Foto: Thomas Santos / AGIF/Lancepress
Em uma noite de maio de 2009, às vésperas de um jogo contra o Real Madrid, Pep Guardiola, então treinador do Barcelona, buscava uma fórmula para aproveitar os espaços que o adversário costumava deixar abertos entre a defesa e o meio.
Sem dispor de um centroavante típico, intuiu que Messi poderia cumprir essa função, como um falso 9. O Barcelona venceria por 6 a 2, com dois gols e uma assistência do argentino, além de uma atuação de gala, o que comprovou a eficácia do modelo. Esta história está relatada no livro Guardiola Confidencial, do espanhol Martí Perarnau, livro de cabeceira de Roger Machado.
O técnico do Grêmio deve ter recordado desse episódio na quinta-feira, após a vitória por 3 a 0 contra o Atlético-MG. Utilizado como falso 9 depois da saída de Henrique Almeida, Luan marcou dois gols e praticamente encerrou a discussão sobre a equipe contar ou não com um centroavante tradicional. É ele, um meia que chega com qualidade à área adversária, que começa como titular contra o Coritiba, neste domingo, às 18h30min, na Arena.
– Luan se credenciou para esta posição – admitiu Roger, depois da partida em Belo Horizonte.
Na temporada, são sete gols de Luan, cinco no Gauchão e os dois contra o Atlético-MG, pelo Brasileirão. A estatística se completa com oito assistências para gols. Sua importância para o time é indiscutível, ainda que alguns torcedores costumem vaiá-lo quando o time não joga bem.
– Ele é um jogador diferenciado. Por sua qualidade técnica, pode exercer essa função. É rápido, inteligente. Não sei como é no cabeceio – analisa Júnior, comentarista da Rede Globo.
Ele acrescenta um ponto a favor do falso 9. É o de confundir os marcadores.
– Zagueiros gostam de referência na hora de marcar. Ficam meio perdidos quando o atacante é muito rápido.
O técnico Paulo Roberto Falcão não gosta da expressão falso 9. Prefere dizer que se trata de um
9 verdadeiro.
– Se ele faz gol, não é falso – resume Falcão.
Mais importante, na opinião de Falcão, é que o jogador escalado nessa função conte com a companhia de outros, tanto na armação quanto na chegada à área. Nesse sentido, ele lembra os ensinamentos do ex-treinador Rubens Minelli, para quem o mais importante era contar com o maior número possível jogadores para chegar à zona de conclusão.
– Se não houver meias que cheguem, vai ficar complicado. E o Grêmio teve isso contra o
Atlético-MG – destaca Falcão.
De algum modo, o atual posicionamento de Luan lembra o de Osvaldo, meia campeão da Libertadores e do mundo pelo Grêmio em 1983. Hoje dono de uma oficina mecânica em Santa Bárbara d´Oeste, interior paulista, ele era um meia com chegada constante à área adversária. Prova disso são os 106 gols marcados pelo Grêmio ao longo de cinco temporadas. Marca só superada por centroavantes típicos, como Alcindo e Baltazar, e por Tarciso, que também atuava entre os zagueiros adversários.
Quanto ao falso 9, a opinião de Osvaldo se assemelha à de Paulo Roberto Falcão.
– Se houver aproximação dos demais jogadores, fica mais fácil. É preciso alguém que encoste em Luan – diz o ex-meia, 57 anos.
No seu caso, foi fácil atuar tanto de meia quanto de atacante. Osvaldo lembra que sempre foi orientado pelos treinadores a cumprir mais de uma função. Quando virou jogador profissional da Ponte Preta, em 1981, espelhou-se nos polivalentes Dicá e Marco Aurélio.
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Sem dispor de um centroavante típico, intuiu que Messi poderia cumprir essa função, como um falso 9. O Barcelona venceria por 6 a 2, com dois gols e uma assistência do argentino, além de uma atuação de gala, o que comprovou a eficácia do modelo. Esta história está relatada no livro Guardiola Confidencial, do espanhol Martí Perarnau, livro de cabeceira de Roger Machado.
O técnico do Grêmio deve ter recordado desse episódio na quinta-feira, após a vitória por 3 a 0 contra o Atlético-MG. Utilizado como falso 9 depois da saída de Henrique Almeida, Luan marcou dois gols e praticamente encerrou a discussão sobre a equipe contar ou não com um centroavante tradicional. É ele, um meia que chega com qualidade à área adversária, que começa como titular contra o Coritiba, neste domingo, às 18h30min, na Arena.
– Luan se credenciou para esta posição – admitiu Roger, depois da partida em Belo Horizonte.
Na temporada, são sete gols de Luan, cinco no Gauchão e os dois contra o Atlético-MG, pelo Brasileirão. A estatística se completa com oito assistências para gols. Sua importância para o time é indiscutível, ainda que alguns torcedores costumem vaiá-lo quando o time não joga bem.
– Ele é um jogador diferenciado. Por sua qualidade técnica, pode exercer essa função. É rápido, inteligente. Não sei como é no cabeceio – analisa Júnior, comentarista da Rede Globo.
Ele acrescenta um ponto a favor do falso 9. É o de confundir os marcadores.
– Zagueiros gostam de referência na hora de marcar. Ficam meio perdidos quando o atacante é muito rápido.
O técnico Paulo Roberto Falcão não gosta da expressão falso 9. Prefere dizer que se trata de um
9 verdadeiro.
– Se ele faz gol, não é falso – resume Falcão.
Mais importante, na opinião de Falcão, é que o jogador escalado nessa função conte com a companhia de outros, tanto na armação quanto na chegada à área. Nesse sentido, ele lembra os ensinamentos do ex-treinador Rubens Minelli, para quem o mais importante era contar com o maior número possível jogadores para chegar à zona de conclusão.
– Se não houver meias que cheguem, vai ficar complicado. E o Grêmio teve isso contra o
Atlético-MG – destaca Falcão.
De algum modo, o atual posicionamento de Luan lembra o de Osvaldo, meia campeão da Libertadores e do mundo pelo Grêmio em 1983. Hoje dono de uma oficina mecânica em Santa Bárbara d´Oeste, interior paulista, ele era um meia com chegada constante à área adversária. Prova disso são os 106 gols marcados pelo Grêmio ao longo de cinco temporadas. Marca só superada por centroavantes típicos, como Alcindo e Baltazar, e por Tarciso, que também atuava entre os zagueiros adversários.
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– Se houver aproximação dos demais jogadores, fica mais fácil. É preciso alguém que encoste em Luan – diz o ex-meia, 57 anos.
No seu caso, foi fácil atuar tanto de meia quanto de atacante. Osvaldo lembra que sempre foi orientado pelos treinadores a cumprir mais de uma função. Quando virou jogador profissional da Ponte Preta, em 1981, espelhou-se nos polivalentes Dicá e Marco Aurélio.
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