Jean Pyerre é meia "clássico" e pifador (Foto: Rodrigo Fatturi/Divulgação Grêmio)
Jean Pyerre domina a bola e a conduz com carinho, entre passadas largas e cabeça erguida. Do alto de seu 1m87cm, o jovem vislumbra o jogo e analisa suas opções com visão apurada, sempre em busca do passe milimétrico e fatal. O trato refinado é típico de um meia clássico, com técnica de sobra. Seja para dar vazão à verve "pifadora" e à predileção de servir os companheiros, ou para encantar a todos que o acompanham no Grêmio. E desde muito cedo, já aos 9 anos, quando chegou para ser lapidado como uma joia que reluz com o "DNA" do Tricolor.
O garoto de 18 anos que passou metade de sua vida nos centros de treinamento do Cristal e de Eldorado do Sul é meia de vocação ofensiva. Mas não espere gols em abundância ou arrancadas fulminantes área adentro. Inspirado em Ronaldinho Gaúcho e Iniesta, Jean Pyerre atua como um "camisa 8", com vocação para organizar as investidas ao ataque. Quem o acompanha de perto garante: sempre se destacou pela qualidade de passe longo e de média distância e na bola parada, com o pé direito. E o próprio pupilo chancela as opiniões, com personalidade.
– Eu sou um meia clássico. Gosto de jogar bastante com a bola no pé, com um bom passe e finalização boa. Sou bastante técnico e gosto de fazer a bola correr. Eu prefiro dar uma pifada do que fazer gol – afirma o jovem.
Atualmente, Jean faz parte do elenco de transição, espécie de time B idealizado por Roger Machado para dar rodagem aos garotos. Com o antigo treinador, o jovem era figura constante em treinamentos do time principal e já teve alguns contatos incipientes com Renato Gaúcho. Ambicioso, almeja uma promoção ainda em 2017, mas também se resguarda de paciência para evitar a queima de etapas em seu desenvolvimento.
Após participar dos torneios regionais do segundo semestre e da Copa RS Sub-20, o meia embarca neste domingo para a disputa da Copa São Paulo de Futebol Júnior. Seu contrato com o Grêmio se encerra em setembro de 2017, mas o jovem mantém tratativas para ampliar vínculo.
– Ele estava na equipe de transição, disputou a Copa RS e, ao final, se apresentou para a nossa categoria. Tem se mostrado um jogador de técnica refinadíssima, passada larga, movimentação interessante e visão de jogo. É um meia que vem de trás, não é meia-atacante, que chega à área. Tem muita qualidade de passe, mas é um pouco cedo. Ainda precisa ganhar mais peso – avalia o técnico da categoria sub-20 Beto Almeida.
"DNA" TRICOLOR E PARCERIA COM LINCOLN
Jean Pyerre deu os primeiros passos no esporte no extinto RS Futebol, em Alvorada, onde vive com os pais, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Com destaque desde cedo, despertou a atenção do Grêmio e se transferiu ao Tricolor aos 9 anos de idade. E logo deixou deslumbrados treinadores e dirigentes azuis.
Em sua trajetória de nove anos na base gremista, o garoto, com todos seus predicados, sempre puxou a fila da categoria e despontou como um dos atletas mais promissores da categoria 1998. "Rivalizava" apenas com o amigo Lincoln. Jean atuava pela direita, e o parceiro, canhoto, pela esquerda. Lado a lado, a dupla atraiu os olhares dentro do clube. Juntos, foram convocados para a Seleção sub-17, em 2014. A parceria só se desfez com a promoção prematura do colega ao profissional.
– A gente sempre foi muito amigo. Às vezes, eu pergunto como que é lá, se tem muita diferença. O Lincoln diz que não é tão diferente assim. Só que os caras são mais experientes, têm mais consciência. Nós ainda estamos em formação – relata Jean.
Lincoln "subiu", mas Jean seguiu em seu processo de formação no Tricolor, com o "DNA" do clube arraigado em suas veias. Na categoria infantil, sofreu com a maturação tardia, mas a técnica sobressaiu, e a resposta veio no sub-17, em que viveu um ano acima da média, com a conquista do Gauchão da categoria, em 2015.
INCENTIVO DO CAPITÃO E ATÉ DA MÃE
Em meio a tanto talento, Jean Pyerre também convive com uma dificuldade em sua trajetória no Grêmio: ganhar peso. O garoto tem um plano especial delineado pelo Tricolor para ganhar massa muscular antes de integrar o elenco profissional. Com 1,87m, o jovem pesa 70kg e tem como meta ganhar cinco quilos.
A boa estatura e o metabolismo acelerado vêm de família. Assim como a predileção para o futebol. O pai, Eduardo, mede 1,95m.
O irmão mais novo, José Carlos, de 14 anos, também atua no Grêmio.
Cabe à mãe regrar a alimentação do filho. Luciana Casagrande fica "em cima" para que ele cumpra à risca a dieta estabelecida pelo clube. O zelo vem desde cedo, quando dividia os encargos como comerciária para levar os irmãos de ônibus aos campos do Cristal. Ao lado do marido, também garantia assiduidade nos estudos. Jean concluiu o Ensino Médio no ano passado. Com os compromissos pelo Grêmio, adiou o ingresso na universidade, que ainda está nos planos, até por uma iniciativa do próprio clube.
– Eu tenho muito orgulho dos dois (filhos) desde sempre. O Jean começou aos cinco anos, depois foi para o Grêmio. A gente saía de Alvorada e levava no Cristal, sempre acompanhando. Hoje em dia, o pequeno dá um pouco mais de trabalho. O Jean tem que puxar um pouco na questão da massa, ficar mais em cima. É bem alto. Ele se alimenta, mas vai para o treino e elimina tudo. A gente fica feliz quando está tudo feliz. Quando vem a tristeza, a gente ajuda a levantar – garante Luciana.
Em sua saga para ganhar peso e deslanchar pelo Grêmio, Jean tem o apoio de dois "cascudos" do time principal. Nos treinamentos que participou ocasionalmente em 2016, o garoto já ouviu o incentivo de Douglas, pifador como ele, acerca de seu talento. O capitão Maicon também o encheu de elogios pela parte técnica, mas também fez uma cobrança: se "puxar" para ganhar massa e subir para o profissional.
COMO ESTÁ A JOIA 2016
Inspirado em Kaká, Felipe Tontini viveu um 2016 de ostracismo no Grêmio e passou longe de concretizar seu desejo de "surpreender" como protagonista do clube ao longo da temporada. Alçado ao grupo principal por Roger Machado ainda em janeiro, o meia só esteve em campo em duas partidas pelo Tricolor – ambas pelo Gauchão, após deixar o banco de reservas. De resto, atuou em algumas competições estaduais ao longo do segundo semestre. Com a manutenção do grupo para 2017 e a projeção da chegada de reforços para o setor ofensivo, a tendência é de que siga com pouco espaço no grupo de Renato Gaúcho.
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– Eu sou um meia clássico. Gosto de jogar bastante com a bola no pé, com um bom passe e finalização boa. Sou bastante técnico e gosto de fazer a bola correr. Eu prefiro dar uma pifada do que fazer gol – afirma o jovem.
Atualmente, Jean faz parte do elenco de transição, espécie de time B idealizado por Roger Machado para dar rodagem aos garotos. Com o antigo treinador, o jovem era figura constante em treinamentos do time principal e já teve alguns contatos incipientes com Renato Gaúcho. Ambicioso, almeja uma promoção ainda em 2017, mas também se resguarda de paciência para evitar a queima de etapas em seu desenvolvimento.
Após participar dos torneios regionais do segundo semestre e da Copa RS Sub-20, o meia embarca neste domingo para a disputa da Copa São Paulo de Futebol Júnior. Seu contrato com o Grêmio se encerra em setembro de 2017, mas o jovem mantém tratativas para ampliar vínculo.
– Ele estava na equipe de transição, disputou a Copa RS e, ao final, se apresentou para a nossa categoria. Tem se mostrado um jogador de técnica refinadíssima, passada larga, movimentação interessante e visão de jogo. É um meia que vem de trás, não é meia-atacante, que chega à área. Tem muita qualidade de passe, mas é um pouco cedo. Ainda precisa ganhar mais peso – avalia o técnico da categoria sub-20 Beto Almeida.
"DNA" TRICOLOR E PARCERIA COM LINCOLN
Jean Pyerre deu os primeiros passos no esporte no extinto RS Futebol, em Alvorada, onde vive com os pais, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Com destaque desde cedo, despertou a atenção do Grêmio e se transferiu ao Tricolor aos 9 anos de idade. E logo deixou deslumbrados treinadores e dirigentes azuis.
Em sua trajetória de nove anos na base gremista, o garoto, com todos seus predicados, sempre puxou a fila da categoria e despontou como um dos atletas mais promissores da categoria 1998. "Rivalizava" apenas com o amigo Lincoln. Jean atuava pela direita, e o parceiro, canhoto, pela esquerda. Lado a lado, a dupla atraiu os olhares dentro do clube. Juntos, foram convocados para a Seleção sub-17, em 2014. A parceria só se desfez com a promoção prematura do colega ao profissional.
– A gente sempre foi muito amigo. Às vezes, eu pergunto como que é lá, se tem muita diferença. O Lincoln diz que não é tão diferente assim. Só que os caras são mais experientes, têm mais consciência. Nós ainda estamos em formação – relata Jean.
Lincoln "subiu", mas Jean seguiu em seu processo de formação no Tricolor, com o "DNA" do clube arraigado em suas veias. Na categoria infantil, sofreu com a maturação tardia, mas a técnica sobressaiu, e a resposta veio no sub-17, em que viveu um ano acima da média, com a conquista do Gauchão da categoria, em 2015.
INCENTIVO DO CAPITÃO E ATÉ DA MÃE
Em meio a tanto talento, Jean Pyerre também convive com uma dificuldade em sua trajetória no Grêmio: ganhar peso. O garoto tem um plano especial delineado pelo Tricolor para ganhar massa muscular antes de integrar o elenco profissional. Com 1,87m, o jovem pesa 70kg e tem como meta ganhar cinco quilos.
A boa estatura e o metabolismo acelerado vêm de família. Assim como a predileção para o futebol. O pai, Eduardo, mede 1,95m.
O irmão mais novo, José Carlos, de 14 anos, também atua no Grêmio.
Cabe à mãe regrar a alimentação do filho. Luciana Casagrande fica "em cima" para que ele cumpra à risca a dieta estabelecida pelo clube. O zelo vem desde cedo, quando dividia os encargos como comerciária para levar os irmãos de ônibus aos campos do Cristal. Ao lado do marido, também garantia assiduidade nos estudos. Jean concluiu o Ensino Médio no ano passado. Com os compromissos pelo Grêmio, adiou o ingresso na universidade, que ainda está nos planos, até por uma iniciativa do próprio clube.
– Eu tenho muito orgulho dos dois (filhos) desde sempre. O Jean começou aos cinco anos, depois foi para o Grêmio. A gente saía de Alvorada e levava no Cristal, sempre acompanhando. Hoje em dia, o pequeno dá um pouco mais de trabalho. O Jean tem que puxar um pouco na questão da massa, ficar mais em cima. É bem alto. Ele se alimenta, mas vai para o treino e elimina tudo. A gente fica feliz quando está tudo feliz. Quando vem a tristeza, a gente ajuda a levantar – garante Luciana.
Em sua saga para ganhar peso e deslanchar pelo Grêmio, Jean tem o apoio de dois "cascudos" do time principal. Nos treinamentos que participou ocasionalmente em 2016, o garoto já ouviu o incentivo de Douglas, pifador como ele, acerca de seu talento. O capitão Maicon também o encheu de elogios pela parte técnica, mas também fez uma cobrança: se "puxar" para ganhar massa e subir para o profissional.
COMO ESTÁ A JOIA 2016
Inspirado em Kaká, Felipe Tontini viveu um 2016 de ostracismo no Grêmio e passou longe de concretizar seu desejo de "surpreender" como protagonista do clube ao longo da temporada. Alçado ao grupo principal por Roger Machado ainda em janeiro, o meia só esteve em campo em duas partidas pelo Tricolor – ambas pelo Gauchão, após deixar o banco de reservas. De resto, atuou em algumas competições estaduais ao longo do segundo semestre. Com a manutenção do grupo para 2017 e a projeção da chegada de reforços para o setor ofensivo, a tendência é de que siga com pouco espaço no grupo de Renato Gaúcho.
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