Luan e Lucas Coelho marcaram os gols da partida na Arena (Foto: Marcos Cunha / Agência Estado)
Só mudou o estádio. Em vez do velho Olímpico, a moderna Arena. De resto, uma viagem ao passado. Na estreia de Felipão na nova casa em sua terceira passagem como técnico do Grêmio, ressurgiu diante de um esforçado Criciúma um Tricolor mais brigador, de pegada e brios, como sempre pregou Scolari nos vencedores anos 1990. O resultado também foi reconfortante como aquela época de ouro: o 2 a 0, gols de Luan e Lucas Coelho, encerra uma série de três partidas sem vencer. Já o Tigre ruma ao seu quinto jogo em que desconhece vitórias.
O salto gaúcho na tabela, de quatro posições, indo para oitavo, com 22 pontos, foi bem mais gigantesco do que a atuação da equipe. Se sobraram raça e entrega, é verdade que faltou mais lucidez no meio-campo, povoado com três volantes, em formação bem distinta à do Gre-Nal. O trio de ataque acabou, portanto, isolado. Defeitos que o Criciúma, agora 14º com 16 pontos, não soube aproveitar. Normalmente perigosos, os meias Martinez e Paulo Baier ficaram devendo na condução dos catarinenses a uma reação. Um cenário de tensão minimizado pela torcida gremista, que foi em bom público à Arena - mais de 28 mil - e pouco ligou para a fraca inspiração. Estão todos fechados com o ídolo Felipão.
O próximo desafio, no entanto, é ainda mais complicado e sem o carinho dos tricolores de perto: o líder Cruzeiro, na quinta-feira, no mesmo Mineirão no qual Felipão conheceu sua maior derrota, o 7 a 1 para a Alemanha, na Copa do Mundo. A recuperação do Criciúma terá que ser perseguida na quarta, contra o Bahia, na Fonte Nova.
Tigre tenta, mas Grêmio é fatal
O clima de "revival" dos anos 1990 também cabia ao Criciúma - afinal foi o clube em que Felipão se tornou campeão nacional pela primeira vez, com a Copa do Brasil de 1991. Outra: Zé Roberto foi alçado a titular da lateral-esquerda, posição na qual fora revelado pela Portuguesa, em 1996. E aprovou. No meio, Fellipe Bastos se destacou, embora muito mais pela abnegação do que pela perícia em armar o time. Tornou-se, ao final do primeiro tempo, um resumo perfeito da postura do novo 4-3-3 de Felipão. Que fora premiado logo cedo. Aos oito minutos, Lucas Coelho não desistiu do lançamento e acabou atropelado por Alberto. Luan converteu: 1 a 0.
O primeiro tempo se arrastou, sem mais chances de gol. É verdade que o Criciúma melhorou, aproveitando-se dos defeitos de marcação do lateral Matías Rodríguez, estreante como titular no Grêmio. No entanto, sem assustar Marcelo Grohe. Na etapa final, Fellipe Bastos, enfim, conseguiu aliar raça à técnica. Roubou a bola com a defesa rival desguarnecida. E ofereceu a Lucas Coelho. Desta vez, o substituto do lesionado Barcos não sofreu falta e acertou preciso chute no canto: 2 a 0, aos três minutos. E descortina-se o Grêmio de Felipão. Mais suor do que brilho - até porque o Tigre assustou bastante depois. Mas não menos fatal. Em resumo: uma pitada de anos 1990 na moderna Arena.
VEJA TAMBÉM
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Só mudou o estádio. Em vez do velho Olímpico, a moderna Arena. De resto, uma viagem ao passado. Na estreia de Felipão na nova casa em sua terceira passagem como técnico do Grêmio, ressurgiu diante de um esforçado Criciúma um Tricolor mais brigador, de pegada e brios, como sempre pregou Scolari nos vencedores anos 1990. O resultado também foi reconfortante como aquela época de ouro: o 2 a 0, gols de Luan e Lucas Coelho, encerra uma série de três partidas sem vencer. Já o Tigre ruma ao seu quinto jogo em que desconhece vitórias.
O salto gaúcho na tabela, de quatro posições, indo para oitavo, com 22 pontos, foi bem mais gigantesco do que a atuação da equipe. Se sobraram raça e entrega, é verdade que faltou mais lucidez no meio-campo, povoado com três volantes, em formação bem distinta à do Gre-Nal. O trio de ataque acabou, portanto, isolado. Defeitos que o Criciúma, agora 14º com 16 pontos, não soube aproveitar. Normalmente perigosos, os meias Martinez e Paulo Baier ficaram devendo na condução dos catarinenses a uma reação. Um cenário de tensão minimizado pela torcida gremista, que foi em bom público à Arena - mais de 28 mil - e pouco ligou para a fraca inspiração. Estão todos fechados com o ídolo Felipão.
O próximo desafio, no entanto, é ainda mais complicado e sem o carinho dos tricolores de perto: o líder Cruzeiro, na quinta-feira, no mesmo Mineirão no qual Felipão conheceu sua maior derrota, o 7 a 1 para a Alemanha, na Copa do Mundo. A recuperação do Criciúma terá que ser perseguida na quarta, contra o Bahia, na Fonte Nova.
Tigre tenta, mas Grêmio é fatal
O clima de "revival" dos anos 1990 também cabia ao Criciúma - afinal foi o clube em que Felipão se tornou campeão nacional pela primeira vez, com a Copa do Brasil de 1991. Outra: Zé Roberto foi alçado a titular da lateral-esquerda, posição na qual fora revelado pela Portuguesa, em 1996. E aprovou. No meio, Fellipe Bastos se destacou, embora muito mais pela abnegação do que pela perícia em armar o time. Tornou-se, ao final do primeiro tempo, um resumo perfeito da postura do novo 4-3-3 de Felipão. Que fora premiado logo cedo. Aos oito minutos, Lucas Coelho não desistiu do lançamento e acabou atropelado por Alberto. Luan converteu: 1 a 0.
O primeiro tempo se arrastou, sem mais chances de gol. É verdade que o Criciúma melhorou, aproveitando-se dos defeitos de marcação do lateral Matías Rodríguez, estreante como titular no Grêmio. No entanto, sem assustar Marcelo Grohe. Na etapa final, Fellipe Bastos, enfim, conseguiu aliar raça à técnica. Roubou a bola com a defesa rival desguarnecida. E ofereceu a Lucas Coelho. Desta vez, o substituto do lesionado Barcos não sofreu falta e acertou preciso chute no canto: 2 a 0, aos três minutos. E descortina-se o Grêmio de Felipão. Mais suor do que brilho - até porque o Tigre assustou bastante depois. Mas não menos fatal. Em resumo: uma pitada de anos 1990 na moderna Arena.
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