Grêmio abre vantagem, cede empate e busca vitória por 3 a 2 nos minutos finais sobre o Santos

Foi uma noite dramática na arena. Quando o empate se desenhava na Arena, Marcelo Hermes, a 44 minutos do segundo tempo, garantiu a vitória por 3 a 2 que coloca o Grêmio na segunda posição do Brasileirão. Mais do que isso, anima o time ás vésperas do Gre-Nal, após duas derrotas consecutivas.

Encaminhada até os minutos finais da partida, a vitória contra o Santos, na noite desta quarta-feira, na Arena, animaria o Grêmio às vésperas do Gre-Nal. O time, contudo, cedeu ao talento do advesário, permitiu o empate em 2 a 2 e completou seu terceiro jogo consecutivo sem vencer. De positivo, restou o fato de ter assumido o segundo lugar na tabela do Brasileirão.

Cirúrgico é uma boa palavra para definir o Grêmio na noite desta quarta-feira, na Arena. O time teve energia na marcação aos talentosos jogadores do Santos e, em estocadas fulminantes, construiu o placar de 2 a 1. Uma vitória que veio na hora esperada pela torcida. Por recolocar a equipe nas pegadas do líder Palmeiras e animá-la para o Gre-Nal de domingo, no Beira-Rio, depois de duas derrotas consecutivas.

A vantagem começou a ser construída bem no início do jogo. A dois minutos, Everton, pela esquerda, fugiu de Victor Ferraz, chutou forte, Vanderlei espalmou para o lado e Giuliano, na sobra, mais rápido do que os marcadores, fez 1 a 0. Saltar na frente de uma equipe qualificada era o que de melhor poderia ter ocorrido. E poderia ser ainda mais folgada a vantagem. A quatro minutos, Thyere quase ampliou de cabeça, em cruzamento de Douglas.

A partir daí, prevaleceu a qualidade do toque de bola do Santos. O time avançava com maior frequência pela esquerda, com o lateral Zeca e o meia Lucas Lima. Também era preciso tomar cuidado com os deslocamentos de Gabriel, mas Thyere, com rapidez, se antecipava nos momentos mais delicados. Ficava clara a estratégia do Grêmio, de oferecer campo ao Santos, por mais arriscado que isso fosse, e apostar na velocidade de Everton e Luan nos contra-ataques. Aos sete, em cruzamento de Victor Ferraz, Rodrigão girou e bateu alto.

Jaílson ocupava bem a frente da área, ao lado de Walace. Substituto de Ramiro, ele também avançava com personalidade. E criou boa oportunidade aos 28 minutos. Foi dele o passe para Giuliano, que obrigou Vanderlei a defesa difícil, com a mão esquerda. O predomínio do Santos já não assustava. Pelo contrário. Lucas Lima e Gabriel reagiam com nervosismo à marcação eficiente e perdiam tempo em reclamações. Bom para o Grêmio. Que fechou sua obra a 44 minutos, em lance muito parecido com o do primeiro gol. Com ousadia, Everton passou entre Victor Ferraz e Luiz Felipe, chutou firme, Vanderlei devolveu a bola para o meio da área onde estava Douglas, que ampliou para 2 a 0.

Um dos donos da noite, Everton esteve perto de marcar o terceiro gol na abertura da segunda etapa. Com um leve toque, completou passe de Marcelo Oliveira, mas a bola não entrou. Era o início de um empolgante segundo tempo, em que o Grêmio tentou assumir de vez o controle da partida. Aos sete, Giulian quase marcou, de fora da área. Grohe fez sua parte em seguida, defendendo nos pés de Victor Ferraz, que apareceu na área como um atacante.

Todo cuidado, porém, era pouco. Gabriel teve sua primeira participação importante aos 19 minutos, mas seu chute foi defendido por Grohe. No escanteio, o grandalhão Gustavo Henrique desviou de cabeça, entre Thyere e Marcelo Oliveira, e Copete, colombiano que estreava, completou para vencer Grohe e descontar.

A chance de desafogar foi perdida por Luan, a 24 minutos, ao cabecear errado passe de Douglas. Cansado, Thyere precisou sair e deu lugar a Marcelo Hermes. Justo no momento mais perigoso da partida, em que o Santos esboçava a reação. Foi a vez de prevalecer o espírito coletivo do time para anular os espaços que o adversário buscava. Mas sobrevieram problemas inesperados. Fred ficou descontado, após sentir o tornozelo direito. Luan também não conseguiu resistir em campo, ao sentir dores na coxa esquerda. Tantas coincidências ruins culminaram com o empate do Santos, em chute potente de Zeca, a 37 minutos. Quando tudo parecia perdido, Marcelo Hermes teve frieza, na frente de Vanderlei, para fazer 3 a 2 e salvar a noite.

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