feira e deve evoluir nos próximos meses. A ideia de Romildo é pleitear a mudança já para a edição de 2016, sob argumento de que o mata-mata leva mais torcedores ao estádio e gera mais renda. Há outras iniciativas que o dirigente também carrega como bandeiras. Uma delas é o retorno das torcidas divididas em clássicos e de bebidas alcoólicas dentro do estádio - ambas pretensões vão ao encontro de outra obsessão de Romildo, a cada vez maior arrecadação de receita.
- Queremos nos preparar para o futuro. O Grêmio tem uma estratégia de gestão de colocar tudo isso na mesa, o que também interessa aos outros clubes - pondera Romildo, ao GloboEsporte.com. - Está todo mundo sentindo (efeitos financeiros). Se você perde em campo, fica com a dívida e não fica com nada. Precisamos fazer tudo com equilíbrio e pé no chão e, claro, pensar em vitórias.
O Grêmio ingressou neste novo ano numa verdadeira cruzada contra gastos excessivos. A prioridade é de que o "mês dure 30 dias", lembrando que o clube teve dificuldades em manter os salários, e sobretudo os direitos de imagem, em dia. Romildo espera reduzir em até 40% a folha salarial, que fechou 2014 na cada dos R$ 6,5 milhões.
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Tentar enxugar gastos na folha não é total novidade no Grêmio. A empreitada começou ainda após a eliminação na Libertadores de 2013, com a meta de abrir 2014 gastando R$ 5 milhões, o que acabou não ocorrendo. Desta vez, o discurso deve sair da prática. A direção não pensa duas vezes na hora de se desfazer de um atleta que possa onerar o orçamento de forma drástica. Já saíram, Alan Ruiz, Dudu, Zé Roberto, Saimon, Bressan, Maxi Rodríguez e Fernandinho - os três últimos em empréstimo sem gastos para o clube.
Quem também sairá é Kleber Gladiador, que aguarda a definição sobre a composição de sua rescisão contratual - o fato é que não será novamente emprestado mediante parte de pagamento do salário pelo Grêmio. O maior exemplo dessa nova política reside em Pará. Mesmo com vontade de permanecer, o lateral-direito foi emprestado ao Flamengo para o Tricolor conseguir saldar uma dívida de 15 anos, pela compra do ex-atacante Rodrigo Mendes.
O panorama para o futuro esboça ainda uma dívida que alcançou R$ 276 milhões em 2013, segundo a análise do consultor esportivo Almir Somoggi, e o processo de renegociação do contrato da Arena, principal carro-chefe da nova gestão e que está estagnado devido aos problemas financeiros da construtora OAS.
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Com a suplementação orçamentária de 8% aprovada - cerca de R$ 17 milhões - o orçamento gremista para 2015 gira em torno de R$ 223 milhões. De acordo com Romildo, o Grêmio precisa faturar R$ 40 milhões para iniciar bem a temporada. O meia Luan pode "ajudar" nessa empreitada, caso seja vendido nesta janela. O clube aguarda ofertas superiores a 10 milhões de euros.

Até o momento, foram confirmados oficialmente os reforços do meia Douglas e do lateral Marcelo Oliveira, em negócios de ocasião. O presidente trata de frear o clima de apreensão da torcida com o maior número de saídas em relação ao de contratações.
- É questão de equilibrar a folha em cima de jogadores que podem ser substituídos. O Grêmio precisa ter 30 dias no mês e ter um diagnóstico certeiro, acertando diretamente nas contratações. O Grêmio tem que trabalhar com quase 100% de perspectivas de acerto - define Romildo.
- O Grêmio deve ser o primeiro clube que está se adaptando a uma nova realidade. É algo que pode ser dramático, mas pode ser bom. Nós vamos entrar no ano muito forte, temos condições de fazer uma grande equipe. Temos a garantia de um trabalho a longo prazo, isso também é um diferencial - reforça o diretor executivo Rui Costa.
Por trabalho de longo prazo, Rui se refere a Felipão, que tem contrato até o fim de 2016 e está plenamente inserido no contexto de poucos reforços e total aproveitamento das categorias de base. A ideia é subir a Serra, no dia 11 de janeiro, com metade dos 34 nomes oriunda de jovens.
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