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Em 1ª chance, Roger tem ascensão meteórica e deixa legado a sucessor

Técnico sai fortalecido de oportunidade a ponto de ser visto como dos mais promissores do país e deixa herança positiva para futuro treinador do Grêmio


Fonte: Globo esporte

Em 1ª chance, Roger tem ascensão meteórica e deixa legado a sucessor
Roger Machado deixou o clube gaúcho após derrota para a Ponte (Foto: Lucas Uebel / Grêmio, DVG)
Há pouco mais de um ano, Roger Machado recebia uma ligação do presidente Romildo Bolzan Júnior. Em longa conversa, agradável às duas partes, o então treinador desconhecido no cenário nacional estava diante do que talvez mais quisesse: uma chance em um grande clube na incipiente carreira após cair com o Novo Hamburgo nas quartas de final do Gauchão justamente para o Grêmio. Em setembro de 2016, o técnico deixa o Tricolor com novo status, considerado um dos nomes mais promissores da nova geração de treinadores brasileiros e pedido pela torcida do Corinthians.

O trabalho de Roger durou menos que o previsto – seu contrato se estenderia até o final de 2017. Mas está longe de deixar apenas coisas ruins para o técnico que irá ocupar o seu lugar. Cometeu erros e deixa um time em momento ruim e sem confiança, sem vencer há cinco jogos no Campeonato Brasileiro, mas também tem um legado relevante, como o GloboEsporte.com mostra abaixo:

LUAN COMO FALSO NOVE



Roger foi o responsável por tirar o máximo de Luan no Grêmio. Foi com o técnico que o atacante passou a atuar como falso nove, o jogador mais avançado do ataque, sem necessariamente ser referência e com a possibilidade de ampla movimentação.

É verdade que foi Roger também quem o deslocou em diversos momentos para os lados do campo para tentar formatar o time com Douglas, Bolaños e outras peças. Mas o posicionamento do jovem, depois utilizado por Rogério Micale na dourada seleção olímpica, fica como um dos principais pontos positivos para o novo comandante.

QUEBRA DE PARADIGMA

Seu antecessor, Felipão, era uma clara amostra de um dos maiores clichês do futebol: o Grêmio sempre foi uma equipe que apostava na força física e no jogo com garra, vontade e disposição. Roger sempre pregou o oposto. Queria um time com posse de bola, toques curtos e jogo de apoio.
Conseguiu relativo sucesso, principalmente em 2015, com a vaga para a Libertadores. Em 2016, o desempenho não se repetiu em momentos-chave, como nas oitavas da competição continental. Ainda que sem título, o treinador apostou sempre em sua convicção.

CONHECIMENTO VALORIZADO

Entusiasta do uso do SAP, embora não tenha sido por suas mãos que o software de análise de dados chegou ao clube, Roger é estudioso. E seu conhecimento ganhou valor dentro do clube. Na sua chegada, uma comissão técnica permanente do Grêmio foi instalada, com o auxiliar James Freitas, que será o interino contra o Fluminense, no domingo, e o preparador Rogério Dias, todos com passagens pelas categorias de base. Também os analistas de desempenho Eduardo Cecconi e Antônio Cruz ganharam espaço, com discussões e opinião ativa nos processos.

Chamou atenção no clube, em 2015, a maneira como Roger atuava no intervalo das partidas. Utilizava vídeos do primeiro tempo, gravados pelo auxiliar Roberto Ribas, para mostrar o que os jogadores deveriam fazer. Nos treinos, o técnico passou a utilizar barreiras metálicas para marcar posicionamento, montou uma plataforma elevada para filmar os trabalhos e incluiu pinturas no gramado diferentes às normais em um campo de futebol no CT Luiz Carvalho.

VOLANTES QUE JOGAM

Os principais jogadores do meio-campo do Grêmio hoje apresentam uma característica em comum: sabem jogar com a bola nos pés. Os volantes Maicon, Jailson e Walace claro que marcam. Mas Roger sempre valorizou muito o poder de articulação deles, a ponto de chamá-los de "médio-apoiadores" no esquema com três volantes. Hoje, o técnico que chegar dificilmente irá conseguir quebrar tal comportamento.

JOVENS LAPIDADOS

A capacidade de Roger trabalhar com jovens sempre foi um dos pontos valorizados pela diretoria. O time gaúcho, por exemplo, viu Luan e Walace crescerem em suas mãos. Também viu o atacante Everton ser lapidado em 2015 para se tornar uma das peças importantes da equipe de 2016. O mesmo processo pode ser citado com o atacante Pedro Rocha e o jovem Lincoln, este com grande dificuldade ainda de se firmar no elenco principal.




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