Geromel elogia Técnico Renato e prioriza título da Copa do BR

Em entrevista exclusiva ao GloboEsporte.com, zagueiro destaca qualidade do novo técnico para acertar problemas da equipe, principalmente no sistema defensivo


Fonte: globoesporte.com

Geromel elogia Técnico Renato e prioriza título da Copa do BR
Eduardo Moura/Globoesporte.com
Se há um jogador que pode ganhar status de ídolo no Grêmio assim como Renato Portaluppi, é Pedro Geromel. Não há torcedor tricolor a reclamar do zagueiro, consolidado como a principal figura de representatividade junto aos fãs. Descontraído, o defensor concedeu entrevista exclusiva ao GloboEsporte.com e à RBS TV na tarde de sexta-feira, no CT Luiz Carvalho. A qualidade do trabalho do novo comandante tem deixado o pupilo maravilhado.

Curiosamente, o ex-atacante mantém um time que se mostra competitivo e competente defensivamente. Segundo Geromel, um trabalho didático feito pelo comandante gremista. O zagueiro também falou sobre a saída de Roger Machado e as tentativas do elenco para que ele continuasse, a motivação extra pelo G-6 no Campeonato Brasileiro e o foco pelo título da Copa do Brasil – o Tricolor faz o jogo de volta das quartas de final com o Palmeiras na próxima quarta

Confira a entrevista exclusiva:

O momento defensivo do Grêmio é muito bom. Vocês, zagueiros, estão mais protegidos?
Desde que cheguei aqui, no primeiro ano, tivemos a melhor defesa. No ano passado, perdemos por um gol para o Corinthians. Neste ano, tivemos algumas situações diferentes, mas dos 30 jogos do Brasileiro, por exemplo, ficamos 15 sem sofrer gols. É um número considerável. O Grêmio é característico pela entrega, força, raça, luta, e isso gera menos gols. Estamos fazendo isso bem feito nos últimos jogos.

Essa troca de técnico parece dar uma energia diferente para vocês. Mudou o astral?
Acho que foi uma situação diferente. Claramente estávamos focados na Copa do Brasil, nosso objetivo é ganhar um título pelo Grêmio pelo tanto tempo que o clube está sem conquistar. E o Brasileiro abriu a possibilidade de G-6. Querendo ou não, deu uma motivação extra, um gás a mais, porque temos possibilidades. Antes estava mais remota, pelas dificuldades do campeonato, pelos times do Flamengo, Palmeiras e Atlético-MG dificilmente perderem pontos, assim como o Santos, estão com uma regularidade. Estávamos nos distanciando do G-4.

Houve uma tentativa de vocês de mobilizar o presidente para segurar os jogadores, convencer o Roger a ficar?
A gente acreditava bastante no trabalho do Roger, confiávamos nele. A gente fazia o que ele mandava, depois ele mostrava no vídeo o gol que a gente tinha feito, a construção. Os mais jovens pediram para eu falar com o Roger para ele ficar. A gente conversou, ele postergou a saída, mas chegou o momento que ele estava desgastado, não aguentava mais. Temos que respeitar o momento dele, tinha feito tanto pela gente. Ele tem que fazer o que é melhor, cada um no seu quadrado. Nosso trabalho é jogar bola dentro das quatro linhas. Fora, cada um faz o seu.

Essa questão do elenco é o ponto que falta para o Grêmio ficar na briga pelo título?
A gente jogou mais de 60 jogos esse ano. Ninguém consegue jogar em alto nível tantos jogos. Se não me engano, joguei mais de 45. Chega uma hora que vai cansar, tem um desgaste natural. Se tem concorrência, jogador de qualidade para entrar no seu lugar, é excelente. Não é o nosso caso. Não é coincidência que Atlético-MG, Palmeiras e Flamengo estão lá em cima. É porque têm o plantel mais qualificado. Deixamos a desejar ainda nesta situação, mas compensamos na base da luta, vontade, entrega.

Como está sendo o trabalho com Renato, também o maior ídolo do Grêmio?
Está sendo um prazer enorme. Estou aprendendo bastante com ele. Conta bastante histórias, fala do jeitão dele, que chega até a ser engraçado. A gente dá risada. Mas estou surpreso pela qualidade do trabalho, pelo que faz com a gente lá atrás, de organização. Ele demonstra o que quer, é didático. Acho bem interessante o modo com que está fazendo isso. Estou bastante admirado pela qualidade que ele emprega no nosso time.

Poderia dar algum exemplo desse jeitão do Renato?
Ele chega para os atacantes e fala: "Fiquem tranquilos ali na área para fazer o gol. Eu sei que é difícil para vocês. É que para mim é fácil" (risos). Dá exemplo de como fazer e não fazer. Mostra o certo, mostra no vídeo. É importante para não cometer o mesmo erro.


Geromel falou com a reportagem sentado no gramado do CT Luiz Carvalho (Foto: Eduardo Moura/Globoesporte.com)

Na próxima semana tem decisão na Copa do Brasil. Como vê esse jogo?
O Palmeiras está liderando o Brasileiro, é o melhor time do Brasil. E temos esse objetivo desde o começo do ano. Além do caminho mais curto para a Libertadores, é a possibilidade de título. E estamos sedentos por isso. Vamos fazer todo o possível para ganhar esse jogo e passar para a semifinal.

Chama atenção seu nível de concentração em campo. Os colegas sempre falam que você fica cantando a jogada antes. De onde vem isso?
Aprendi com o tempo, é uma coisa que levo para mim e tento passar para os mais jovens. Independente se joga contra o Lajeadense ou Palmeiras, tem que estar ligado o jogo inteiro, concentrado. Isso faz uma diferença enorme. Se pensar um segundo na frente, consegue roubar a bola de quem não está (concentrado).

A ausência de títulos cria um clima no qual cada derrota vira uma catástrofe. Você se vê ganhando um título aqui no Grêmio?
Se não tivesse visto a possibilidade, não teria renovado. O projeto que o presidente está fazendo é muito válido, importante para sanidade financeira do clube, para o futuro, uma projeção muito grande. Tenho certeza que, se não for neste ano, ano que vem a gente conquista grandes coisas. O time está sendo estruturado, organizado.

Você sentiu o gostinho da Seleção ao ser convocado. Quer mais? Como foi seu contato com o Tite?
O Tite é um treinador diferenciado, impôs o jeito dele. Tive a oportunidade de estar na primeira convocação e tento fazer o que ele falou. Quando saímos de lá, ele fechou todo grupo e disse: "Voltem para os clubes e joguem para c*, para chegar bem e quando tiverem oportunidade aqui de novo". É o que tenho feito.


Com a braçadeira de capitão, zagueiro comemora gol contra o Palmeiras, na Arena (Foto: Lucas Uebel/Divulgação Grêmio)

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Comentários



E foda lógica que tem q priorizar mesmo a copa do Brasil pq e o único que ainda da condição de tal, pq ano que vem libertadores e outro fiasco... ja to falando antecipadamente

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