Renato e seus desafios ao assumir o clube nesta segunda (Foto: Vinicius Costa / Agência Estado)
Nesta segunda-feira, próximo do meio-dia, Renato Portaluppi estará iniciando a terceira passagem no comando do Grêmio ao ser apresentado oficialmente como técnico. O ídolo máximo da história do clube gaúcho não terá moleza pela frente. Depois de uma temporada de descanso, praia e futevôlei, voltará a trabalhar após dois anos parado, desde que encerrou sua passagem pelo Fluminense. E encontrará uma série de desafios a superar no Tricolor.
Eterno camisa 7, campeão do mundo, Renato assumirá ao lado de Valdir Espinosa, novo coordenador técnico e seu treinador nas conquistas da América e do mundo em 1983. O dirigente do vestiário será Adalberto Preis como vice de futebol. Recebe uma equipe que não ganha há sete jogos no Brasileirão e com uma vantagem na disputa das oitavas de final da Copa do Brasil, seu primeiro desafio, nesta quarta, contra o Atlético-PR.
– O Grêmio tem uma cultura tática muito interessante. Ninguém vai chegar aqui do zero. Se eles conseguirem estabelecer um jogo com vitória e recuperar a confiança, já cumpriram o seu papel. A capacidade de motivação e conseguir tirar dos jogadores o que eles podem. Renato vai diagnosticar todas as questões. Ele diz que já acompanha o plantel e que vai saber explorar a característica de cada um. Como ele vai fazer? É por isso que o contratamos – disse o presidente Romildo Bolzan Júnior após a derrota por 1 a 0 para o Fluminense.
O GloboEsporte.com lista abaixo sete desafios de Renato no Grêmio. Confira:
MAIS CONFIANÇA
Jogadores deixam campo após mais uma derrota (Foto: Eduardo Moura/GloboEsporte.com)
Fica visível nos jogadores em campo uma falta de confiança que assola o elenco e corta as tentativas de algo mais ousado, principalmente no setor ofensivo. Os jogadores admitem que os sete jogos sem vitória deixam a equipe com a confiança abalada. Depois das derrotas para Coritiba e Ponte Preta, nas últimas semanas, os próprios atletas fizeram uma análise do elenco e afirmaram que falta qualidade.
– O Renato, nas duas vezes que assumiu, em 2010 e 2013, talvez a gente vivesse um momento parecido, de dificuldade. Ele assumiu e fez dois grandes trabalhos à frente do nosso time. Acho que no momento é necessário recuperar confiança, ninguém desaprendeu a jogar. Quando ficamos em uma situação assim, é sempre complicado. Renato tem disso, além de ser um grande treinador. Vai nos ajudar a sair desta situação – disse Marcelo Grohe.
ESTANCAR JEJUM
É imperativo que o Grêmio volte a vencer. São sete partidas sem vitória no Campeonato Brasileiro. Consequentemente, despencou na tabela da sexta colocação para a 11ª colocação, atrás de clubes como Atlético-PR, Ponte Preta, Chapecoense e Botafogo.
Por outro lado, um empate nesta quarta-feira serve para manter a equipe gremista na Copa do Brasil. Como o Grêmio venceu o Atlético-PR por 1 a 0 na Arena da Baixada, o Tricolor pode se classificar para as quartas de final mesmo sem vencer. Mas a intenção mesmo é encerrar o jejum de sete jogos, sendo seis consecutivos – entre eles, há a vitória pela Copa do Brasil.
VOLTAR A MARCAR GOLS
O ataque do Grêmio, justamente este setor, tão conhecido por Renato, um exímio finalizador, passa por uma crise. Nas últimas quatro partidas, o time não conseguiu balançar as redes do adversário. O último gol marcado foi no empate em 1 a 1 com o Atlético-MG, na Arena, dia 28 de agosto.
Neste domingo, o time pouco finalizou no gol de Júlio Cesar. E quando chutou, o fez em arremates de longe. Poucas vezes conseguiu ter profundidade e infiltração dentro da defesa do rival, qual fosse o atacante – o interino James Freitas colocou Henrique Almeida e Batista no jogo. Renato terá que atacar este problema para voltar a vencer.
BOLA AÉREA
Na sua última passagem pelo Grêmio, Renato montou um time pragmático e de força física. Tinha no jogo aéreo e na velocidade algumas de suas virtudes. É senso comum que a bola aérea defensiva gremista é um dos problemas de 2016. Roger não conseguiu acertá-la, apesar das inúmeras tentativas e muitos treinamentos. Nos últimos jogos, levou gols neste fundamento contra a Ponte Preta, no 3 a 0 (veja um dos gols no vídeo acima), e na derrota por 4 a 0 para o Coritiba.
POLÍTICA EM EBULIÇÃO
Romildo Bolzan Júnior Grêmio (Foto: Eduardo Moura/GloboEsporte.com)
Romildo tentará reeleição em novembro
(Foto: Eduardo Moura/GloboEsporte.com)
Um dos problemas nas últimas semanas e que culminou em uma mudança profunda no departamento de futebol foi a rusga política entre Alberto Guerra, então vice de futebol, e Antônio Dutra Júnior, vice eleito e também diretor de futebol até semana passada.
Agora, Renato terá ao seu lado o coordenador técnico Valdir Espinosa para apaziguar os ânimos e apenas um dirigente político: Adalberto Preis na função de vice de futebol – ele também é vice eleito. O problema é que se avizinha disputa política: dia 24 há a eleição para o Conselho Deliberativo, enquanto o pleito presidencial está marcado para novembro, no qual Romildo Bolzan e seus pares tentarão reeleição.
TEMPO CURTO
Douglas revê Renato, com quem trabalhou em 2010 (Foto: Rodrigo Rodrigues / Grêmio, DVG)
Renato chega nesta segunda-feira, após a derrota para o Fluminense. A reapresentação está marcada para a tarde, no CT Luiz Carvalho. Terá dois trabalhos antes do confronto com o Furacão. A partir de agora, terá uma sequência de jogos quarta e domingo, caso avance na Copa do Brasil.
Joga nesta quarta, contra o Atlético-PR; no domingo (25/09), contra a Chapecoense; no meio da próxima semana, caso passe para as quartas (28/09); e no sábado (01/10), contra o Cruzeiro. Depois, terá nove dias até o jogo com o Vitória, no Barradão, dia 10. Enfrenta o Atlético-PR três dias depois, dia 16 encara o Santos e dia 19 joga uma possível volta da Copa do Brasil, com Gre-Nal no dia 23. Poucos treinos e muita mobilização para os jogadores.
ABRAÇO DA TORCIDA
Ficou claro no domingo que a torcida e o time não trabalham mais na mesma sintonia. Houve apoio das arquibancadas, mas após o gol sofridos, as vaias apareceram forte na Arena. Ramiro e Marcelo Oliveira, diretamente, receberam os apupos diretamente quando pegavam na bola. Após o jogo, foi maciço a cobrança das arquibancadas. A figura do maior ídolo servirá também para soldar outra vez o elo time-torcida.
– O Renato tem a confiança do torcedor, para nós é importante neste momento. Já viveu em outras passagens, o momento está difícil, é ele vir e a torcida abraçar o trabalho. Esperamos que a gente caminhe junto para sair da situação – completou Grohe.
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Eterno camisa 7, campeão do mundo, Renato assumirá ao lado de Valdir Espinosa, novo coordenador técnico e seu treinador nas conquistas da América e do mundo em 1983. O dirigente do vestiário será Adalberto Preis como vice de futebol. Recebe uma equipe que não ganha há sete jogos no Brasileirão e com uma vantagem na disputa das oitavas de final da Copa do Brasil, seu primeiro desafio, nesta quarta, contra o Atlético-PR.
– O Grêmio tem uma cultura tática muito interessante. Ninguém vai chegar aqui do zero. Se eles conseguirem estabelecer um jogo com vitória e recuperar a confiança, já cumpriram o seu papel. A capacidade de motivação e conseguir tirar dos jogadores o que eles podem. Renato vai diagnosticar todas as questões. Ele diz que já acompanha o plantel e que vai saber explorar a característica de cada um. Como ele vai fazer? É por isso que o contratamos – disse o presidente Romildo Bolzan Júnior após a derrota por 1 a 0 para o Fluminense.
O GloboEsporte.com lista abaixo sete desafios de Renato no Grêmio. Confira:
MAIS CONFIANÇA
Jogadores deixam campo após mais uma derrota (Foto: Eduardo Moura/GloboEsporte.com)
Fica visível nos jogadores em campo uma falta de confiança que assola o elenco e corta as tentativas de algo mais ousado, principalmente no setor ofensivo. Os jogadores admitem que os sete jogos sem vitória deixam a equipe com a confiança abalada. Depois das derrotas para Coritiba e Ponte Preta, nas últimas semanas, os próprios atletas fizeram uma análise do elenco e afirmaram que falta qualidade.
– O Renato, nas duas vezes que assumiu, em 2010 e 2013, talvez a gente vivesse um momento parecido, de dificuldade. Ele assumiu e fez dois grandes trabalhos à frente do nosso time. Acho que no momento é necessário recuperar confiança, ninguém desaprendeu a jogar. Quando ficamos em uma situação assim, é sempre complicado. Renato tem disso, além de ser um grande treinador. Vai nos ajudar a sair desta situação – disse Marcelo Grohe.
ESTANCAR JEJUM
É imperativo que o Grêmio volte a vencer. São sete partidas sem vitória no Campeonato Brasileiro. Consequentemente, despencou na tabela da sexta colocação para a 11ª colocação, atrás de clubes como Atlético-PR, Ponte Preta, Chapecoense e Botafogo.
Por outro lado, um empate nesta quarta-feira serve para manter a equipe gremista na Copa do Brasil. Como o Grêmio venceu o Atlético-PR por 1 a 0 na Arena da Baixada, o Tricolor pode se classificar para as quartas de final mesmo sem vencer. Mas a intenção mesmo é encerrar o jejum de sete jogos, sendo seis consecutivos – entre eles, há a vitória pela Copa do Brasil.
VOLTAR A MARCAR GOLS
O ataque do Grêmio, justamente este setor, tão conhecido por Renato, um exímio finalizador, passa por uma crise. Nas últimas quatro partidas, o time não conseguiu balançar as redes do adversário. O último gol marcado foi no empate em 1 a 1 com o Atlético-MG, na Arena, dia 28 de agosto.
Neste domingo, o time pouco finalizou no gol de Júlio Cesar. E quando chutou, o fez em arremates de longe. Poucas vezes conseguiu ter profundidade e infiltração dentro da defesa do rival, qual fosse o atacante – o interino James Freitas colocou Henrique Almeida e Batista no jogo. Renato terá que atacar este problema para voltar a vencer.
BOLA AÉREA
Na sua última passagem pelo Grêmio, Renato montou um time pragmático e de força física. Tinha no jogo aéreo e na velocidade algumas de suas virtudes. É senso comum que a bola aérea defensiva gremista é um dos problemas de 2016. Roger não conseguiu acertá-la, apesar das inúmeras tentativas e muitos treinamentos. Nos últimos jogos, levou gols neste fundamento contra a Ponte Preta, no 3 a 0 (veja um dos gols no vídeo acima), e na derrota por 4 a 0 para o Coritiba.
POLÍTICA EM EBULIÇÃO
Romildo Bolzan Júnior Grêmio (Foto: Eduardo Moura/GloboEsporte.com)
Romildo tentará reeleição em novembro
(Foto: Eduardo Moura/GloboEsporte.com)
Um dos problemas nas últimas semanas e que culminou em uma mudança profunda no departamento de futebol foi a rusga política entre Alberto Guerra, então vice de futebol, e Antônio Dutra Júnior, vice eleito e também diretor de futebol até semana passada.
Agora, Renato terá ao seu lado o coordenador técnico Valdir Espinosa para apaziguar os ânimos e apenas um dirigente político: Adalberto Preis na função de vice de futebol – ele também é vice eleito. O problema é que se avizinha disputa política: dia 24 há a eleição para o Conselho Deliberativo, enquanto o pleito presidencial está marcado para novembro, no qual Romildo Bolzan e seus pares tentarão reeleição.
TEMPO CURTO
Douglas revê Renato, com quem trabalhou em 2010 (Foto: Rodrigo Rodrigues / Grêmio, DVG)
Renato chega nesta segunda-feira, após a derrota para o Fluminense. A reapresentação está marcada para a tarde, no CT Luiz Carvalho. Terá dois trabalhos antes do confronto com o Furacão. A partir de agora, terá uma sequência de jogos quarta e domingo, caso avance na Copa do Brasil.
Joga nesta quarta, contra o Atlético-PR; no domingo (25/09), contra a Chapecoense; no meio da próxima semana, caso passe para as quartas (28/09); e no sábado (01/10), contra o Cruzeiro. Depois, terá nove dias até o jogo com o Vitória, no Barradão, dia 10. Enfrenta o Atlético-PR três dias depois, dia 16 encara o Santos e dia 19 joga uma possível volta da Copa do Brasil, com Gre-Nal no dia 23. Poucos treinos e muita mobilização para os jogadores.
ABRAÇO DA TORCIDA
Ficou claro no domingo que a torcida e o time não trabalham mais na mesma sintonia. Houve apoio das arquibancadas, mas após o gol sofridos, as vaias apareceram forte na Arena. Ramiro e Marcelo Oliveira, diretamente, receberam os apupos diretamente quando pegavam na bola. Após o jogo, foi maciço a cobrança das arquibancadas. A figura do maior ídolo servirá também para soldar outra vez o elo time-torcida.
– O Renato tem a confiança do torcedor, para nós é importante neste momento. Já viveu em outras passagens, o momento está difícil, é ele vir e a torcida abraçar o trabalho. Esperamos que a gente caminhe junto para sair da situação – completou Grohe.
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Comentários
Comentários (3)
a política tem que ser entre eles deixarem os jogadores de fora, só que pra ter um time campeão tem que ter elenco, olha o Corinthians o ano passado tinha um reserva bom pra cada posição, e igual o palmeiras eo flamengo eo atlético, o nosso grêmio já foi longe demais com esse elenco, não indo pra segundona tamo no lucro.
Talvez agora com o término das Paralimpíadas o Wallace e Luan voltem do Rio para jogar novamente.
É foda esses trouxa brigarem por politica dentro do clube ,tira esse presidente que ta afundando a barca e tem salrio atrasado da pra ver isso.
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