Grêmio vê logística facilitada e reduz distância no grupo da Libertadores

Presidente Romildo Bolzan vê logística "facilitada" (Foto: Amanda Kestelman/GloboEsporte.com)

O discurso exala cautela, mesmo em meio a um grupo sem rivais de maior protagonismo no cenário da América do Sul. Mas o Grêmio vê pontos positivos a celebrar na logística que irá traçar para percorrer os caminhos do Grupo 8 da Libertadores. Em sua 17ª participação no torneio continental, o Tricolor escapou da altitude e depara apenas com um deslocamento mais longo desde Porto Alegre para cumprir seus compromissos na chave. Inclusive, reduz quase pela metade a distância, numa comparação aos rivais em 2016.

O sorteio realizado em cerimônia na sede da Conmebol, no Paraguai, colocou na rota dos gremistas o Guaraní, do Paraguai, o Deportes Iquique, do Chile, e o Zamora, da Venezuela. Ao todo, o Tricolor irá percorrer um total de 15.524 quilômetros em linha reta, levando-se em conta os trajetos de ida e volta às partidas. O número corresponde a pouco mais da metade dos 25.558 quilômetros que teve de viajar para os confrontos com Toluca, no México, LDU, em Quito, no Equador, e San Lorenzo, em Buenos Aires, na Argentina.

Além disso, o Tricolor escapa dos duelos da altitude. Em 2016, os mexicanos e os equatorianos receberam os gremistas em confrontos em estádios situados bem acima do nível do mar. Na próxima edição da competição, os comandados de Renato Gaúcho percorrerão 1.644 na quilômetros na viagem de ida e volta a Assunção, no Paraguai, e 4.3674 km, até Iquique, no Chile. O maior deslocamento será até a Venezuela, em que a distância chegará a um total de 9.506 km até Barinas.

– A única coisa que nos facilita é a logística, a não ser ir para a Venezuela, que é mais longa, não teremos a dificuldade de interferência externa como por exemplo sofrer com adaptação fisiológica por conta da altitude. Não tendo isso, já é um grande acréscimo. O resto, não tem adversário teoricamente mais fácil. Eu vou repetir. Tem que fazer por ti mesmo. Jogar na Venezuela é difícil, aqui é difícil, eu trabalho com esse raciocínio – avalia o presidente Romildo Bolzan.

Grêmio pode ser o segundo que menos viaja entre Brasileiros

O roteiro gremista pela América apresenta vantagens em uma comparação com quase todos os outros brasileiros – o levantamento feito pelo GloboEsporte.com não leva em conta Atlético-PR e Botafogo, que ainda disputam as fases iniciais da Libertadores. Ainda é preciso aguardar as definições de todos as oito chaves, mas o Tricolor pode ser o segundo clube tupiniquim que menos viaja na fase de grupos (clique aqui e confira todos os grupos).

Até o momento, apenas a Chapecoense e o Atlético-MG têm todos seus três rivais definidos, além do próprio Grêmio. Os mineiros devem percorrer um total de 17.648 quilômetros na primeira fase. A Chape, por sua vez, tem um percurso menor, de 13.218, entre ida e volta.

Palmeiras, Santos e Flamengo, porém, ainda dependem dos confrontos das frases preliminares para conhecer todos seus rivais. Com duelos em Bogotá e em Lima, o Peixe percorrerá 15.762 quilômetros, mesmo sem conhecer seu terceiro adversário. Já o Verdão pode viajar 11.222 km caso o Atlético Tucumán, da Argentina, entre na sua chave, ou até 17.248 km se tiver de enfrentar o Junior.

O Fla também terá maior distância que o Tricolor, a não ser que enfrente o Atlético-PR. Se o Furacão entrar no grupo, o percurso será de 11.126 quilômetros.

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