Torcedor admite à polícia que estava na Geral, mas nega ofensas a Aranha

Torcedor Rodrigo presta depoimento à polícia nesta terça (Foto: Tatiana Lopes/GloboEsporte.com)

Assim como o primeiro torcedor do Grêmio que depôs na manhã desta terça-feira em Porto Alegre, o segundo, Rodrigo Rychter, 19 anos, também negou que tenha dirigido palavras ou gestos ofensivos ao goleiro Aranha na partida contra o Santos. Entretanto, confirmou que estava no espaço de arquibancadas atrás do gol, local onde fica a torcida Geral, que foi suspensa pela direção do Grêmio.

Rodrigo chegou pouco antes das 10h à delegacia, horário marcado para o depoimento. A oitiva com o delegado demorou mais de uma hora. Ao sair, foi curto nas respostas à imprensa.

- O depoimento já foi dado e ficou esclarecido que eu não tenho participação - declarou, ao mesmo tempo que se dirigia à porta de saída da delegacia.

Apesar de informar que estava no setor destinado à torcida Geral do Grêmio, Rodrigo afirma que não faz parte da organizada.

- Não sou integrante, só assisti ao jogo dali.

Ainda de acordo com o torcedor, ele não indicou mais nenhum nome à polícia. Apenas prestou seus esclarecimentos. E mesmo que tenha negado participação nas ofensas raciais, continua sendo investigado como suspeito de injúria racial. As imagens das câmeras de televisão e de segurança da Arena continuam sendo examinadas, assim como testemunhas são ouvidas.

Rodrigo também acrescentou que não concorda com pessoas que gritam "macaco" ou outras palavras do tipo no estádio:

- É errado isso - sintetizou, para completar: - Não xinguei ele em nenhum momento.

Antes de Rodrigo, Tiago de Oliveira prestou depoimento. Ele alegou ter sido confundido com outro torcedor. Na quinta, Patrícia Moreira, flagrada pelas câmeras gritando macaco, será ouvida na delegacia.

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