André Feltes / Especial
Não é novidade que os estádios dos grandes clubes brasileiros deixaram de ser populares. Com ingressos cada vez mais caros, mesmo times de boas campanhas sofrem para ver suas arquibancadas preenchidas. Neste ano, o Corinthians, campeão nacional, teve a maior média de público do país, com pouco mais de 34 mil torcedores por partida, e o valor médio do bilhete de entrada em R$ 55.
Ainda que os números apresentados pela equipe paulista sejam expressivos, é preciso salientar que a ocupação média da casa corintiana ficou em 73%. Neste ranking, ficamos em quarto no Brasil: 21 mil espectadores por jogo, ocupação média em 39% e entrada a cerca de R$ 43.
Em um país como o nosso, não é possível fazer críticas a nenhuma torcida que não consiga manter sua cancha sempre lotada. Ir ao estádio, mais do que uma demonstração de carinho com, tornou-se um gesto de poder financeiro. Ter um conforto de R$ 43 no bolso é privilégio para poucos – isso se excluirmos gastos com transporte e alimentação, por exemplo, e considerarmos que um pai de família decida ir sozinho.
Estar em uma final de Libertadores tem efeitos significativos nesta relação clube-torcedor. O quadro social aumenta, a venda de produtos licenciados dispara e o interesse de estar no estádio cresce vertiginosamente. Para muitos, o sonho de estar próximo aos jogadores do seu time de infância precisa se dar em momentos excepcionais, como grandes treinos abertos, ou, como para o torcedor gremista na noite da última segunda-feira (27), em
um aeroporto.
Mais do que transmitir boas vibrações aos atletas, o povo gremista deu um show de democracia no Salgado Filho. Ali, diferente das luxuosas arenas brasileiras, podia ir quem quisesse. A demonstração de amor era gratuita, mesmo que não houvesse jogo algum para assistir. E a festa foi enorme, como costuma ser sempre entre esta gente de tanto amor e lealdade ao maior clube do Estado.
Me encantam as fotos, vídeos e áudios dos milhares de fanáticos que dedicaram um tempo do seu dia para cantar para o continente inteiro ouvir o quão sincero era o seu amor e o seu desejo de poder ter a América inteira para si novamente.
Nesta quarta-feira, os mais sofridos serão recompensados. A espera está acabando e o destino já se desenha óbvio.
Somos (todos) do Grêmio.
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Comentários
Comentários (2)
sem palavras meu amor por ti gremio
o meu grêmio nós merecemos a instituição grêmio merece jogai por nos q cantaremos por vocês por toda vida!
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