Responsáveis diretos pela vitória gremista, Jael e Cícero se abraçam na Arena (Foto: Lucas Uebel/Grêmio)
A final da Libertadores teve um toque interessante na noite desta quarta-feira. Grêmio e Lanús carregam um estilo semelhante, de valorizar a posse de bola e jogar pelo chão. Um foi fiel até o fim dos 90 minutos. Mas saiu derrotado. No intervalo, o Tricolor resolveu se moldar à partida, ajustou sua maneira de atuar e arrancou a vantagem no 1 a 0, gol do banco de reservas, com passe de Jael e gol de Cícero em lance pelo alto, em uma dose cavalar de estrela de Renato Gaúcho.
O Lanús já havia repetido a postura contra o River Plate, no primeiro jogo da semifinal. Ficou mais recuado, deu espaço ao time maior e se defendeu. Contra o Grêmio, isso ocorreu só no segundo tempo. Não foi o suficiente, mas a vantagem é a mesma obtida pelo time de Marcelo Gallardo na semi. Nada que traga maus presságios, entretanto – no jogo da volta, o Lanús virou mesmo após ver o River abrir 2 a 0 no estádio La Fortaleza.
"A vantagem é do Grêmio. Até o empate nos dá o título. E 1 a 0 vai para a prorrogação. Eles têm a força da torcida, vão jogar em casa. Mas é o Grêmio que estará lá. Não é o River Plate". (Renato Gaúcho)
O primeiro tempo gremista não foi bom. O Lanús só surpreendeu quem não havia se atentado à sua identidade. O time de Jorge Almirón foi exatamente o que vinha sendo nos últimos jogos. Dominou o Tricolor e levou perigo pelo lado de Cortez. Alejandro Silva teve vantagem por ali e acionou Martínez, aos 33 minutos, mas Marcelo Grohe apareceu pela primeira vez. Depois, o goleiro ainda faria defesaça em cabeçada de Braghieri, outra para marcar a campanha da Libertadores. Os gremistas tiveram paciência para girar a bola, mas foram burocráticos. Passes para o lado, lentos, sem romper a defesa rival.
- É decisão, jogo difícil, de paciênca, de tentar fazer o melhor. Fizemos um grande segundo tempo, fomos merecedores, eles não deram um chute no nosso gol. Nos confrontos diretos, demos tudo. Agora é tentar descansar o máximo para o jogo da volta - comentou o lateral Edílson.
Mapas de calor mostram diferença do Grêmio entre os tempos (Foto: Reprodução / Conmebol)
Faltava ao Grêmio agressividade. Fernandinho e Barrios, duas peças fundamentais, não estiveram em boa noite, embora o centroavante tenha criado pelo menos duas oportunidades do time entrar na área do rival a partir de pivôs. Luan recuava muito para auxiliar Arthur por conta da marcação dedicada dos gringos e acabou o primeiro tempo também apagado. O apito soou como uma espécie de alívio coletivo pelo 0 a 0.
A receita foi arriscar no segundo tempo. Não só ao avançar o time. Mas em um ajuste no modelo de jogo. O Grêmio levantou a bola 23 vezes na área de Andrada durante o jogo - 13 na primeira etapa. Muitas delas acabaram nas mãos do goleiro do Lanús. Uma delas, porém, encontrou a cabeça de Jael. E o pé esquerdo de Cícero desviou-a para as redes. As peças no tabuleiro mudaram, mas se mostraram mais adaptadas ao que o jogo pedia.
- Jogador não precisa sair jogando. Não importa o tempo que jogará. Tem que fazer a diferença. Não adianta ser mais um. Eles veem o que ocorre. O Cícero e o Jael têm uma bola aérea muito boa. O Jael ajeitou, o Cícero entrou. Coloquei e falei para ele (Cícero) entrar na área. Ele fez muitos gols jogando comigo. Estava a nosso favor e fez o que sabe - analisou Renato sobre as trocas.
Cícero comemora se gol com a torcida (Foto: Diego Guichard)
A dupla deixou o banco de reservas para referendar o apelo às jogadas aéreas a fim de ter pelo menos uma vantagem na Argentina. Pelo chão, o Grêmio não ameaçou Andrada. O que pode ser uma preocupação para a volta, na próxima quarta. Mas o Tricolor foi prático, como Renato. A estrela do treinador apontou duas apostas pessoais, Jael e Cícero, como responsáveis diretos pelo 1 a 0.
Jael entrou elétrico, brigou com os zagueiros, pressionou mais. E tem uma jogada aérea mais marcante que Barrios. Ainda sofreu o tão reclamado pênalti no fim do jogo. Cícero foi colocado como volante, ao lado de Arthur. Deu mais qualidade na posse de bola e presença ofensiva.
O segundo tempo também mostrou alguns ajustes táticos. Arthur participou mais ativamente da marcação adiantada, abrindo mão da cobertura. Os zagueiros, segundo o treinador, foram orientados a ficar no mano a mano. E levaram a melhor em todos os lances. Com Marcone vigiado de perto por Ramiro ou Arthur, o Lanús viu sua saída travar. Grohe sequer foi exigido. A postura e a marcação fizeram o Grêmio dominar o jogo. Mais uma das razões para a vitória em uma final de Libertadores. Resta agora esperar os próximos 90 minutos.
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O Lanús já havia repetido a postura contra o River Plate, no primeiro jogo da semifinal. Ficou mais recuado, deu espaço ao time maior e se defendeu. Contra o Grêmio, isso ocorreu só no segundo tempo. Não foi o suficiente, mas a vantagem é a mesma obtida pelo time de Marcelo Gallardo na semi. Nada que traga maus presságios, entretanto – no jogo da volta, o Lanús virou mesmo após ver o River abrir 2 a 0 no estádio La Fortaleza.
"A vantagem é do Grêmio. Até o empate nos dá o título. E 1 a 0 vai para a prorrogação. Eles têm a força da torcida, vão jogar em casa. Mas é o Grêmio que estará lá. Não é o River Plate". (Renato Gaúcho)
O primeiro tempo gremista não foi bom. O Lanús só surpreendeu quem não havia se atentado à sua identidade. O time de Jorge Almirón foi exatamente o que vinha sendo nos últimos jogos. Dominou o Tricolor e levou perigo pelo lado de Cortez. Alejandro Silva teve vantagem por ali e acionou Martínez, aos 33 minutos, mas Marcelo Grohe apareceu pela primeira vez. Depois, o goleiro ainda faria defesaça em cabeçada de Braghieri, outra para marcar a campanha da Libertadores. Os gremistas tiveram paciência para girar a bola, mas foram burocráticos. Passes para o lado, lentos, sem romper a defesa rival.
- É decisão, jogo difícil, de paciênca, de tentar fazer o melhor. Fizemos um grande segundo tempo, fomos merecedores, eles não deram um chute no nosso gol. Nos confrontos diretos, demos tudo. Agora é tentar descansar o máximo para o jogo da volta - comentou o lateral Edílson.
Mapas de calor mostram diferença do Grêmio entre os tempos (Foto: Reprodução / Conmebol)Faltava ao Grêmio agressividade. Fernandinho e Barrios, duas peças fundamentais, não estiveram em boa noite, embora o centroavante tenha criado pelo menos duas oportunidades do time entrar na área do rival a partir de pivôs. Luan recuava muito para auxiliar Arthur por conta da marcação dedicada dos gringos e acabou o primeiro tempo também apagado. O apito soou como uma espécie de alívio coletivo pelo 0 a 0.
A receita foi arriscar no segundo tempo. Não só ao avançar o time. Mas em um ajuste no modelo de jogo. O Grêmio levantou a bola 23 vezes na área de Andrada durante o jogo - 13 na primeira etapa. Muitas delas acabaram nas mãos do goleiro do Lanús. Uma delas, porém, encontrou a cabeça de Jael. E o pé esquerdo de Cícero desviou-a para as redes. As peças no tabuleiro mudaram, mas se mostraram mais adaptadas ao que o jogo pedia.
- Jogador não precisa sair jogando. Não importa o tempo que jogará. Tem que fazer a diferença. Não adianta ser mais um. Eles veem o que ocorre. O Cícero e o Jael têm uma bola aérea muito boa. O Jael ajeitou, o Cícero entrou. Coloquei e falei para ele (Cícero) entrar na área. Ele fez muitos gols jogando comigo. Estava a nosso favor e fez o que sabe - analisou Renato sobre as trocas.
Cícero comemora se gol com a torcida (Foto: Diego Guichard)A dupla deixou o banco de reservas para referendar o apelo às jogadas aéreas a fim de ter pelo menos uma vantagem na Argentina. Pelo chão, o Grêmio não ameaçou Andrada. O que pode ser uma preocupação para a volta, na próxima quarta. Mas o Tricolor foi prático, como Renato. A estrela do treinador apontou duas apostas pessoais, Jael e Cícero, como responsáveis diretos pelo 1 a 0.
Jael entrou elétrico, brigou com os zagueiros, pressionou mais. E tem uma jogada aérea mais marcante que Barrios. Ainda sofreu o tão reclamado pênalti no fim do jogo. Cícero foi colocado como volante, ao lado de Arthur. Deu mais qualidade na posse de bola e presença ofensiva.
O segundo tempo também mostrou alguns ajustes táticos. Arthur participou mais ativamente da marcação adiantada, abrindo mão da cobertura. Os zagueiros, segundo o treinador, foram orientados a ficar no mano a mano. E levaram a melhor em todos os lances. Com Marcone vigiado de perto por Ramiro ou Arthur, o Lanús viu sua saída travar. Grohe sequer foi exigido. A postura e a marcação fizeram o Grêmio dominar o jogo. Mais uma das razões para a vitória em uma final de Libertadores. Resta agora esperar os próximos 90 minutos.
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