Bastidores de uma negociação fantástica do Grêmio com a Globo

O Grêmio considera que a negociação que renovou o contrato com a Rede Globo até 2024 um dos mais bem sucedidos de sua história.

Em 2015, um representante do alto escalação foi na Arena. Em reunião, ele disse que a situação estava feia, que o futebol não vinha dando tanto dinheiro e, por isso, estavam oferecendo um adiantamento de R$ 30 milhões que seriam descontados durante os anos do novo vínculo. Nada feito. O clube não aceitou a oferta.

Meses mais tarde, este mesmo representante ofereceu fechar dando R$ 30 milhões como “premiação” para assinar na hora com a emissora.

Resposta? Não. Ainda é pouco.

Mais um tempo se passa, o Tricolor está em meio a Libertadores e recebe a notícia que o Inter, seu maior rival, fechou com a Esporte Interativo. Mais um motivo pra Globo vir com tudo na Arena. Afinal, eles não poderiam perder os dois no Sul.

Algumas ligações são feitas para pessoas importantes dentro do próprio canal, mas que tem ligações com o Grêmio, e o valor proposto em reunião por dois vice-presidentes é o de pedir R$ 100 milhões para renovar. Parecia loucura, mas não foi.

O CEO do clube, Gustavo Zanchi, arma uma estratégia e manda a proposta ainda mais alta. R$ 110 milhões foi o pedido azul. Como num jogo de xadrez, a gigante carioca, que tem faturamento na casa dos R$ 3 bilhões por ano, faz sua última investida e propõe bancar R$ 70 milhões à vista, R$ 15 milhões em janeiro de 2017 e os últimos R$ 15 em janeiro de 2018.

Romildo nem pensa muito e assina. Foram R$ 100 milhões apenas pra fechar e mais R$ 100 milhões por temporada que o novo vínculo estiver valendo.

Este é o motivo que fez o balanço destes primeiros 6 meses ser tão positivo. É, simplesmente, o maior contrato da história do Grêmio.

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