Substituído no segundo tempo, Everton pode ter sentido a falta de ritmo, aponta preparador físico André Ávila / Agencia RBS
O Grêmio ainda tenta digerir o empate contra o Flamengo, quarta-feira, pela Copa do Brasil. Desde o encerramento da partida, hipóteses como cansaço, erro estratégico e, naturalmente, a qualidade do adversário, são lançadas na mesa de discussão.
Até o jogo de volta, dia 15, no Maracanã, serão duas semanas para correção de rota. Com o agravante de que, neste período, o time viajará à Argentina para abrir contra o Estudiantes a disputa das oitavas de final da Libertadores e disputará duas partidas do Brasileirão, contra o mesmo Flamengo e o Vitória.
Ao falar em cansaço, torcedores estranham o fato de o Grêmio ter corrido menos do que o Flamengo mesmo tendo preservado titulares na rodada do fim de semana do Brasileirão, ao contrário do adversário.
— É preciso observar que o Grêmio tinha vários jogadores voltando de lesão. Everton ficou muitos dias sem treinar devido a uma conjuntivite. Léo Moura também. Havia muita gente sem ritmo de jogo — destaca o preparador físico João Goulart, com recentes passagens por Inter e Brasil-Pel.
Outra circunstância citada por Goulart é a idade de jogadores como Maicon e Cícero, fundamentais na mecânica do time. Confrontados com uma equipe me média de idade inferior, como a do Flamengo, eles naturalmente se ressentem, diz o preparador físico.
— Renato disse na entrevista que pretendia usar Léo Moura até o final do jogo. Como ele cansou e pediu para sair, o técnico perdeu a chance de faze outra alteração — cita Goulart.
Também há críticas de gremistas à decisão de Renato ceder maior posse de bola ao adversário para tirar proveito dos contra-ataques. Quando o jogo de quarta-feira se encerrou, o time de Maurício Barbieri tinha 63% de posse.
Campeão por Flamengo e Grêmio, o ex-meia Zinho, hoje comentarista da Fox, localiza nas substituições feitas por Renato o maior problema do Grêmio. Evitando uma crítica direta a Leonardo, Marinho e Jael, os jogadores que entraram, ele entende que, ao ficar sem Léo Moura, Everton e André, o time gaúcho perdeu ofensividade e capacidade de retenção de bola.
— De forma inconsciente ou não, o Grêmio aceitou a pressão, deu mais campo. Léo Moura estava muito bem. Everton e André seguravam os volantes e faziam com que o Flamengo não se lançasse. Jael briga, fez o papel de pivô, mas não segurou a bola na frente — observa Zinho.
A partida de ida era difícil, contra o time que menos perdeu no ano. O Flamengo consegue ter a bola, algo que o Grêmio tem como ponto forte
PAULO VINICIUS COELHO
Comentarista da Fox Sports
Para o comentarista, Grêmio e Flamengo disputaram uma das melhores partidas do ano, superior a muitos jogos da Copa do Mundo. Zinho disse que as modificações de Maurício Barbieri surtiram o efeito que o técnico desejava e surpreendeu-se com o excessivo recuo do Grêmio:
— O que me deixou surpreso foi o fato de o Grêmio, com jogadores talentosos no meio, como Maicon, Cícero e Luan, não soube segurar a bola. A partir dos 20 minutos do segundo tempo, o Flamengo amassou. Ficou um jogo de meio-campo.
Também da Fox, o comentarista Paulo Vinicius Coelho avalia que o time do Flamengo adaptou características que o Grêmio exibiu na caminhada do título da Libertadores do ano passado. A principal marca da equipe de Barbieri na Arena foi transformar a posse de bola em oportunidades de finalizar.
— Foi um jogo muito equilibrado. O Grêmio foi melhor no primeiro tempo, mas não foi a superioridade absurda. Em relação ao time do ano passado, não tem a mesma regularidade — entende PVC, que continua. — A partida de ida era difícil, contra o time que menos perdeu no ano. O Flamengo consegue ter a bola, algo que o Grêmio tem como ponto forte.
O comentarista aponta outra virtude que o Flamengo soube aprender com o Grêmio:
— A diferença é que o time de Barbieri é o segundo com o maior número de conclusões certas. Transformou a posse de bola em finalizações, era isso que o Grêmio fazia ano passado.
Para a partida de volta, PVC aponta que Jailson poderia ser uma opção para devolver o controle das ações do meio de campo para o Grêmio:
— Muita coisa vai acontecer, mas precisa ter um trabalho de ajuste das coisas que não estão funcionando. Talvez o Jailson para ter mais proteção no meio. Hoje é o passe que desmancha um sistema defensivo, não mais o drible.
Renato deverá usar reservas no jogo de sábado. Os titulares terão diminuída a carga de trabalho para que entrem em plenas condições contra o Estudiantes, dia 7. Diferentemente da Copa do Brasil, o segundo jogo da Libertadores será na Arena. Nesse caso, empatar em Quilmes não será considerado um mau resultado.
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Até o jogo de volta, dia 15, no Maracanã, serão duas semanas para correção de rota. Com o agravante de que, neste período, o time viajará à Argentina para abrir contra o Estudiantes a disputa das oitavas de final da Libertadores e disputará duas partidas do Brasileirão, contra o mesmo Flamengo e o Vitória.
Ao falar em cansaço, torcedores estranham o fato de o Grêmio ter corrido menos do que o Flamengo mesmo tendo preservado titulares na rodada do fim de semana do Brasileirão, ao contrário do adversário.
— É preciso observar que o Grêmio tinha vários jogadores voltando de lesão. Everton ficou muitos dias sem treinar devido a uma conjuntivite. Léo Moura também. Havia muita gente sem ritmo de jogo — destaca o preparador físico João Goulart, com recentes passagens por Inter e Brasil-Pel.
Outra circunstância citada por Goulart é a idade de jogadores como Maicon e Cícero, fundamentais na mecânica do time. Confrontados com uma equipe me média de idade inferior, como a do Flamengo, eles naturalmente se ressentem, diz o preparador físico.
— Renato disse na entrevista que pretendia usar Léo Moura até o final do jogo. Como ele cansou e pediu para sair, o técnico perdeu a chance de faze outra alteração — cita Goulart.
Também há críticas de gremistas à decisão de Renato ceder maior posse de bola ao adversário para tirar proveito dos contra-ataques. Quando o jogo de quarta-feira se encerrou, o time de Maurício Barbieri tinha 63% de posse.
Campeão por Flamengo e Grêmio, o ex-meia Zinho, hoje comentarista da Fox, localiza nas substituições feitas por Renato o maior problema do Grêmio. Evitando uma crítica direta a Leonardo, Marinho e Jael, os jogadores que entraram, ele entende que, ao ficar sem Léo Moura, Everton e André, o time gaúcho perdeu ofensividade e capacidade de retenção de bola.
— De forma inconsciente ou não, o Grêmio aceitou a pressão, deu mais campo. Léo Moura estava muito bem. Everton e André seguravam os volantes e faziam com que o Flamengo não se lançasse. Jael briga, fez o papel de pivô, mas não segurou a bola na frente — observa Zinho.
A partida de ida era difícil, contra o time que menos perdeu no ano. O Flamengo consegue ter a bola, algo que o Grêmio tem como ponto forte
PAULO VINICIUS COELHO
Comentarista da Fox Sports
Para o comentarista, Grêmio e Flamengo disputaram uma das melhores partidas do ano, superior a muitos jogos da Copa do Mundo. Zinho disse que as modificações de Maurício Barbieri surtiram o efeito que o técnico desejava e surpreendeu-se com o excessivo recuo do Grêmio:
— O que me deixou surpreso foi o fato de o Grêmio, com jogadores talentosos no meio, como Maicon, Cícero e Luan, não soube segurar a bola. A partir dos 20 minutos do segundo tempo, o Flamengo amassou. Ficou um jogo de meio-campo.
Também da Fox, o comentarista Paulo Vinicius Coelho avalia que o time do Flamengo adaptou características que o Grêmio exibiu na caminhada do título da Libertadores do ano passado. A principal marca da equipe de Barbieri na Arena foi transformar a posse de bola em oportunidades de finalizar.
— Foi um jogo muito equilibrado. O Grêmio foi melhor no primeiro tempo, mas não foi a superioridade absurda. Em relação ao time do ano passado, não tem a mesma regularidade — entende PVC, que continua. — A partida de ida era difícil, contra o time que menos perdeu no ano. O Flamengo consegue ter a bola, algo que o Grêmio tem como ponto forte.
O comentarista aponta outra virtude que o Flamengo soube aprender com o Grêmio:
— A diferença é que o time de Barbieri é o segundo com o maior número de conclusões certas. Transformou a posse de bola em finalizações, era isso que o Grêmio fazia ano passado.
Para a partida de volta, PVC aponta que Jailson poderia ser uma opção para devolver o controle das ações do meio de campo para o Grêmio:
— Muita coisa vai acontecer, mas precisa ter um trabalho de ajuste das coisas que não estão funcionando. Talvez o Jailson para ter mais proteção no meio. Hoje é o passe que desmancha um sistema defensivo, não mais o drible.
Renato deverá usar reservas no jogo de sábado. Os titulares terão diminuída a carga de trabalho para que entrem em plenas condições contra o Estudiantes, dia 7. Diferentemente da Copa do Brasil, o segundo jogo da Libertadores será na Arena. Nesse caso, empatar em Quilmes não será considerado um mau resultado.
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