Foto: André Ávila / Agencia RBS
O Grêmio está a 90 minutos da final da Copa do Brasil. Na noite desta quarta-feira, às 21h45min, o time de Renato Portaluppi conta com a vantagem de dois gols construída na semana passada no Mineirão para eliminar o Cruzeiro - pode perder até por um gol de diferença que se classifica. Com o apoio de 50 mil gremistas na Arena, sobram motivos ao torcedor para acreditar na passagem à decisão. Veja 10 deles levantados por ZH.
O talento de Luan
O gol marcado contra o Cruzeiro, em que encobriu o goleiro Rafael com um toque sutil, é a síntese da qualidade técnica de Luan. Admirador de centroavantes à moda antiga, Renato rendeu-se ao talento da joia lapidada na base e o manteve como o falso nove, tendo gols e assistências como compensação. No Brasileirão, o atacante já marcou seis vezes. Campeão olímpico, Luan é cada vez mais alvo de olheiros de clubes europeus. Antes de qualquer negociação, contudo, será decisivo para levar o time à decisão.
Estádio lotado
Serão pelo menos 50 mil torcedores sentados nas confortáveis cadeiras da Arena na noite de hoje. E, claro, a esmagadora maioria irá torcer pelo Grêmio. Já na segunda-feira só restavam ingressos no setor de camarotes. Apesar da intensa procura, não será quebrado o recorde de público, alcançado no Gre-Nal de 23 de outubro, com 53.287 espectadores. Tudo porque, diferentemente da torcida do Inter, a do Cruzeiro não irá ocupar os 1,9 mil ingressos a ela reservados.
— Com certeza, o recorde será quebrado na final. Mas ainda não chegamos lá. Será só o segundo tempo de um jogo de 180 minutos — previne-se Marcelo Jorge, presidente da Arena Porto-alegrense.
Estabilidade defensiva
Geromel e Kannemann completam hoje a 13ª partida juntos no Grêmio. E o desempenho dá ao torcedor a certeza de que se trata de uma dupla quase perfeita, que praticamente eliminou a deficiência nas bolas aéreas. Foram sete gols sofridos em 12 partidas, média de 0,58 a cada 90 minutos. O risco é o argentino, que está pendurado, levar o terceiro cartão amarelo e desfalcar o time no primeiro jogo decisivo. Renato sequer cogitou deixá-lo fora do jogo.
— Se acontecer, vai acontecer. Não posso falar para o jogador deixar de fazer falta e evitar o amarelo — diz o técnico.
Camisa 10 inspirado
Não se pode esperar de Douglas um intenso mapa de calor. É com a bola nos pés, no momento da assistência ou da finalização, que se destaca o futebol do meia de 34 anos, o centro criador do Grêmio. Sua importância é tão grande que cada vez menos os críticos falam de sua condição física, que passa longe daquela que os preparadores apontam como ideal para um jogador.
— É um jogador com características raras dentro do futebol atual. É um meia-armador nato. Tínhamos o Ganso, mas saiu. Em qualquer equipe que eu treinasse eu gostaria de contar com alguém assim — opina o ex-meia Tcheco.
A mística de Renato
Já foram dois títulos conquistados por Renato Portaluppi na Copa do Brasil. Em 1990, ainda como jogador, ajudou o Flamengo a levantar a taça. Depois, já na condição de treinador, levou o Fluminense ao título em 2007 _ sendo campeão com um gol do então lateral-esquerdo Roger Machado. Como técnico do Grêmio, comandou a equipe em 2013, levando o time à semifinal. Naquela oportunidade, o time gaúcho foi eliminado pelo Atlético-PR, que avançou para a decisão, mas acabou derrotado pelo Flamengo.
Força como mandante
Nas oitavas e quartas de final, o Grêmio comprovou seu poderio dentro da Arena. O jogo contra o Atlético-PR, dia 21 de setembro, marcava a estreia de Renato Portaluppi e foi tenso. Algo determinante para a derrota no tempo normal e classificação só nos pênaltis. Já contra o Palmeiras, dia 28 de setembro, o time fez uma das melhores atuações com sob o novo comando e venceu por 2 a 1. No Brasileirão, são 10 vitórias em 16 partidas em casa.
— Isso passa muito pela torcida. Ela faz seu papel, que é o de transmitir entusiasmo e segurança para dentro de campo. Mas não pode deixar o time nervoso — opina o gremista João de Almeida Neto, debatedor do Sala de Redação, da Rádio Gaúcha.
A alternativa Everton
Titular no início do ano, transformou-se em 12º jogador no Grêmio. É reserva de Pedro Rocha, mas também é decisivo. Se não tivesse marcado gol no empate com o Palmeiras, no Allianz Parque, o time de Renato não estaria a um passo da decisão. Com arrancadas velozes, lembra um atacante que fez diferença no título da Copa do Brasil 2001 e ganhou o apelido de "papa-léguas".
— Ele tem um estilo de jogo parecido com o que eu tinha. Tem qualidade, está em um bom momento. Considero ele o melhor atacante que o Grêmio tem hoje — opina Luís Mário, que marcou dois gols no jogo de ida contra o Corinthians.
Dupla afinada de volantes
Foi com a dupla Walace e Maicon que o Grêmio viveu seus melhores dias no ano passado, ainda sob o comando de Roger Machado, na campanha do terceiro lugar no Brasileirão. Depois de o capitão ficar fora do time por uma sucessão de lesões, a dupla volta a ser protagonista da equipe - ambos foram destaques na vitória sobre o Cruzeiro no Mineirão.
— A gente tem que entrar com o pé no chão, o Cruzeiro poupou o time no fim de semana. Eles virão com força máxima, precisamos estar ligados — diz Walace.
— Eles vão querer vir para cima, mas temos que fazer valer nosso mando de campo — completou o volante.
Para reverter um tabu
Foram quatro mata-matas já disputados por Grêmio e Cruzeiro na história. Em todos, o time gaúcho foi eliminado. O primeiro foi na Taça Brasil, em 1966, em que os mineiros levaram a melhor nas quartas de final. Em 1993, os dois clubes decidiram a Copa do Brasil e o Cruzeiro foi campeão. Os outros confrontos ocorreram na Libertadores. Em 1997, o Grêmio caiu nas quartas de final. Em 2009, os mineiros venceram na semifinal e avançaram para a decisão. Quem vencer hoje, terá a chance de conquistar o penta da Copa do Brasil - os dois já foram campeões quatro vezes.
Voltar a uma final nacional
Desde a conquista da Copa do Brasil em 2001, o Grêmio não disputa uma final em nível nacional. Nestes 15 anos sem um título de expressão, o clube esteve próximo de vencer a Libertadores em 2007, sendo derrotado pelo Boca Juniors na decisão. Também teve chance de conquistar o Brasileirão em 2008 - fez a melhor campanha do primeiro turno, mas permitiu a reação do São Paulo, que levou a taça. E foi vice-campeão brasileiro em 2013, sob o comando de Renato. Se eliminar o Cruzeiro, o Grêmio disputará sua oitava final de Copa do Brasil.
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O talento de Luan
O gol marcado contra o Cruzeiro, em que encobriu o goleiro Rafael com um toque sutil, é a síntese da qualidade técnica de Luan. Admirador de centroavantes à moda antiga, Renato rendeu-se ao talento da joia lapidada na base e o manteve como o falso nove, tendo gols e assistências como compensação. No Brasileirão, o atacante já marcou seis vezes. Campeão olímpico, Luan é cada vez mais alvo de olheiros de clubes europeus. Antes de qualquer negociação, contudo, será decisivo para levar o time à decisão.
Estádio lotado
Serão pelo menos 50 mil torcedores sentados nas confortáveis cadeiras da Arena na noite de hoje. E, claro, a esmagadora maioria irá torcer pelo Grêmio. Já na segunda-feira só restavam ingressos no setor de camarotes. Apesar da intensa procura, não será quebrado o recorde de público, alcançado no Gre-Nal de 23 de outubro, com 53.287 espectadores. Tudo porque, diferentemente da torcida do Inter, a do Cruzeiro não irá ocupar os 1,9 mil ingressos a ela reservados.
— Com certeza, o recorde será quebrado na final. Mas ainda não chegamos lá. Será só o segundo tempo de um jogo de 180 minutos — previne-se Marcelo Jorge, presidente da Arena Porto-alegrense.
Estabilidade defensiva
Geromel e Kannemann completam hoje a 13ª partida juntos no Grêmio. E o desempenho dá ao torcedor a certeza de que se trata de uma dupla quase perfeita, que praticamente eliminou a deficiência nas bolas aéreas. Foram sete gols sofridos em 12 partidas, média de 0,58 a cada 90 minutos. O risco é o argentino, que está pendurado, levar o terceiro cartão amarelo e desfalcar o time no primeiro jogo decisivo. Renato sequer cogitou deixá-lo fora do jogo.
— Se acontecer, vai acontecer. Não posso falar para o jogador deixar de fazer falta e evitar o amarelo — diz o técnico.
Camisa 10 inspirado
Não se pode esperar de Douglas um intenso mapa de calor. É com a bola nos pés, no momento da assistência ou da finalização, que se destaca o futebol do meia de 34 anos, o centro criador do Grêmio. Sua importância é tão grande que cada vez menos os críticos falam de sua condição física, que passa longe daquela que os preparadores apontam como ideal para um jogador.
— É um jogador com características raras dentro do futebol atual. É um meia-armador nato. Tínhamos o Ganso, mas saiu. Em qualquer equipe que eu treinasse eu gostaria de contar com alguém assim — opina o ex-meia Tcheco.
A mística de Renato
Já foram dois títulos conquistados por Renato Portaluppi na Copa do Brasil. Em 1990, ainda como jogador, ajudou o Flamengo a levantar a taça. Depois, já na condição de treinador, levou o Fluminense ao título em 2007 _ sendo campeão com um gol do então lateral-esquerdo Roger Machado. Como técnico do Grêmio, comandou a equipe em 2013, levando o time à semifinal. Naquela oportunidade, o time gaúcho foi eliminado pelo Atlético-PR, que avançou para a decisão, mas acabou derrotado pelo Flamengo.
Força como mandante
Nas oitavas e quartas de final, o Grêmio comprovou seu poderio dentro da Arena. O jogo contra o Atlético-PR, dia 21 de setembro, marcava a estreia de Renato Portaluppi e foi tenso. Algo determinante para a derrota no tempo normal e classificação só nos pênaltis. Já contra o Palmeiras, dia 28 de setembro, o time fez uma das melhores atuações com sob o novo comando e venceu por 2 a 1. No Brasileirão, são 10 vitórias em 16 partidas em casa.
— Isso passa muito pela torcida. Ela faz seu papel, que é o de transmitir entusiasmo e segurança para dentro de campo. Mas não pode deixar o time nervoso — opina o gremista João de Almeida Neto, debatedor do Sala de Redação, da Rádio Gaúcha.
A alternativa Everton
Titular no início do ano, transformou-se em 12º jogador no Grêmio. É reserva de Pedro Rocha, mas também é decisivo. Se não tivesse marcado gol no empate com o Palmeiras, no Allianz Parque, o time de Renato não estaria a um passo da decisão. Com arrancadas velozes, lembra um atacante que fez diferença no título da Copa do Brasil 2001 e ganhou o apelido de "papa-léguas".
— Ele tem um estilo de jogo parecido com o que eu tinha. Tem qualidade, está em um bom momento. Considero ele o melhor atacante que o Grêmio tem hoje — opina Luís Mário, que marcou dois gols no jogo de ida contra o Corinthians.
Dupla afinada de volantes
Foi com a dupla Walace e Maicon que o Grêmio viveu seus melhores dias no ano passado, ainda sob o comando de Roger Machado, na campanha do terceiro lugar no Brasileirão. Depois de o capitão ficar fora do time por uma sucessão de lesões, a dupla volta a ser protagonista da equipe - ambos foram destaques na vitória sobre o Cruzeiro no Mineirão.
— A gente tem que entrar com o pé no chão, o Cruzeiro poupou o time no fim de semana. Eles virão com força máxima, precisamos estar ligados — diz Walace.
— Eles vão querer vir para cima, mas temos que fazer valer nosso mando de campo — completou o volante.
Para reverter um tabu
Foram quatro mata-matas já disputados por Grêmio e Cruzeiro na história. Em todos, o time gaúcho foi eliminado. O primeiro foi na Taça Brasil, em 1966, em que os mineiros levaram a melhor nas quartas de final. Em 1993, os dois clubes decidiram a Copa do Brasil e o Cruzeiro foi campeão. Os outros confrontos ocorreram na Libertadores. Em 1997, o Grêmio caiu nas quartas de final. Em 2009, os mineiros venceram na semifinal e avançaram para a decisão. Quem vencer hoje, terá a chance de conquistar o penta da Copa do Brasil - os dois já foram campeões quatro vezes.
Voltar a uma final nacional
Desde a conquista da Copa do Brasil em 2001, o Grêmio não disputa uma final em nível nacional. Nestes 15 anos sem um título de expressão, o clube esteve próximo de vencer a Libertadores em 2007, sendo derrotado pelo Boca Juniors na decisão. Também teve chance de conquistar o Brasileirão em 2008 - fez a melhor campanha do primeiro turno, mas permitiu a reação do São Paulo, que levou a taça. E foi vice-campeão brasileiro em 2013, sob o comando de Renato. Se eliminar o Cruzeiro, o Grêmio disputará sua oitava final de Copa do Brasil.
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