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Ídolo em Cerro e Grêmio, Arce abre "paraíso" particular e revela torcida por empate

Ex-lateral-direito formado no clube paraguaio chegou ao ápice no time gaúcho. "Chiqui" Arce recebeu o GloboEsporte.com em sua chácara, em Paraguai


Fonte: Globoesporte.com

Ídolo em Cerro e Grêmio, Arce abre paraíso particular e revela torcida por empate
Getty Images
Onde a estrada termina e a civilização parece acabar no interior do Paraguai, a felicidade de Francisco Javier Arce Rolón começa. A cidade é Paraguari, terra natal do ex-lateral e hoje treinador, a 65 quilômetros da capital Assunção. Mas para encontrar a chácara que serve de refúgio para "Chiqui" Arce e sua família é preciso mais uma dose de paciência por um trecho de chão batido, muitos buracos e espaço para a passagem de apenas um carro. Ao final do caminho, abrem-se as portas do "Paraíso Sonhado" de um homem simples, humilde e de fino trato.



A reportagem do GloboEsporte.com e da RBS TV foi recebida por Arce na tarde de domingo, em meio a uma reunião festiva com familiares e amigos. A visita dos intrusos não mudou o semblante do ídolo de Cerro Porteño e Grêmio, que se enfrentam na noite de terça-feira, pela liderança do Grupo 1 da Libertadores. Ele se satisfaz com um empate.

Foto: Beto Azambuja / GloboEsporte.com

Arce fez questão de mostrar todo o terreno. No portão de entrada, o nome da chácara: "Vergel Soñado". A expressão foi retirada de uma música de origem guarani e significa algo como um "paraíso sonhado". E o local não deixa nada a desejar. No caminho até a suntuosa casa de dois andares, há dezenas de palmeiras e uma pequena capela com a imagem de Nossa Senhora de Caacupé, a santa padroeira do Paraguai.

No pátio atrás da moradia, o quiosque com churrasqueira e fogão de barro é o xodó de Arce, que se diz cozinheiro de mão cheia – cozinhava um "bateburrillo", iguaria feita com os miúdos da ovelha. Na volta das mesas, dezenas de amigos, familiares e companheiros de sua comissão técnica, demitida há apenas seis dias do General Díaz, antepenúltimo colocado no Campeonato Paraguaio.

Foto: Beto Azambuja / GloboEsporte.com

Enquanto isso, as crianças brincam em um playground particular construído para os dois netos de "Chiqui" ou correm num campo de futebol adaptado às dimensões do terreno. O lateral-direito que batia faltas como poucos não consegue mais participar das peladas. Os dois joelhos já esgotaram seu prazo de validade.

Antes da cerca que separa um pedaço de campo pertencente ao paraguaio, corre um riacho de água tranquila e cristalina embaixo de uma ponte de madeira. De animais, apenas cachorros, fiéis companheiros. Mas é possível ouvir o canto dos pássaros nas copas das árvores.

– Há 21 anos, nossa família precisava de tranquilidade. Achamos este espaço no meio do mato e fomos construindo aos poucos. Agora já temos até netos, que vêm e brincam, correm. Podemos reunir toda a família aqui. Não é tão longe da capital. Toda vez que sobra tempo, viemos para cá para vivenciar essa tranquilidade – orgulha-se Arce.

Foto: Beto Azambuja / GloboEsporte.com

Mas o técnico de 47 anos falou também de futebol. Em quase duas horas de conversa, lembrou com orgulho dos anos dourados pelo Grêmio na década de 90 e elogiou a equipe atual de Renato Gaúcho. Disse que colocaria Arthur no time de Felipão. Pelo outro lado, declarou amor incondicional ao Cerro Porteño, clube do coração, e apostou em um empate no duelo de terça-feira "para não ficar ruim com ninguém". Ressalta a intenção de voltar ao Brasil como treinador e lamenta a perda da classificação da seleção paraguaia para a Copa do Mundo.

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