Retirar materiais da torcida como forma de punição é de uma imaturidade gigantesca
O Juizado do Torcedor, em tese, foi criado para que magistrados pudessem focar seu trabalho em eventos esportivos e aprofundar as investigações para não fazer julgamentos genéricos e cometer injustiças. Na prática, no Rio Grande do Sul, não é o que está acontecendo. Ao invés de punir individualmente quem tem má conduta, as decisões estão coibindo um dos maiores patrimônios do futebol brasileiro: a festa nos estádios.
Não faz nenhum sentido proibir instrumentos musicais, bandeiras, faixas, trapos, barras, enfim, os materiais das torcidas não brigam. Como o âmbito de trabalho do Juizado do Torcedor são os eventos, especialmente os esportivos, a Promotoria e o Juiz podem investigar toda e qualquer ação de forma profunda e isso deveria fazer com que ninguém fosse punido injustamente. É assegurado pela Constituição Nacional que ninguém pode pagar pelos erros de outros. Quando alguns brigam e toda a festa na cancha é proibida, ocorre a injusta punição coletiva em detrimento da individual.
Outro fenômeno estranho que acontece é a questão da delegação das responsabilidades. Existem câmeras no entorno e no interior dos estádios, cadastro biométricos de centenas de torcedores, o papel da investigação tem que ser da Promotoria do Torcedor. No momento, o Juizado do Torcedor barganha com as torcidas e os clubes a liberação dos materiais pela delação de nomes. Quer dizer que o Juizado e a Promotoria do Torcedor não podem cumprir sua função primordial que é investigar e punir individualmente os infratores?
A festa nos estádios não tem nada que ver com confusões e brigas. Não estou dizendo que não devemos punir os que brigam e incentivam os tumultos nos estádios, mas sim que precisamos de mais maturidade na hora de punir. Em nenhum outro país do mundo, a proibição de materiais de torcidas, que engrandecem a festa, é cogitada como forma de punição. Só no Brasil. E os clubes aceitam como se fosse algo natural. E a imprensa esportiva desvaloriza o seu meio de trabalho ao não ver como essencial a festa nos estádios. A não ser que seja de torcidas estrangeiras. Neste caso eles elogiam.
Pelo pensamento do Juizado do Torcedor, a família e a segurança precisam ser preservadas nos estádios de futebol. Concordo plenamente. Então faço, humildemente, a seguinte questão. Qual punição preserva mais a segurança nos estádios? Punir individualmente os infratores ou retirar instrumentos, bandeiras, faixas, barras dos estádios? Me parece óbvio que a primeira alternativa é a resposta correta, mas aqui em Porto Alegre retirar o nome de uma torcida do estádio, ao invés dos indivíduos que brigaram, está sendo tratado como algo vital para manter a paz no futebol. O que é, sendo respeitoso, bizarro.
E a Promotoria do Torcedor e o Juizado do Torcedor deveriam ser, no mínimo, coerentes em suas acusações e punições. Querendo ser rígidos ou flexíveis, aqui nesta avaliação não é relevante, o que importa é manter os mesmos critérios no julgamento de diferentes torcidas. No Rio Grande do Sul, é óbvio que são usados pesos diferentes na hora de avaliar e julgar as torcidas de Grêmio e Inter.
Brigas e confusões nos estádios precisam ser coibidas e punidas. Mas de forma coerente e justa. Quando acontecem na torcida do Grêmio, tira-se tudo antes do fim das investigações. Bumbos, barras, bandeiras, o nome, enfim, todos os ornamentos da torcida. Para voltar os bumbos, já é um parto. Imagina o restante dos materiais? Só em outra encarnação. Isso na Arena. Quando acontecem as confusões na torcida do Internacional, como o ocorrido na última quinta-feira, jamais se pune o coletivo, sempre o individual. E os materiais da torcida são retirados do Beira Rio? Jamais. Bumbos, barras, bandeiras. No estádio do rival, a festa é sempre liberada.
Ou seja, a individualização das punições só vale para a torcida do Internacional. Em relação aos gremistas, pune-se individualmente e coletivamente. Cadê a justiça? Cadê a coerência? É preciso também que a direção do Grêmio entre neste jogo, pois a parcialidade do Juizado do Torcedor já ultrapassou todos os limites. Por um futebol onde se puna os indivíduos que brigam, nunca o coletivo e muito menos os bumbos, bandeiras, barras. A festa nunca pode ser punida. Mas este é um mundo utópico. No país em que vivemos, o ódio cego e o ranço estão sempre na frente do bom senso.
VEJA TAMBÉM
- Calote não! Grêmio rompe com a Alfabet e busca substituto imediato para estampar a camisa em 2026!
- Agora é oficial! Luís Castro chega ao Grêmio com projeto gigante e revoluciona toda a estrutura do clube!
- Felipão, portugueses e reforços fora de campo: veja a nova comissão do Grêmio
O Juizado do Torcedor, em tese, foi criado para que magistrados pudessem focar seu trabalho em eventos esportivos e aprofundar as investigações para não fazer julgamentos genéricos e cometer injustiças. Na prática, no Rio Grande do Sul, não é o que está acontecendo. Ao invés de punir individualmente quem tem má conduta, as decisões estão coibindo um dos maiores patrimônios do futebol brasileiro: a festa nos estádios.
Não faz nenhum sentido proibir instrumentos musicais, bandeiras, faixas, trapos, barras, enfim, os materiais das torcidas não brigam. Como o âmbito de trabalho do Juizado do Torcedor são os eventos, especialmente os esportivos, a Promotoria e o Juiz podem investigar toda e qualquer ação de forma profunda e isso deveria fazer com que ninguém fosse punido injustamente. É assegurado pela Constituição Nacional que ninguém pode pagar pelos erros de outros. Quando alguns brigam e toda a festa na cancha é proibida, ocorre a injusta punição coletiva em detrimento da individual.
Outro fenômeno estranho que acontece é a questão da delegação das responsabilidades. Existem câmeras no entorno e no interior dos estádios, cadastro biométricos de centenas de torcedores, o papel da investigação tem que ser da Promotoria do Torcedor. No momento, o Juizado do Torcedor barganha com as torcidas e os clubes a liberação dos materiais pela delação de nomes. Quer dizer que o Juizado e a Promotoria do Torcedor não podem cumprir sua função primordial que é investigar e punir individualmente os infratores?
A festa nos estádios não tem nada que ver com confusões e brigas. Não estou dizendo que não devemos punir os que brigam e incentivam os tumultos nos estádios, mas sim que precisamos de mais maturidade na hora de punir. Em nenhum outro país do mundo, a proibição de materiais de torcidas, que engrandecem a festa, é cogitada como forma de punição. Só no Brasil. E os clubes aceitam como se fosse algo natural. E a imprensa esportiva desvaloriza o seu meio de trabalho ao não ver como essencial a festa nos estádios. A não ser que seja de torcidas estrangeiras. Neste caso eles elogiam.
Pelo pensamento do Juizado do Torcedor, a família e a segurança precisam ser preservadas nos estádios de futebol. Concordo plenamente. Então faço, humildemente, a seguinte questão. Qual punição preserva mais a segurança nos estádios? Punir individualmente os infratores ou retirar instrumentos, bandeiras, faixas, barras dos estádios? Me parece óbvio que a primeira alternativa é a resposta correta, mas aqui em Porto Alegre retirar o nome de uma torcida do estádio, ao invés dos indivíduos que brigaram, está sendo tratado como algo vital para manter a paz no futebol. O que é, sendo respeitoso, bizarro.
E a Promotoria do Torcedor e o Juizado do Torcedor deveriam ser, no mínimo, coerentes em suas acusações e punições. Querendo ser rígidos ou flexíveis, aqui nesta avaliação não é relevante, o que importa é manter os mesmos critérios no julgamento de diferentes torcidas. No Rio Grande do Sul, é óbvio que são usados pesos diferentes na hora de avaliar e julgar as torcidas de Grêmio e Inter.
Brigas e confusões nos estádios precisam ser coibidas e punidas. Mas de forma coerente e justa. Quando acontecem na torcida do Grêmio, tira-se tudo antes do fim das investigações. Bumbos, barras, bandeiras, o nome, enfim, todos os ornamentos da torcida. Para voltar os bumbos, já é um parto. Imagina o restante dos materiais? Só em outra encarnação. Isso na Arena. Quando acontecem as confusões na torcida do Internacional, como o ocorrido na última quinta-feira, jamais se pune o coletivo, sempre o individual. E os materiais da torcida são retirados do Beira Rio? Jamais. Bumbos, barras, bandeiras. No estádio do rival, a festa é sempre liberada.
Ou seja, a individualização das punições só vale para a torcida do Internacional. Em relação aos gremistas, pune-se individualmente e coletivamente. Cadê a justiça? Cadê a coerência? É preciso também que a direção do Grêmio entre neste jogo, pois a parcialidade do Juizado do Torcedor já ultrapassou todos os limites. Por um futebol onde se puna os indivíduos que brigam, nunca o coletivo e muito menos os bumbos, bandeiras, barras. A festa nunca pode ser punida. Mas este é um mundo utópico. No país em que vivemos, o ódio cego e o ranço estão sempre na frente do bom senso.
VEJA TAMBÉM
- Calote não! Grêmio rompe com a Alfabet e busca substituto imediato para estampar a camisa em 2026!
- Agora é oficial! Luís Castro chega ao Grêmio com projeto gigante e revoluciona toda a estrutura do clube!
- Felipão, portugueses e reforços fora de campo: veja a nova comissão do Grêmio

Comentários
Enviar Comentário
Aplicativo Gremio Avalanche
Leia também
Interesse do Time Mexicano em Volante do Grêmio: Valor do Negócio Definido
Grêmio Inicia Colocação do Novo Gramado da Arena de forma Eficiente.
Grêmio impede saída da contratação mais cara da história para o exterior
Grêmio alcança recorde de votos em Assembleia Geral para reforma estatutária.
Preocupação com lesões no planejamento do Grêmio para próxima temporada
Grêmio encerra o ano com nove atletas em processo de recuperação física
Novos Patrocínios Máster: Grêmio e Internacional fecham acordos distintos após 30 anos
Natal de todos na Arena: festa para crianças da comunidade.
Calote não! Grêmio rompe com a Alfabet e busca substituto imediato para estampar a camisa em 2026!
Agora é oficial! Luís Castro chega ao Grêmio com projeto gigante e revoluciona toda a estrutura do clube!
Felipão, portugueses e reforços fora de campo: veja a nova comissão do Grêmio
Saiu! Cristian Olivera arruma as malas e deixa o Grêmio — Nacional já trata como reforço certo!
Reunião na CBF aponta mudanças impactantes para dupla Gre-Nal.
Visita da Mesa Diretora ao IGT fortalece parceria como Sócio Parceiro.
Reunião importante! Grêmio convoca sócios para assembleia geral sobre assuntos relevantes do clube
Treinador Luís Castro acerta contrato longo com o Grêmio.
Recusou o Grêmio? Atacante renova e acaba com sonhos do Tricolor
Promessa do Grêmio, Cristian Olivera, reforçará Nacional no Uruguai
estilo de jogo ideal para Luis Castro no comando do Grêmio
Reunião do Conselho Deliberativo com Fórum dos Movimentos para alinhar pautas 2026
Palpites de Placar Exato da Sportytrader: Estratégia ou Sorte?
Mano Menezes se despede da torcida e deixa futuro indefinido: Seguimos de cabeça erguida
Grêmio fecha com Luís Castro e comissão GIGANTE: veja quem chega com o novo técnico!
Luís Castro substitui Mano Menezes e inicia revolução no Grêmio: dois craques do Palmeiras estão na lista!