Após ''mil e uma coisas'', Walace mira Guerrero e se diz pronto para ser titular

- Eu fiz mil e uma coisas.

Foi assim, sorrindo, que Walace definiu sua trajetória até chegar à seleção brasileira. O volante do Grêmio foi o último a chegar à equipe para a Copa América, após corte de Luiz Gustavo, coroando uma história que envolve perseverança.

Quando adolescente, o baiano Walace dividiu o sonho de jogar futebol – foi rejeitado em peneiras no Vitória e no Bahia – com obrigações na família. Ele estudava, ajudava a mãe num restaurante, servindo pratos, e também vendia abadás de carnaval para auxiliar o padrasto. Foram as primeiras coisas que fez até chegar ao Avaí, chamar a atenção do Grêmio, assinar pelo Tricolor gaúcho e se transformar em titular indiscutível.

- Eu estudava, gostava de jogar futebol, ajudava minha mãe num restaurante caseiro que ela tinha. Era sonho de moleque. (Nas peneiras) sempre diziam para voltar em 15 dias, e eu estava sempre insistindo – contou o jogador.

Aos 21 anos, Walace é dos mais novos do elenco do Brasil. Sua estreia foi contra o Haiti, quando atuou cerca de 20 minutos. Ele é possível substituto de Casemiro, suspenso para o duelo com o Peru, e garante que está pronto para a partida, que define a classificação para as quartas de final da Copa América.

- Estava ansioso para poder jogar, mas é normal em todos que vêm pela primeira vez. Foi pouco tempo de adaptação, mas consegui ficar bem. Hoje, estou um pouco mais à vontade e espero ter um pouco mais de oportunidade. Estou tranquilo, já passou o friozinho na barriga.

Dunga ainda não conversou com Walace sobre a possível titularidade. Ele se considera parecido com Casemiro nas características e acha que sua entrada não deve modificar muito o time. Mas tem um trunfo: conhece bem Guerrero, o principal jogador do Peru.

- Enfrentei o Guerrero no Corinthians e no Flamengo. É um jogador muito inteligente, que a gente não pode dar muito espaço. Finaliza muito bem, tem boa primeira bola. É um dos jogadores com os quais a gente tem que se preocupar mais. Ele na Arena Grêmio foi expulso duas vezes, podemos usar também (provocação contra o peruano). Mas a gente tem que procurar jogar bola, vencer com nossa competência. Se ele cair em provocação, azar é o dele. Temos que fazer nosso trabalho – finalizou.

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