Edílson revela surpresa com nome no BID e vibra com "energia" em estreia

Edílson pisou o gramado da Arena às 16h deste domingo para ouvir um grito já familiar dos gremistas nas arquibancadas em sua reestreia com a camisa do Grêmio.

Ainda que o ambiente do novo estádio seja bem diferente do velho Olímpico, em que atuou em sua primeira passagem, entre 2010 e 2012, o lateral nunca escondeu que voltava para casa no Tricolor.

E tratou de mostrar esse sentimento dentro de campo logo de cara, com boa atuação na vitória por 1 a 0 sobre o Flamengo, pela 2ª rodada do Brasileirão.

O camisa 33 demonstrou desenvoltura nas combinações com os companheiros e quase marcou, em chute de fora da área no primeiro tempo.

Tudo isso, fruto de uma conversa com Roger antes do duelo, mas, sobretudo, do esforço do departamento jurídico para deixá-lo em condições legais de jogo.

Cerca de 48 horas antes da estreia, na sexta-feira, Edílson viveu momentos de angústia e trabalho para garantir a publicação de seu nome no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF, já no último minuto permitido.

– Eu queria agradecer o pessoal do jurídico do Grêmio. Ficaram até a noite tentando me regularizar.

Eu fiz parte disso. Ficamos nós três até as 20h, 21h no CT, tamanha era a vontade de atuar.

Eu fiquei surpreso pelo horário, faltando 11 segundos para fechar saiu a notícia.

E eu fiquei muito feliz de reestrear.

Foi um início, com vitória sempre é melhor.

Mas falta muito, falta entrosamento.

Falta muita coisa, mas a energia que me trouxe para cá foi a mesma que senti nessa volta, podendo atuar pelo Grêmio – afirma o lateral-direito, em contato com a imprensa após a partida.

Neste domingo, Edílson já conseguiu colocar em prática os primeiros indícios de entrosamento com os companheiros.

Orientado por Roger, deixou Giuliano e Bolaños na cara de Paulo Victor e ainda cruzou para outro arremate do camisa 8.

Também ameaçou a meta rival com chute venenoso de fora da área (veja os lances nos vídeos acima).

Na segunda etapa, sentiu o peso dos quatro dias em que ficou sem treinar até ser anunciado e do mais de mês sem ser titular.

– Aqui, mudou muita coisa. Tudo é novo, até o estádio é novo. Estou feliz com essa segunda passagem.

Eu tive alguns ajustes com o Roger, mais em atacar pelo meio.

Tivemos pouco tempo de treinamento, mas tivemos uma conversa muito boa. Tentei usar no jogo e deu certo.

Ainda falta muito, questão de entrosamento, que vou conseguindo no decorrer das partidas. Eu fiz um grande primeiro tempo, mas segurei mais depois do nosso gol.

Senti a parte física, mas a superação não foi só minha.

Foi de todos os companheiros – ressalta o lateral.
O desempenho na estreia rendeu prontamente elogios do técnico Roger Machado.

Após a partida, o comandante destacou o "protagonismo" buscado pelo lateral com passes incisivos e finalizações e vibrou com o ganho atribuído à equipe com um "especialista" na função.

– O Edílson foi muito bem, aguentou bem.

Deu alternativa importante, aos poucos vai se adaptando ao jeito que eu gosto.

Um jogo com protagonismo, não só para a jogada de cruzamento, como ele fez para o Miller. Eu gostei.

Teve o mesmo nível que o Ramiro vinha me dando, mas com a diferença de que é o especialista da função – avalia o comandante.

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