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Matheus Henrique fala da expectativa de ficar no Grêmio

Para a contratação definitiva, Grêmio tem que pagar um milhão ao São Caetano


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Matheus Henrique fala da expectativa de ficar no Grêmio
Jogador marcou duas vezes no Gauchão
Lauro Alves / Agencia RBS

Em entrevista ao Zero Hora, Matheus Henrique jogador de 20 anos , fala sobre expectativa de permanecer em definitivo.

Em sua segunda passagem pelo clube Matheus Henrique, foi dispensado em 2013, e agora virou um dos destaques do grupo de transição do Grêmio, apesar da fraca campanha do clube nesta largada do Gauchão. Com 1m74cm, bom passe e movimentação constante, o paulista de 20 anos passou a ser comparado com Arthur, o nome que saiu da base para se tornar referência no time de Renato Portaluppi na conquista da Libertadores.

Para ter sucesso em sua segunda passagem no clube, o jogador trocou de nome e posição. Pediu para não ser mais chamado de Matheusinho, com uma justificativa simples:

– Tem muitos jogadores que são chamados assim. Então prefiro que me chamem de Matheus Henrique mesmo.

As boas atuações no Grêmio também vieram com a mudança de posição sugerida pelo técnico César Bueno. Virou destaque no Gauchão jogando como um terceiro homem de meio-campo, não mais como um meia ofensivo, como chamou a atenção na Copa São Paulo por Nacional-SP e São Caetano, ou na lateral-direita, onde jogou na base gremista em 2013.

Neste domingo, às 17h, no gramado sintético do Passo D'Areia contra o São José, Matheus Henrique tentará mais uma vez ter outra boa atuação para garantir que Renato Portaluppi o inclua no grupo principal e que o Grêmio pague R$ 1 milhão ao São Caetano para o contratar em definitivo antes do final de seu empréstimo.

– Queria vir para escrever uma nova história. Até o momento, está sendo bem escrita.

Como você define seu estilo de jogo?
Minha ideia é não me desfazer da bola e povoar o meio de campo. Manter a posse ao máximo, aí é menos risco de tomar gol. Essa é minha filosofia de jogo.

Qual são suas referências no futebol?
Iniesta é o cara em que mais me espelho, pelo estilo de jogo. No ataque ou na defesa, ele nunca se desfaz da bola. Sempre quer manter a posse, e o time dele joga em prol disso. O Arthur também é assim, toca e já se movimenta para receber novamente. Minhas características são essas, trabalho muito para melhorar. Tem hora em que precisa dar o chutão ou jogar feio, mas gosto de ficar com a bola, fazer o time andar.

Como começou sua história no Grêmio?
Vim para o Grêmio em 2013, após me destacar na Copa São Paulo pelo Nacional-SP. Fiquei morando no alojamento do Olímpico. Vim com meu pai e meu empresário. Tinha 15 anos e fui para a categoria sub-16, mas acabei dispensando em dezembro.

O que aconteceu?
No primeiro semestre, fui titular e jogava na minha posição. Mas aí no segundo semestre fomos disputar uma competição e não tinha lateral-direito no nosso grupo. O Raul, na época, jogava na categoria de cima. O treinador me testou na lateral e fui bem nos treinos. Mas aí no final do ano tinha meninos subindo que eram laterais de origem e acabei sendo dispensado.

Teve vontade de parar de jogar?
Fiquei chateado, queria ter continuado. Mas vida de atleta é assim, não dá certo aqui uma hora, mas não pode baixar a cabeça. Fui para o São Caetano, fiquei lá três anos e tive a chance de voltar novamente. Não podia desistir, precisava manter o foco.

Como deu sequência na carreira?
Na volta para o São Caetano, joguei a taça São Paulo de 2015. Caímos nas quartas para o Corinthians e me promoveram para jogar no profissional. No primeiro ano, fiquei só treinando, não tive oportunidades, mas fiquei no elenco. Em 2016, joguei a Série A-2 do Paulista. De 22 jogos, fiz 18 partidas e marquei dois gols. Jogava na minha posição de origem, como um meia mais adiantado.

E como veio o convite para retornar?
No ano passado, desci do profissional e fui bem na Copa São Paulo. Caímos para o Flamengo, mas o Francesco Barletta (coordenador técnico da base) estava me observando. Veio conversar comigo e me convidou para voltar. Retornei, mas machuquei o joelho no primeiro semestre e fiquei três meses parado. Não tive tanta sequência, mas joguei o Gauchão Sub-20 e a Terceirona com a transição. Mas foi no final do ano, na disputa do Brasileirão de Aspirantes, que comecei a aparecer. O César assumiu o time e mudou a formação. Passamos a ter um volante e dois meias, aí deu certo e estou tentando dar sequência.

Por que decidiu voltar?
Desde a primeira passagem, gostei do ambiente e do pessoal. Deixei muitos amigos aqui em Porto Alegre. Quando a direção do Grêmio veio conversar novamente, fui perguntar a opinião dos meus amigos, e todos me disseram para voltar. Queria vir para escrever uma nova história. Até o momento, está sendo bem escrita. Vou para o terceiro ano aqui e não posso parar, ficar estagnado. Tenho de ir cada vez melhor para permanecer por ainda mais tempo no clube.

Ansioso por garantir a permanência em definitivo?
Se eu jogar bem, será algo natural. Se me destacar nas oportunidades que receber, o Grêmio vai exercer a compra. Não sinto pressão quanto a isso. É coisa entre Grêmio e São Caetano. Meu papel é ajudar o time dentro de campo. Aí isso será algo natural.

Seu estilo de jogo casa bem o Grêmio?
Acho que sim. O Renato gosta deste estilo de jogo, que é a forma que eu atuo. Pode dar certo ou também não, mas tenho que estar preparado para quando for chamado e seguir da mesma forma que tenho desempenhado na equipe do técnico César Bueno. Nunca fui de jogo longo, dar chutão ou essas coisas. Sempre fui mais de passes curtos, jogo apoiado e com posse de bola. Ainda mais neste estilo moderno de futebol, junta tudo e facilita.

Pode atuar um pouco mais recuado?
Já joguei mais como volante. Contra o Caxias, quando saiu o Balbino e entrou o Patrick, fui recuado. Joguei como um segundo volante no Brasileirão Sub-23. Agora estou como um terceiro homem de meio, marcando como um segundo volante quando não tenho a bola. Daria certo, sim.

A falta de resultados no Gauchão aumenta a pressão sobre os meninos?
O Renato fez uma reunião com todos os jogadores, profissionais e do grupo de transição, e disse que esses primeiros jogos no Gauchão seriam um passaporte. Foi depois do jogo contra o Caxias. Reuniu todo mundo no hotel e teve essa conversa. Todos os funcionários e as comissões técnicas. Os resultados não vieram, mas o principal é o trabalho que está sendo feito. Com o nosso desempenho, eu e outros jogadores estamos aparecendo e fazendo gols. O Grêmio foi campeão no ano passado, está acostumado a ganhar. Quando entramos em campo, a torcida não quer saber se é transição ou não. Eles querem a vitória, e buscamos muito isso. Não vamos tentar loucuras ou inventar. Vamos seguir o processo normal que nos trouxe até aqui.

Você já conversou com o Renato?
Individualmente não conversamos. Mas na reunião, ele disse que iria observar todos os nossos jogos. Que seria uma oportunidade muito boa para todos nós, um passaporte. Esse ano, o Grêmio terá muitas competições e vai precisar da base. Ele disse que a oportunidade irá aparecer, mas que não será ele ou o César Bueno que irá nos escalar, depende de nós mesmo aproveitamos as chances que aparecem.

Como será a partida contra o São José?
Vai ser diferente do jogo contra Avenida e o Caxias, é um partida fora de casa, mas contra um time que conhecemos bem. Fizemos vários amistosos com eles na época da base contra os profissionais deles. Será um jogo de duas equipes que querem jogar, não será aquela coisa truncada. Vamos entrar em campo sem pressão, mantendo o que estamos fazendo, que acho que assim vamos conseguir nossa primeira vitória.

Lauro Alves / Agencia RBS
Meia exibe machucados na perna da partida contra o Avenida
Lauro Alves / Agencia RBS
E a experiência de jogar no sintético?
Será ruim. Estamos acostumados a treinar e jogar na grama natural. Não vai ser desculpa ou algo assim. Mais um motivo para nos superarmos e buscarmos a nossa primeira vitória no Campeonato Gaúcho.

Quais suas impressões sobre o Gauchão?
É um jogo mais forte. Os times sabem se defender bem, com força física. Não tenho muita força, mas a gente se supera dentro de campo. Não vou disputar a bola com um cara grandão, mas tentamos nos superar em outros aspectos. Tem de ser inteligente. No jogo contra o Avenida, teve muita provocação dos zagueiros e volantes. O meu marcador era folgado. É coisa do jogo. Falam várias coisas. Chamam de juvenil, dizem pra falar baixo e só correr. Sabemos que é coisa da profissão.

Como chegar ao profissional?
Trabalho para isso. Todos os dias aqui, nos jogos, dou o máximo para ter uma oportunidade no time principal. Conheço a trajetória do Arthur aqui dentro. Cada um dos meninos da transição está buscando a sua, na sua função e posição, mas sem querer passar por cima de ninguém. É um processo natural. Se você for bem, todos vão estar olhando e novas oportunidades virão. Quero fazer parte do grupo principal e ser campeão aqui. Levantar taças, colocar faixa no peito. Isso é o desejo de todos que estão no Grêmio.




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