Montagem sobre fotos de Diego Andréa Graiz / Agência RBS / Agência RBS
A tragédia que resultou em 71 mortos após a queda do avião que levava jogadores da Chapecoense, jornalistas e tripulantes à Colômbia na madrugada da última terça-feira, deu destaque para as condições de viagens dos clubes de futebol, principalmente os voos fretados.
Enquanto uma investigação ainda irá determinar se a empresa responsável pela condução do grupo é responsável por uma pane seca, o avião ficou sem combustível e energia elétrica, a queda fatal nos arredores de Medellín serve de alerta sobre o tema.
Com jogos de Libertadores, Sul-Americana e uma rotina constante de viagens para toda a América do Sul, a dupla Gre-Nal mantém profissionais dedicados especialmente à logística em seus quadros de funcionários. Mesmo que cada clube adote um modelo diferente — o Grêmio usa os serviços de uma agência de viagens e o Inter trata diretamente com as empresas de aviação para organizar os seus voos fretados —, os procedimentos são muito parecidos.
Uso de aviões de grandes empresas, preferencialmente brasileiras, e pesquisa do histórico das prestadoras de serviços são as duas principais regras para garantir a segurança de suas delegações, e também da 1,5 tonelada de equipamentos e materiais que são utilizados na preparação para as partidas.
Um voo charter, o mesmo que fretado, é, normalmente, a segunda opção dos clubes por uma questão econômica. Jogos de primeira fase da Libertadores, que têm suas datas divulgadas com bastante antecêndencia, por exemplo, costumam ser feitos nas linhas comerciais.
Mas nas fases eliminatórias das competições, quando os clubes têm apenas uma ou duas semanas para preparar todo o translado de mais de 30 pessoas envolvidas no dia a dia de uma equipe, aí é mais fácil fretar uma aeronave.
O processo de escolha da forma de viagem é iniciado com a comissão técnica. A preferência é atender aos pedidos de programação de treinamentos, repouso e alimentação. Após receber estas informações, o pessoal da logística entra em campo.
Quando a programação não se encaixa com os voos regulares das companhias, os clubes iniciam a pesquisa de preço para fretar uma aeronave. No mercado, o custo médio fica entre R$ 25 mil e RS 35 mil por hora de voo.
— Todos os voos que fretamos, sempre é de alguma companhia grande. A agência que utilizamos é uma empresa grande no mercado, então se relaciona com grandes. Eles fazem o levantamento de opções e nos passam as cotações.
A nossa direção é quem faz a escolha e dá a palavra final — comenta Marcelo Rudolph, responsável pela logística no Grêmio.
A Aerotur, empresa parceira do clube, é quem faz a consulta de horários, valores e histórico das empresas, e apresenta a Rudolph. Mesmo importante, a questão financeira é apenas uma das variáveis consultadas.
— Muita gente pensa que fretar um voo é fácil, mas é mais caro e complicado. Como o investimento para o clube de futebol não depende de tempo, é mais negócio mesmo que seja até cinco vezes mais caro.
Além de valores e disponibilidade, nós também fazemos a pesquisa prévia das questões de histórico de segurança. A oferta de empresas que realizam a locação de voos é é escassa na América do Sul, mas é boa — garante Maurício Feijó, diretor da agência.
No caso do Inter, que também já trabalhou neste modelo, o clube negocia diretamente com as companhias aéreas o aluguel quando deseja fretar um voo. Adriano Loss, supervisor de logística, elogiou a qualidade do serviço oferecido no Brasil e garantiu que o nível de segurança é um dos pontos fortes do modelo:
— Preferimos usar empresas brasileiras, é mais fácil de tratar. Temos certeza sobre as questões da aeronave, que sempre estão em movimentação e passam por uma fiscalização muito rigorosa.
Um dos 71 mortos no voo que levava a delegação da Chapecoense à Colômbia era Emerson DiDomênico, o Chinho, que atuava como o supervisor de logística. Ele fazia a escolha das opções de voos e encaminhava para um agência de turismo fazer a compra das passagens.
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Com jogos de Libertadores, Sul-Americana e uma rotina constante de viagens para toda a América do Sul, a dupla Gre-Nal mantém profissionais dedicados especialmente à logística em seus quadros de funcionários. Mesmo que cada clube adote um modelo diferente — o Grêmio usa os serviços de uma agência de viagens e o Inter trata diretamente com as empresas de aviação para organizar os seus voos fretados —, os procedimentos são muito parecidos.
Uso de aviões de grandes empresas, preferencialmente brasileiras, e pesquisa do histórico das prestadoras de serviços são as duas principais regras para garantir a segurança de suas delegações, e também da 1,5 tonelada de equipamentos e materiais que são utilizados na preparação para as partidas.
Um voo charter, o mesmo que fretado, é, normalmente, a segunda opção dos clubes por uma questão econômica. Jogos de primeira fase da Libertadores, que têm suas datas divulgadas com bastante antecêndencia, por exemplo, costumam ser feitos nas linhas comerciais.
Mas nas fases eliminatórias das competições, quando os clubes têm apenas uma ou duas semanas para preparar todo o translado de mais de 30 pessoas envolvidas no dia a dia de uma equipe, aí é mais fácil fretar uma aeronave.
O processo de escolha da forma de viagem é iniciado com a comissão técnica. A preferência é atender aos pedidos de programação de treinamentos, repouso e alimentação. Após receber estas informações, o pessoal da logística entra em campo.
Quando a programação não se encaixa com os voos regulares das companhias, os clubes iniciam a pesquisa de preço para fretar uma aeronave. No mercado, o custo médio fica entre R$ 25 mil e RS 35 mil por hora de voo.
— Todos os voos que fretamos, sempre é de alguma companhia grande. A agência que utilizamos é uma empresa grande no mercado, então se relaciona com grandes. Eles fazem o levantamento de opções e nos passam as cotações.
A nossa direção é quem faz a escolha e dá a palavra final — comenta Marcelo Rudolph, responsável pela logística no Grêmio.
A Aerotur, empresa parceira do clube, é quem faz a consulta de horários, valores e histórico das empresas, e apresenta a Rudolph. Mesmo importante, a questão financeira é apenas uma das variáveis consultadas.
— Muita gente pensa que fretar um voo é fácil, mas é mais caro e complicado. Como o investimento para o clube de futebol não depende de tempo, é mais negócio mesmo que seja até cinco vezes mais caro.
Além de valores e disponibilidade, nós também fazemos a pesquisa prévia das questões de histórico de segurança. A oferta de empresas que realizam a locação de voos é é escassa na América do Sul, mas é boa — garante Maurício Feijó, diretor da agência.
No caso do Inter, que também já trabalhou neste modelo, o clube negocia diretamente com as companhias aéreas o aluguel quando deseja fretar um voo. Adriano Loss, supervisor de logística, elogiou a qualidade do serviço oferecido no Brasil e garantiu que o nível de segurança é um dos pontos fortes do modelo:
— Preferimos usar empresas brasileiras, é mais fácil de tratar. Temos certeza sobre as questões da aeronave, que sempre estão em movimentação e passam por uma fiscalização muito rigorosa.
Um dos 71 mortos no voo que levava a delegação da Chapecoense à Colômbia era Emerson DiDomênico, o Chinho, que atuava como o supervisor de logística. Ele fazia a escolha das opções de voos e encaminhava para um agência de turismo fazer a compra das passagens.
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