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Arma de Felipão em 1995, bola aérea falha e Grêmio não marca de cabeça

Dos 18 gols marcados pelo Tricolor no Brasileirão, nenhum foi anotado em cabeçadas. Técnico tem trabalhado o fundamento nos treinamentos


Fonte: Globo Esporte

Arma de Felipão em 1995, bola aérea falha e Grêmio não marca de cabeça
Cabeçadas foram treinadas por Felipão nesta sexta-feira (Foto: Lucas Uebel/Grêmio)

O "estilo Felipão" moldou a série de quatro vitórias do Grêmio no Brasileirão. Em especial nas duas últimas partidas, quando o Tricolor buscou os triunfos já nos acréscimos da segunda etapa, com gols de Luan, diante do Flamengo, e de Barcos, contra o Atlético-PR. A equipe incorporou o espírito de raça pedido pelo comandante. Demonstra inconformismo e luta até o fim para buscar os resultados. Postura que remete ao ano de 1995, quando Scolari levou o Grêmio ao bicampeonato da Libertadores e exigia o mesmo empenho. Uma característica, porém, difere as duas campanhas: os gols anotados de cabeça e o aproveitamento nas bolas aéreas.

O fundamento, trunfo dos gremistas nos anos 90 com Arce, Carlos Miguel e Paulo Nunes como fornecedores exímios para a frieza de Jardel ao colocar a bola nas redes, vive fase de escassez na atual equipe de Felipão. Após 20 rodadas no Brasileirão, o Tricolor anotou 18 gols. Nenhum deles teve origem em golpes de cabeça. Uma marca que se explica nos números.

A equipe é a quarta que menos cabeceia na competição. Foram apenas 27 cabeçadas - o Cruzeiro, líder no quesito, tem 71. Os levantamentos em direção à área também não são constantes. Foram 248, enquanto a Raposa teve quase 100 a mais, 338.

Outra arma que o Tricolor não tem aproveitado são os escanteios. Nenhum gol foi marcado nas 111 cobranças executadas pelos gremistas no nacional. Em contrapartida, o Grêmio é quem mais chuta no Brasileirão, com 194 finalizações.

Cruzamentos também foram exercitados (Foto: Eduardo Deconto/GloboEsporte.com)

O retrospecto nas jogadas aéreas é baixo mesmo diante da boa estatura de alguns jogadores da equipe, como os zagueiros Pedro Geromel e Rhodolfo, o volante Walace e o atacante Barcos. Por outro lado, os gremistas admitem que precisam dar mais atenção e qualidade a cruzamentos e à bola parada.
- O Felipão nos cobra muito. A gente tem um time grande, mas não tem aproveitado as oportunidades que estamos tendo. A gente bate o escanteio e a falta de uma maneira que a gente não consegue aproveitar. Temos que caprichar mais para que nossos zagueiros, o Walace e o Barcos aproveitem essa qualidade que a gente tem - analisa o volante Fellipe Bastos.

Fundamento é treinado

Além de cobrar, Scolari também trabalha os fundamentos. No treino desta sexta-feira, no Estádio Olímpico, o treinador comandou uma atividade de cruzamentos e finalizações de cabeça e foi participativo. Atuou como zagueiro para dificultar a passagem dos pontas, em meio a orientações sobre a maneira que deseja ver os levantamento e até mesmo sobre o jeito de bater na bola.

O próximo teste para ver se os trabalhos trarão resultados será às 18h30 de domingo, quando o Grêmio enfrenta o Atlético-MG, no Estádio Independência, pela 21ª rodada do Brasileirão. De olho no G-4, o Tricolor ocupa a 5ª posição na tabela, com 34 pontos - mesma pontuação do Inter, quarto colocado.

Felipão atuou de zagueiro durante a atividade (Foto: Eduardo Deconto/GloboEsporte.com)


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26/4/2024