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Grêmio revive imbróglio no STJD e se diz um dos mais "castigados" do Brasil

Dois anos após eliminação na Copa do Brasil pelo episódio de injúria racial contra o goleiro Aranha, clube é punido com perda de mando de campo na final do torneio


Fonte: globoesporte.com

Grêmio revive imbróglio no STJD e se diz um dos mais castigados do Brasil
O Grêmio recebeu com revolta a decisão da Terceira Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) de tirar o mando de campo do clube para o segundo jogo da final da Copa do Brasil, contra o Atlético-MG. A punição considerada "absurda" se deu pela entrada de Carol Portaluppi, filha de Renato Gaúcho, no gramado da Arena após o 0 a 0 com o Cruzeiro e faz o clube reviver um imbróglio na Justiça dois anos depois do caso Aranha. Mais do que isso, fez o Tricolor se sentir um dos clubes "mais castigados" do país pelo tribunal.

– O Grêmio é um dos times mais castigados pelo STJD no futebol brasileiro. Houve várias outras questões de racismo no futebol do país e ninguém mais foi punido. O Grêmio foi pego para boi de piranha – criticou o diretor jurídico Nestor Hein, em entrevista para a Rádio Gaúcha.

Além da perda do mando de campo, o Grêmio foi multado em R$ 30 mil. Nestor Hein também falou sobre a mudança de panorama durante o julgamento. Segundo ele, os auditores da Terceira Comissão Disciplinar usaram motivações de "caráter pessoal" referentes a Renato e sua filha.

– O julgamento é todo exótico, até porque a própria Procuradoria não pediu uma punição tão grave ao Grêmio. Em determinado momento do julgamento, foi decidido por essa punição gravíssima, considerando ordem de caráter pessoal para o técnico Renato e sua filha. Imagino que a justiça se fará. Todos têm seu dia infeliz. Hoje foi um dia infeliz da comissão. Não há precedentes para uma punição tão severa – reiterou Hein.


Grêmio foi praticamente excluído da Copa do Brasil pelo Caso Aranha (Foto: Roberto Vinicius/ELEVEN/AE)

O Caso Aranha

O próprio jurídico do Grêmio citou o caso Aranha como exemplo. Em 24 de agosto de 2014, uma torcedora gremista foi flagrada gritando a palavra "macaco" para o goleiro do Santos, na partida vencida pelos paulistas diante do Grêmio por 2 a 0, em 28 de agosto de 2014, pelas oitavas de final da Copa do Brasil, na Arena. Na ocasião, Aranha reclamou com o árbitro Wilton Pereira Sampaio, alegando ter sido vítima de xingamentos por parte da torcida.

No total, sete pessoas foram identificadas cometendo supostas injúrias raciais contra o goleiro do Santos.

Na esfera esportiva, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) eliminou o clube da competição por conta do ato de torcedores, em uma decisão inédita. Os auditores votaram contra a exclusão e decidiram punir os gaúchos com a perda de pontos, o que acarretou na eliminação da equipe, já que esta havia perdido a partida de ida para o Santos por 2 a 0, pelas oitavas.

O Atlético-PR viveu caso semelhante neste ano. O Furacão foi considerado culpado e punido em R$ 10 mil de multa pelo caso de injúria racial contra o jogador Tchê Tchê, do Palmeiras, antes do jogo entre os dois clubes, na Arena da Baixada, dia 14 de agosto, pela 20ª rodada do Brasileirão. Posteriormente, a multa foi dobrada.

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